Capítulo 26

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                                                                  THÉO

– Abra a porta, meu amor, por favor! – bato na porta e nada dela abrir. Por quê? – Sou eu, meu anjo, o Théo, seu noivo, o homem que te ama. Abre, por favor, aquele desgraçado não está mais aqui, a polícia já o levou. Nunca mais ele vai chegar perto de você. Por favor, amor, me deixe te abraçar, abre a porta, eu preciso te ver, cuidar de você, te proteger.

Nada que eu diga, ou faça é o suficiente para que ela abra a porta de seu quarto. Pelo que a Lucy contou, imagino o que esteja acontecendo, ela está sofrendo uma crise de pânico, deve estar encolhida chorando e morrendo de medo. Bato mais forte na porta, talvez por conta da crise não está conseguindo me ouvir.

– Calma, Théo – fala Thaís tocando meu ombro.

– Ela está sofrendo uma crise, eu sei que está – me apavoro. – Eu preciso entrar para ajuda-la.

– Acabei de ligar para a minha mãe, ela já está vindo. Liguei também para a Bella.

Agradeço, mas continuo chamando pelo meu amor e nada dela abrir a droga da porta e muito menos me responder.

Preciso de respostas, estou sem entender. Tudo o que a Lucy falou para a polícia é confuso. Ela estava tendo um romance com o ex da Luna sem saber. Quando a Luna entrou no apartamento a salvou de um estrupo, mas quase foi estuprada. Se eu soubesse disso quando entrei aqui e o vi querendo fugir juro que tinha o socado até a morte. Ainda existem tantas perguntas sem respostas e enquanto a Luna não abrir esta porta não tem como saber.

Bella chega com a Duda e estão querendo saber o que aconteceu. Minha irmã bate na porta do quarto de Luna e a chama, Duda está desesperada querendo respostas, pois viu o rosto da filha que aquele covarde socou. Judith chega e é a nossa única esperança, pois nem a Bella conseguiu fazer com que Luna abrisse a porta.

– Luna, minha querida, abre aqui, é a Jud. Eu sei o que está acontecendo e posso te ajudar, mas você precisa abrir a porta, por favor, abra.

Estamos todos no corredor em silêncio esperando alguma resposta de Luna, mas nada.

– Théo, vamos ter que arrombar a porta – diz Judith. – Ela está sofrendo uma crise de pânico e nada que falarmos, ela ouvirá.

Peço que se afastem para eu arrombar, mas Judith não deixa, explica que isso vai assustar ainda mais a minha noiva.

– Vou buscar um chaveiro – avisa Bella já correndo para a porta da sala.

Em dez minutos minha irmã volta com um senhor e nos afastamos da porta para ele fazer o seu serviço. Quando vejo a porta se abrindo sinto-me aliviado, mas ao entrar e ver meu amor encolhida na cama agarrada as pernas e o rosto escondido nos joelhos, meu coração se quebra em mil pedaços. Sento-me ao seu lado e tento lhe tocar, quero lhe abraçar, mas ela grita, parece apavorada. Chorando pede que eu não a toque, parece com medo de mim e isso acaba comigo.

– Por favor, Théo, – Judith fala – espere lá fora, eu vou ajuda-la a sair desse transe, não se preocupe.

Bella me leva para a sala e está tentando me convencer que vai ficar tudo bem. Duda está cuidando do rosto da filha, mas não para com o seu sermão. Horas se passam e nada da Judith sair daquele quarto com a Luna. Ando de um lado para o outro e passo por diversas vezes em frente ao quarto que tem a porta fechada.

Na varanda, Bella está segurando a minha mão pedindo que eu me acalme. Olho os carros passando na avenida lá embaixo já não aguentando mais esperar. Judith me chama na sala e eu me viro esperançoso, mas ela está sozinha.

Uma nova chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora