THÉO
Já se passou quase uma semana depois do ocorrido e a Luna não me procurou, mando mensagem todos os dias e mesmo não tendo retorno continuo mandando todas as manhãs e todas as noites. Sossô não se aguenta mais de saudades da mãe e não vou negar que meu coração também está apertado de saudades dela e ao mesmo tempo angustiado. Eu quero ficar perto dela, quero lhe dar todo meu amor, meu carinho, quero lhe dar tudo que merece, mas ela se fechou novamente e pior, me tirou de perto dela, mas não vou permitir que me tire da sua vida. Eu a amo, estávamos tão felizes! Bella está sempre em contato com ela, faz questão de ir vê-la todos os dias e o único motivo de não acampar em frente a sua porta é a Bella, a Lu, a Jud e a Duda que sempre me passam informações da minha noiva, mas estou a ponto de enlouquecer longe dela, eu preciso vê-la, tocar seu rosto, ter certeza de que ela está bem, que não precisa de mim, e para isso, bolei um plano, sei que é baixo da minha parte e que não deveria colocar a minha filha nessa, mas é uma mentirinha do bem, espero que a Luna me perdoe e ao menos me ouça.
– Théo, você não pode fazer isso.
– Bella, eu preciso vê-la, preciso conversar, dizer que nunca vou sair do seu lado por motivo algum.
– Ela precisa de um tempo para organizar seus sentimentos, meu irmão, a cabecinha dela está fervilhando.
– Por isso mesmo que eu tenho que ficar ao lado dela para lhe passar força e confiança.
– Ela não quer te ver, Théo, está se sentindo insegura, se sente incapaz de te fazer feliz. Ela não cansa de dizer que não te merece.
– Lógico que merece, ela foi a única mulher depois da Mia a ganhar meu coração sem um mísero esforço, eu a amo e não vou deixá-la se afastar de mim, Bella. Eu vou lutar por ela, lutar para merecer o seu amor e a sua confiança – dito isso deixo minha irmã com um sorriso orgulhoso na sala e sigo para o quarto da minha filha para pedir a sua ajuda.
Encontro a minha princesa sentada na cama coçando os olhinhos recém-abertos nesta manhã de sábado, ela é tão linda!
– Bom dia, papai – me deseja bocejando e abrindo os braços para que eu vá ao seu encontro.
– Bom dia, meu amorzinho. Dormiu bem? – Acomodo-a em meus braços e beijo o topo de sua cabeça.
– Sim. Papai, a mamãe não vem me ver mais?
Me dói ver tristeza em seus olhos.
– Claro que vem, minha pequena, ela te ama.
– E por que ela está demorando, tanto?
Esta é a hora.
– Então, eu vim te pedir para me ajudar a trazer sua mamãe aqui, você pode me ajudar?
– Claro! Eu quero muito ver a mamãe, ela ainda está dodói?
– Não sei, vamos perguntar a ela? – pergunto pegando no bolso da minha calça o meu celular.
Minha pequena diz que sim com a cabeça e sorri sapeca. Ligo e torço para que Luna me atenda e sou ignorado uma vez, ligo novamente e nada. Tento mais uma vez quase perdendo as esperanças, quando ouço sua doce voz, mas desanimada:
– Oi, Théo.
Passo rapidamente o celular que está no viva voz para Sophie.
– Mamãe?
– Oi, minha princesinha, está tudo bem? – sua voz não esconde a surpresa e alegria.
– Eu estou com saudade mamãe, vem me ver, por favor!
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Uma nova chance
RomanceThéo Bianchi aos vinte e sete anos é um renomado empresário e pai da pequena Sophie. Seu coração não bate mais por nenhuma mulher desde que seu grande amor se foi na hora do parto lhe deixando um pedacinho dela. Ele vive para sua filha e para o tra...