Pov Severus Snape
Foi difícil olhá-lo, praticamente impossível não cair na tentação de agarrá-lo e beijá-lo. Mas eu não seria Severus Snape se não tivesse um alto controle fora do normal. Ainda assim não consigo me perdoar por ter dito aquelas coisas para ele, mesmo sabendo que são mentiras, que Harry jamais fora apenas sexo casual e que sim, eu queria que aquilo continuasse, era cruel olhar suas esmeraldas serem carregadas de angustia e tristeza. Eu sou um monstro
- Entre – Disse Dumbledore quando cheguei em seu escritório – Olá Severus
- Diretor – Cumprimentei me sentando na poltrona de sempre
- Harry estava aqui – Ele disse fazendo de conta que o comentário veio apenas como um simples comentário, mas eu conhecia Alvo bem demais para saber que não era um simples comentário, tinha algo a mais que isso – Veio dizer que vocês voltaram e que você já se recuperou.
- Perdeu o tempo precioso dele, eu já havia lhe contado e se ele usasse a cabeça apenas um segundo saberia disso
- Talvez tenha pensado, ainda assim quis vir até aqui.
- Que seja
Dumbledore deu aquele sorriso dele que me dá raiva e vontade de estar longe dele. Por que ele tinha sempre que saber mais do que eu sobre mim mesmo?
- O que quer Alvo? Não estou afim de ficar aqui o dia todo olhando seu sorriso
- Não, claro que não e se fosse mais inteligente poderia usar seu tempo livre para aproveitar os últimos dias de férias que lhe restam, mas você escolheu outra coisa, então vou pedir que faça alguns favores para o ST'Mungus até antes das aulas, precisamos de algumas poções...
E assim ele continuou a me informar as poções que eu teria que preparar para o ST'Mungus já que eles não tem capacidade suficiente de fazer com sua equipe de medibruxos. Como sempre alguém precisava de mim.
Com certo tédio começando a crescer dentro de mim fui para meu laboratório pela primeira vez desde que voltei e me senti em casa como se tivesse tirado muitos dias de férias e realmente tirei, até mesmo de mim. Me olhei no espelho do banheiro onde lavei meu rosto e minhas mãos e realmente tive que confessar que era difícil ser eu.
Sem perder mais tempo trabalhei no que precisava fazer e durante dias me concentrei somente nisso, até que o primeiro dia letivo começou e precisei fazer o planejamento de minhas aulas. Não foi com surpresa que vi o nome de Harry na minha turma de NIEM's, eu sabia que ele voltaria para Hogwarts para terminar o último ano junto com seus amigos, mas ver o nome dele naquele pergaminho me fez sentir um arrepio, eu não pensava nele quando consciente, mas não podia controlar meus sonhos e por diversas vezes me vi tocando sua pele, beijando seus lábios e admirando seu corpo, depois eu acordava e precisava de um bom banho gelado para acalmar meu corpo em chama. Seria difícil, mas eu sabia que iria conseguir.
Foi pensando assim que rumei para o Grande Salão e me sentei em minha cadeira habitual no lado esquerdo de Dumbledore e esperei os alunos entrarem e se sentarem. Eu tentei não olhar para ele, tentei não buscá-lo, mas a vontade era maior que minha razão e busquei por ele. Para meu completo desgosto ele também havia me procurado e no momento nossos olhos estavam grudados um no outro. Mais uma vez nossa conexão me fez ver detalhes de minha vida. Seus olhos serviam como um legilimens ao contrário, eu não lia a mente dele, eu lia a minha mente nos olhos dele. Eu via como estava me sentindo naquele momento, eu via cenas de nós dois na cabana, eu quase sentia seu corpo no meu. Precisei sair da mesa, não voltei mais lá. Resolvi ficar em meu aposento, o dia seguinte já seria ruim demais com dois tempos de poção com a sétima turma da Grifinória.
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Conhecendo o desconhecido (Snarry)
RomanceA guerra acabou e Voldemort morreu. O mundo bruxo poderia voltar ao normal, menos para Snape que acorda na ala hospitalar sem memória e sem magia, em uma maca ao lado de Harry Potter. Agora Harry tentará ajudá-lo a ter sua memória de volta, mas a a...