THÉO
– Abra a porta, meu amor, por favor! – bato na porta e nada dela abrir. Por quê? – Sou eu, meu anjo, o Théo, seu noivo, o homem que te ama. Abre, por favor, aquele desgraçado não está mais aqui, a polícia já o levou. Nunca mais ele vai chegar perto de você. Por favor, amor, me deixe te abraçar, abre a porta, eu preciso te ver, cuidar de você, te proteger.
Nada que eu diga, ou faça é o suficiente para que ela abra a porta de seu quarto. Pelo que a Lucy contou, imagino o que esteja acontecendo, ela está sofrendo uma crise de pânico, deve estar encolhida chorando e morrendo de medo. Bato mais forte na porta, talvez por conta da crise não está conseguindo me ouvir.
– Calma, Théo – fala Thaís tocando meu ombro.
– Ela está sofrendo uma crise, eu sei que está – me apavoro. – Eu preciso entrar para ajuda-la.
– Acabei de ligar para a minha mãe, ela já está vindo. Liguei também para a Bella.
Agradeço, mas continuo chamando pelo meu amor e nada dela abrir a droga da porta e muito menos me responder.
Preciso de respostas, estou sem entender. Tudo o que a Lucy falou para a polícia é confuso. Ela estava tendo um romance com o ex da Luna sem saber. Quando a Luna entrou no apartamento a salvou de um estrupo, mas quase foi estuprada. Se eu soubesse disso quando entrei aqui e o vi querendo fugir juro que tinha o socado até a morte. Ainda existem tantas perguntas sem respostas e enquanto a Luna não abrir esta porta não tem como saber.
Bella chega com a Duda e estão querendo saber o que aconteceu. Minha irmã bate na porta do quarto de Luna e a chama, Duda está desesperada querendo respostas, pois viu o rosto da filha que aquele covarde socou. Judith chega e é a nossa única esperança, pois nem a Bella conseguiu fazer com que Luna abrisse a porta.
– Luna, minha querida, abre aqui, é a Jud. Eu sei o que está acontecendo e posso te ajudar, mas você precisa abrir a porta, por favor, abra.
Estamos todos no corredor em silêncio esperando alguma resposta de Luna, mas nada.
– Théo, vamos ter que arrombar a porta – diz Judith. – Ela está sofrendo uma crise de pânico e nada que falarmos, ela ouvirá.
Peço que se afastem para eu arrombar, mas Judith não deixa, explica que isso vai assustar ainda mais a minha noiva.
– Vou buscar um chaveiro – avisa Bella já correndo para a porta da sala.
Em dez minutos minha irmã volta com um senhor e nos afastamos da porta para ele fazer o seu serviço. Quando vejo a porta se abrindo sinto-me aliviado, mas ao entrar e ver meu amor encolhida na cama agarrada as pernas e o rosto escondido nos joelhos, meu coração se quebra em mil pedaços. Sento-me ao seu lado e tento lhe tocar, quero lhe abraçar, mas ela grita, parece apavorada. Chorando pede que eu não a toque, parece com medo de mim e isso acaba comigo.
– Por favor, Théo, – Judith fala – espere lá fora, eu vou ajuda-la a sair desse transe, não se preocupe.
Bella me leva para a sala e está tentando me convencer que vai ficar tudo bem. Duda está cuidando do rosto da filha, mas não para com o seu sermão. Horas se passam e nada da Judith sair daquele quarto com a Luna. Ando de um lado para o outro e passo por diversas vezes em frente ao quarto que tem a porta fechada.
Na varanda, Bella está segurando a minha mão pedindo que eu me acalme. Olho os carros passando na avenida lá embaixo já não aguentando mais esperar. Judith me chama na sala e eu me viro esperançoso, mas ela está sozinha.
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Uma nova chance
RomanceThéo Bianchi aos vinte e sete anos é um renomado empresário e pai da pequena Sophie. Seu coração não bate mais por nenhuma mulher desde que seu grande amor se foi na hora do parto lhe deixando um pedacinho dela. Ele vive para sua filha e para o tra...