*Mary*
-Anda,anda Mary. Eu quero andar naquilo!!- esperneava ele, puxando me o braço em direção à montanha russa.
Tinhamos acabado de chegar à feira. O Luke tinha me convidado para vir, porque ele adora a feira popular.
Se não fosse os quase dois metros que tem de altura e o piercing no lábio, que ironicamente lhe dava um look de badass, qualquer um diria que nao passava de um rapazinho de 10 anos fascinado pela magia da feira e afetado pelo açúcar do algodão doce. Mas eu adorava isso nele, a forma ingénua e inocente em que se tornava, o brilho nos seus olhos e alegria na sua voz quando me tentava convencer a entrar na roda gigante.
- Ok Luke, não precisas de te exaltar, eu vou contigo, podemos ir a todas.
-Mas entã despacha te Mary, acho que estão a dar uns balões aos primeiros da fila.
Uma mulher que estava ao nosso lado na fila, com um menino agarrado aos braços que devia ter cerca de 6/7 anos virou se para mim e disse:
-Miúdos. Nunca crescem.
-Ahahaha é mesmo. Mas o que era de nós sem eles.- respondi gozando.
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Depois de quase uma hora e meia na fila da montanha russa, finalmente conseguimos andar. O Luke estava a delirar, mas tenho de admitir que até eu me senti super entusiasmada, aquela devia ser uma das maiores montanhas russas que eu já tinha visto.
- E agora que queres fazer Luke?
- Não agora escolhe tu. Também tenho de ser cavalheiro.
Acho que o efeito do açúcar e ele estava a voltar ao seu estado normal.
- Ok nesse caso, o que achas de irmos à casa assombrada- disse eu apontando para o outro lado da feira.
-Por mim pode ser, até porque é a mim que te vais agarrar quando estiveres a tremer de medo- respondeu ele piscando me o olho e beijando me apaixonadamente.
- Desculpa, mas não sei se não será ao contrário ahahha- deitei a lingua de fora e fugi, sabendo que depois daquele comentário ele viria atrás de mim para se vingar.
E estava certa- Hey, onde é que vais, achas que te podes escapar?!
Pareciamos uns doidos a correr desalmadamente em direção à casa assombrada, até que o Luke me apanhou com aquelas suas pernas gigantes e caimos os dois ao chão, ele em cima de mim.
As nossas caras estavam mesmo uma em cima da outra, e as minhas hormonas estavam aos saltos. Beijámo nos novamente, mesmo ali no meio do chão.
Já começava a sentir o olhar furioso de algumas mães que obviamente não queriam que os seus filhos vissem aquelas cenas "indecentes".
O Luke ajudou me a levantar e foi para à bilheteira comprar os bilhetes. Enquanto estava à espera dele, comecei a sentir me observada, como se alguém estivesse a espiar me nos arbustos. Encaminhei o meu olhar para lá e consegui ver uma sombra indefenida, que estava mesmo a olhar para mim. O meu coração começou a bater mais depressa. Quem seria aquela misteriosa sombra??
Mas de repente um grupo de turistas passou mesmo na minha frente, e quando a minha linha de visão ficou livre já a sombra tinha desaparecido. Olhei à minha volta na esperaça de a encontrar, mas quem quer que fosse já não estava ali.
Esfreguei os olhos, na esperança de que tudo aquilo não fosse uma partida dos meus olhos, devido ao cansaço.
- Está tudo bem MARY??- o Luke voltou com os bilhetes na mão.
- Sim está tudo bem. Acho que me entrou uma coisa para os olhos.
Decidi não contar ao Luke aquilo que vi até porque não tinha bem a certeza daquilo que tinha visto.
-Vamos lá entrar!!- disse eu na esperança de mudar de assunto.
A casa assombrada era um edificio bastante grande até que tinha na entrada uma daquelas placas de néon a piscar, e inumeras estava pintada de modo a que parecesse que a casa estava prestes a desabar. Até tinha um portão enorme enferrujado e quando o abrimos fez um som excruciante.
Caminhámos pelo jardim da casa, visivelmente mal tratado e cheio de nevoeiro. Tinham mesmo pensado em tudo!
De repente, quando estávamos prestes a subir as escadas que davam para o alpendre, uma figura vestida de esqueleto integral saltou de sabe só Deus de onde e arrancou um grito de cada um dos membros do grupo, incluindo o Luke que agarrou a minha mão com força.
Eu olhei para ele dando a entender que me estava a magoar, e mal ele percebeu largou a minha mão, pediu desculpa e ficou muito constrangido. Ele devia estar cheio de medo por dentro mas era demasiado orgulhoso para admitir.
Entramos finalmente na casa e demos entrada num salão com uma escadaria gigante que dava para um segundo andar. Tudo naquela casa parecia velho e poeirento como se ninguem lá entrasse à cerca de 100 anos.
Subimos as escadas, que chiavam a cada passo que davam tornando o ambiente ainda mais creepy. No corredor haviam uns quadros de pessoas que pareciam ter sido pintados há seculos, literalmente.
Não sei explicar mas algo naquelas pinturas me fazia arrepiar, parecia que estavam a olhar mesmo para nós, como se os olhos nos perseguissem.
Agarrei me mais ao Luke.
-Calma Mary, não precisas de ter medo, isto é só a fingir. Além disso eu estou aqui.
Dei lhe um pequeno sorriso e continuamos em frente. Entrámos depois numa sala onde se encontrava um labirinto de espelhos.
De repente quando já tinhamos entrado, a porta de madeira fechou-se atrás de nós com um estrondo gigante, que nos fez aos dois saltar de susto. As luzes apagaram-se.
- Luke, pára com isso!
-Mary... não fui eu, por isso para de fingir.- Luke eu também não fui... Então quem foi???
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As estatisticas da fic estão muito em baixo, por isso por favor não se esqueçam de votar e comentar, pois só assim eu sei se voçês estão a gostar.
Anyway, amanhã para os nossos grandes males começa a escola. Estou mesmo ao ponto de me prender à cama e não sair de lá. Vou estar tão dissolvida nos lençóis, que nem sei como me vou levantar.
Bom, até ao próximo capitulo (que espero seja em breve) e um bom regresso às aulas (se é que isso é possivel). ;)
-Unicorn XOXO