ANASTÁCIA ARIANE JONES, orgulho da família Jones, aos 18 anos mesmo sendo mulher, com muita luta, se alistou no exército americano. Lutou para chegar onde chegou, sendo a melhor soldada que aquele batalhão já viu.
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ACABOU.
Karli estava morta. Os apátridas estavam sendo presos. E o discurso de Sam fez todos parar e pensar.
— Finalmente temos uma luta em comum agora. Pense só nisso, pela primeira vez depois de tanta gente implorando e digo literalmente implorando pra vocês sentirem como cada dia é difícil, agora vocês sentem. Como é se sentir desamparado? Se vocês se lembrassem como é se sentir desamparado ao se deparar com uma força tao poderosa ao ponto de apagar metade do planeta, vocês saberiam que teriam o mesmo impacto. Ninguém disse que é uma decisão fácil senador.
— Você não entende. — disse o senador.
Sam riu sem humor.
— Sou um homem negro usando as estrelas e listras, o que eu não entendo? Sempre que eu levanto essa coisa eu sei que tem milhões de pessoas por aí que vão me odiar por isso. Até agora, aqui. Eu sinto, os olhares, os julgamentos e não tem nada que eu possa fazer para mudar. Mas ainda estou aqui. Sem super soro. Sem cabelos loiros e olhos azuis. O único poder que eu tenho é que eu acredito que podemos fazer melhor. Nao podemos esperar que as pessoas façam alguma coisa sem darmos algo em troca. Vocês controlam os bancos! Vocês podem até mover fronteiras! Podem derrubar uma floresta com um e-mail. Podem alimentar milhões de pessoas com um telefonema. Mas a pergunta é: Quem está com vocês quando tomam essas decisões? São as pessoas que vão impactar? Ou são mais pessoas como vocês? — Sam suspirou. — Essa garota morreu tentando impedir vocês. E ninguém parou por um segundo para perguntar porque! Vocês tem que fazer melhor senador! Vocês tem que se impor. Porque se não a próxima Karli vai. E não vão querer ver a 2.0. As pessoas acreditaram tanto na causa dela que ajudaram a desafiar os governos mais fortes do mundo. E por que acham que isso aconteceu? Vocês aqui tem tanto poder quanto um deus insano e uma adolescente desorientada. A pergunta que devem se fazer é: Como devemos usa-lo.
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UMA SEMANA DEPOIS
WASHINGTON
O céu estava limpo, poucas nuvens e o Sol brilhava com grande intensidade trazendo um clima agradável. Os pássaros cantavam voando pelo céu e empoleirados sobre galhos de árvores próximas, a brisa era morna deixando aquele dia ainda mais perfeito para Anastácia Arielle Jones.
Anastácia não tinha uma estação do ano favorita, mas adorava tardes quentes para se deliciar com sorvetes, milk shakes, entre outras delícias. Inclusive era isso que ela estava fazendo naquele momento. Sentada sobre a grama verde Anastácia segurava em sua mão uma casquinha com duas bolas de sorvete de um mesmo sabor, morango.
Era isso que ela fazia mas tardes quentes em 1940, com seus sobrinhos e dois melhores amigos. Levava as duas crianças até o parque, deixava que eles corressem, se divertissem, se sujassem, em seguida comprava sorvete de seus sabores favoritos, Diego amava o de baunilha, já Luke o de chocolate.
Anastácia sorriu com a lembrança dos dois meninos se lambuzando com o sorvete e dirigiu seus olhos para a lápide cinza em sua frente e leu mentalmente o nome que ali estava escrito.
"Luke Dawson Jones"
Por mais que seu coração doesse ela sabia que agora ele estava bem onde quer que estivesse e sabia também que ele estava com a amada, passeando por campos floridos. A despedida de um ente querido nunca é fácil, vai doer e dói. Principalmente quando a morte o leva de maneira repentina, sem avisos. Mas com o tempo a dor some e deixa lugar a saudade e aos momentos bons que tivemos com essa pessoa. Logo depois de um bom tempo nos reencontraremos. Era isso que reconfortava Anastácia. Algum dia ela ainda iria ver a mãe, o pai, a irmã, os sobrinhos, Steve, Tony, Natasha, todas as pessoas importantes que perdera ao longo de sua vida. Mas por hora era apenas a saudade e a lembrança dos bons momentos.
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✪ 03 | 04 | 2022 ✪
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