₊˚𓄹 ۫ 𝙁𝙀𝙀𝙇𝙄𝙉𝙂𝙎 ۪ ⊹ ˑ
៚ 𝖼𝗈𝗇𝖼𝗅𝗎𝗂́𝖽𝖺!¡
+𝖻𝖾𝖺𝗎𝖺𝗇𝗒 | Josh Beauchamp é um garoto comum com um sonho interrompido, pois tivera que mudar para o Brasil, no Rio de Janeiro, por conta do trabalho de seu pai.
Any Gabrielly é...
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O começo das aulas estava cada vez mais próximo, desde o dia em que vi aquele menino fiquei cada vez mais mal humorada pensando em respostas mais afiadas que poderia ter dado a ele. Não sei como não gaguejei no momento que o respondi, pois minha dicção é péssima, pior ainda quando conversa com um estranho arrogante.
Depois de ajudar minha mãe a fechar a loja, caminho pela calçada indo até minha casa. No portão encontro minha avó, Aida, olhando para cima distraidamente. Sorrio e me aproximo da senhora já de idade que nota minha presença e sorri com seu rosto enrrugado.
— Oh, minha filha... — Sua voz cansada diz. — Sente aqui com a avó, vamos ver as estrelas.
Ainda sorrindo me sento ao seu lado na grama, fico observando o céu estrelado junto dela. Fazíamos isso desde quando eu era pequena, minha avó sempre teve uma grande fé e amava falar sobre Deus comigo. Ela não ia para a igreja, não tinha uma religião, mas ainda sim é a mulher com mais fé que vi em toda minha vida.
— Deus é um artista e tanto, né? — Ela diz sorrindo e eu concordo.
— Oh, se é...
— Você parecia estressada hoje. — Ela se curva olhando para mim. — Aconteceu alguma coisa, minha querida?
— Ah, não é nada... só... — Começo sentindo meu nariz arder e meus olhos marejarem.
— Seus pais? — Eu concordo.
— Eles andam tão estranhos... certo que eu também mudei bastante, não sou carinhosa com os dois como era...
— Normal na fase da adolescência, não se culpe por isso. — Sua voz me conforta. — Desde que vocês se respeitem e saibam conversar quando algo...
— Esse é o problema! — A interrompo. — Os dois nunca me contam nada, sempre sou a última a saber das coisas, sempre. A senhora é a única que realmente ouve e se importa comigo. — Deito minha cabeça em seu colo e me esparramo na grama sentindo seu toque em minha cabeça.
— Está certa por um lado, eu amo você e sabe que sempre pode contar comigo. — Ela diz fazendo meus olhos arderem ainda mais em seu colo. — Mas seus pais também amam muito você, filha... só que ultimamente tudo está desandando, os negócios do seu pai não estão indo muito bem e sua mãe, sabe como ela é uma mulher nervosa demais.
— Eu sei e eu entendo. — Falo fungando meu nariz. — Mas não precisam descontar tudo em mim.
— Claro que não precisam... sua mãe anda brigando com você? Se quiser posso conversar com ela.
— Brigando? Não... só distante. — Enxugo meu rosto com a manga de minha jaqueta jeans.
— Vai passar, minha querida... você tem eu, jamais te abandonaria. Espere, logo as coisas irão se acalmar. — Ela tosse.
— Sabe de alguma coisa? — Pergunto de olhos fechados sentindo vovó afagar meus cabelos.
— Não, não sei... mas irei te contar caso fique sabendo de algo.
— Por mais doloroso que seja, promete me falar? — Pergunto.
— Prometo... mas não é nada, você vai ver. — Sua voz confortante faz meus nervos se acalmarem.
— Tomara que não seja... — Respiro fundo e me levanto.
— Vi seu material escolar... ele é lindo. — Vovó diz e eu sorrio. Havia decorado meus cadernos com fotos de coisas que eu gosto. — Achei aquele menino um bonitão. — Ela diz e eu rio alto.
— O Shawn Mendes? Ele é lindo, não é? — Me divirto lembrando que havia decorado pelo menos três dos meus cadernos com uma foto do Mendes.
— Muito bonito mesmo, minha neta tem um ótimo gosto. — Ela me abraça de lado.
Vovó sempre elogiou tudo que fiz, sempre guardou minhas cartinhas desde que eu comecei a escrevê-las para ela. Ninguém havia comentado algo sobre os materiais, mas dona Aida, sim. Sempre me bota pra cima e me anima falando o quão incrível eu sou. Por mais que eu, às vezes, realmente estivesse errada, ela sempre me defendeu e já me livrou de muitas surras...
— Por que não dorme lá em casa hoje? Fiz um bolinho de fubá ótimo... do jeitinho que gosta. — Fala se levantando e me estendendo a mão.
— Vou sim, só preciso avisar a mãe... posso? — Ela concorda enquanto se espreguiça.
Vovó também morava no Paraná conosco, e veio junto quando decidimos nos mudar. Papai sempre foi o filho mais apegado com a mais velha e eu com certeza sou a neta mais próxima. Ela teve dois filhos, meu pai e um outro tio que mora na minha cidade natal. Os vejo apenas uma ou duas vezes por ano, sinto falta dele e dos meus primos. Vovó mora comigo desde pequena, pode até não ser na mesma casa, mas esteve sempre ao nosso lado e apoiando meu pai. Casou novamente alguns anos antes de eu nascer, o verdadeiro pai de papai e meu tio os abandonou quando eram pequenos, de vez em quando nos visita, porém minha avó não gosta muito de vê-lo.
Fui criada perto do outro marido de vovó, eu o considero como meu avô, pois ele me ensinara muitas coisas legais e também me considera sua neta. O senhor Leonardo faz minha avó muito feliz e isso é o que importa. Vê-la feliz.
Depois do papo com minha avó eu me senti muito melhor, falar com ela me deixa mais calma e faz eu me sentir muito bem. Acho que, se me perguntassem qual a pessoa que mais me apoia e que eu realmente posso sentir que me ama com todos os meus defeitos, esse alguém é a minha avó... ela é meu porto-seguro.
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A partir do capítulo 5 as coisas iram ficar mais interessantes, por enquanto esses cinco capítulos são mais detalhados para vocês entenderem tudo!!