Capítulo 15

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Ana acordou lenta e gradualmente. Percebeu a luz do sol sobre o rosto, o latido distante do cachorro do vizinho e o cheiro delicioso de Christian, que a cercava por completo, quente e concentrado. Ela se enfiou sob os lençóis com um sorriso de alegria.

Um peso considerável ao seu lado a impediu de se enrolar no lençol, e Ana franziu a testa. O que era aquilo? Levantou as cobertas e ficou olhando, em choque, a perna musculosa que envolvia sua cintura. Sua cintura nua. Ela havia dormido de calcinha e sutiã.

E não seguira sua rotina. Estava toda suja. E sua boca... Um ecossistema inteiro devia estar se formando nela para bactérias resistentes a antibióticos. Ana levantou da cama num pulo, totalmente concentrada em correr para o banheiro. Fio dental, escovação, chuveiro, pijama. Fio dental, escovação, chuveiro, pijama.

Christian a puxou de volta e beijou sua nuca.

__Ainda não.

__Estou nojenta. Preciso me limpar. Eu...

Ele chupou seu pescoço e puxou seus quadris, se projetando para a frente e deixando-a ciente do membro rígido que se insinuava na parte posterior de suas coxas, por baixo da cueca.

O corpo dela quase entrou em colapso. Seus braços e pernas enfraqueceram. Ana sentiu um calor e uma alfinetada de vontade no meio das pernas. A intensidade do desejo a deixou assustada e envergonhada. Ela precisava segurar sua mente e seu corpo. Mas seu autocontrole tinha ido para o espaço.

__Bom dia. - A voz dele, rouca e áspera, provocou um arrepio em sua espinha.

__B- bom di... - Uma mão se enfiou por dentro de seu sutiã e agarrou um seio. Ele brincou com a pontinha até arder e latejar, despertando uma sensação potente em seu ventre. Quando começou a descer, os músculos da barriga dela se contraíram.

__Quero passar a mão em você aqui. - Ele pôs a mão espalmada sobre seu sexo num movimento ousado, e o calor do toque por cima da calcinha a deixou em chamas.

Ana agarrou o pulso dele com a intenção de afastá-lo, mas sua mão se recusava a colaborar. O antebraço de Christian era firme, com uma musculatura bem definida e pele macia, o que a distraía.

__Isso é uma permissão? - ele murmurou. Ela já havia dado sua permissão antes.

Ana queria, mas não sabia como lidar com aquele seu lado. Seu corpo a mandava dizer "sim". Sua mente a empurrava para o "não".

O corpo venceu a batalha, e seus quadris se arquearam na direção da mão dele. Christian puxou de lado sua calcinha, beijando sua nuca enquanto traçava com o dedo a entrada úmida de seu corpo. Uma respiração profunda abalou seus pulmões. O pânico e o prazer entraram em colisão.

__Você já está molhadinha, Ana. Parece uma Lamborghini. Vai de zero a cem em menos de cinco segundos.

__Você gosta de Lamborghinis? - Ela tentava desesperadamente se agarrar a um pensamento coerente. Precisava raciocinar o tempo todo, medir seus atos e suas palavras. Quando se soltava, sempre cometia erros; se atrapalhava, chateava os outros e morria de vergonha.

Ele continuou tocando-a de leve, circulando seu sexo com movimentos enlouquecedores. Os dentes dele roçaram sua pele antes de dar uma lambida e um beijo em sua nuca. Um arrepio se espalhou por sua pele.

__Gosto. Mas não vai me comprar uma, - ele falou.

__Por que não? - Ela esfregou os pés nas canelas de Christian, cravando as unhas nos braços dele.

Sai de perto. Chega mais. Recupera o controle. Deixa rolar.

__Não combina com meu estilo de vida, e minha mãe ficaria muito, muito curiosa para saber como consegui um carro desses. - Ele enfatizou a palavra "muito" com movimentos bem próximos de seu clitóris. Ela estremeceu, à beira do orgasmo.

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