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— MÃE! — Grito assim que acordo

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— MÃE! — Grito assim que acordo.

Tentei me levantar pelo menos duas vezes, porém senti náuseas horríveis e uma forte enxaqueca.

— O que foi? Por que ainda não levantou? — A voz da senhora Priscila diz assim que entra no quarto escuro.

— Não estou bem... me sinto enjoada e com dores. — Resmungo enquanto fecho meus olhos sentindo minha cabeça latejar.

— Quer ir ao médico? Posso avisar o diretor sobre sua ausência na escola hoje... — Sugere enquanto abre as cortinas.

— Não... podemos apenas ir na farmácia? Acho que talvez seja uma virose, igual no ano passado. — Falo sentindo meu estômago revirar.

Odeio hospitais, não piso em um há anos e nem quero ir tão cedo.

— Ok, mas caso não melhore com o remédio dado pelo farmacêutico, vamos ao médico! — Fala ríspida e eu assinto, de má vontade.

— Se arrume, vou dizer ao seu pai para irmos daqui a pouco na farmácia aqui do bairro. — Diz saindo.

— Mas eu tenho que ir junto? — Reclamo enquanto me levanto sentindo o enjoo aumentar.

— Claro, arrume-se! — Manda.

Seus passos ecoam pela escada e desaparecem.

Me sinto melhor depois de ir ai banheiro e lavar o rosto com a água fria, os dias voltaram com a temperatura alta, o que é uma tristeza já que odeio calor.

Coloco uma calça preta e uma camiseta simples da mesma cor, calço um par de tênis qualquer que estava embaixo da cama e prendo meus cabelos em um coque.

— Não está bem, Any? — A voz de meu pai foi a primeira coisa que ouvi no momento que adentrei a cozinha.

Eu balanço a cabeça negativamente, o cheiro do café faz a boca de meu estômago revirar-se.

E eu amo café...

Odeio me sentir enjoada, você não pode comer, não tem forças para andar e nem consegue botar tudo para fora, parece que algo está entalado em sua garganta.

— Avisei a secretária e ela disse que iria comunicar os professores, fique tranquila e coma um pouco. — Diz sentando-se na mesa e cortando um pedaço de bolo de cenoura

— Não quero nem ver comida! — Resmungo indo lá para fora, tomar um ar.

— Sua mãe falou que não está boa, querida. — A voz de vovó me dá um pequeno susto.

— Acho que é uma virose, nada demais. — Falo tentando tranquilizá-la.

— Vou preparar um chá que minha mãe me ensinou, você ficará melhor rapidinho. — Diz dando a volta e indo até o pequeno canteiro do casal.

Eu sorrio olhando seus movimentos e a observando entrar em sua casa, provavelmente para ir dar início no chá.

— Seu pai irá te levar. — Minha mãe fala abrindo a porta da frente e me entregando meu celular.

𝗙𝗘𝗘𝗟𝗜𝗡𝗚𝗦 ↯ 𝘉𝘦𝘢𝘶𝘢𝘯𝘺Onde histórias criam vida. Descubra agora