Capítulo 19

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                                                              THÉO

Desde que sai de casa estou meio aéreo, minha secretária está plantada em minha frente me perguntando se preciso de mais alguns minutos antes de ir para a sala de reunião onde todos já me aguardam. Digo que não, mas na verdade eu precisava muito mais que minutos para tentar entender o que está acontecendo. A Luna ficou bem mexida com a minha pequena lhe chamando de mãe, mas eu fiquei muito mais. Aquela morena não está entrando só em meu coração, ela está entrando, ou melhor, já entrou no coraçãozinho da Sophie e isso é muito preocupante, pois se ela desistir de nós, eu vou sofrer, mas sou adulto e sei lidar com as perdas, já a minha princesinha ainda é muito inocente e não sabe que a vida às vezes pode ser muito cruel. A Luna é tão doce e cativante, eu não me surpreendo com a Sophie lhe querendo como mãe, mas me assusta um pouco.

Pego sobre a mesa a fotografia da Mia e lhe peço desculpas em pensamento, eu não planejei nada disso, mas um sentimento muito bom cresce dentro de mim e é muito bom estar apaixonado novamente. Eu lhe dei a minha palavra que nunca colocaria ninguém em seu lugar, mas daí apareceu a Luna e me fez sem querer está sempre lhe querendo por perto. Volto com o porta-retrato e lembrando-me da minha namorada dizendo que não quer que eu tire a foto da Mia daqui fico orgulhoso pela escolha certa, ela é a pessoa mais certa do mundo para eu tentar seguir em frente. Levanto-me decidido a enfrentar a reunião e deixar para pensar no que fazer depois. Abro minha carteira e de lá retiro a foto que carrego comigo junto à foto da Sophie e da Mia, sorrio ao olhar para o casal se beijando nela, depois a entrego para a Camila e lhe peço para além de amplia-la do mesmo tamanho da foto da Mia, coloca-la em um porta-retrato bem bonito. Camila sorri quando olha para a foto e diz que fará isso o mais rápido possível. Ela me fala que gostou muito da Luna e eu digo muito orgulhoso que é impossível não gostar. Vou para a sala de reunião e só saio de lá no final da tarde. Quando retorno a minha mesa todo o cansaço que eu sentia se evapora quando vejo sobre a minha mesa, Luna e eu nos beijando. Uma saudade louca bate de repente e eu corro para casa para ganhar seus beijos. No caminho vou pensando na gente, ela está começando a se abrir, eu consegui colocar a boca em seu seio e só de lembrar sinto meu corpo queimar. Não vejo a hora de lhe fazer minha. Sinto muita curiosidade em saber o que lhe aconteceu para ela ser assim. Eu sei que ela me deseja, eu sinto isso em seus beijos e no seu jeito de me abraçar e até em seu jeito de me olhar quando estou nu. Mas quando o pânico começa a lhe consumir, meu coração se aperta e o que eu mais quero é só te livrar disso. Ela precisa confiar em mim. Eu preciso fazê-la confiar em mim. Mas como? Já sei!

Acelero feliz com a minha ideia e torço que dê certo. Preciso dos conselhos da melhor irmã desse mundo.

Chegando em casa não consigo esconder a decepção quando Sophie corre para os meus braços dizendo que a mamãe já se foi com suas visitas. Bella parece que percebeu minha desilusão, e vem até mim, me dá um beijo e explica que voltou mais cedo para a Luna poder ir para casa dar atenção e acomodar suas visitas. Preciso concordar com ela, tem muito tempo que ela não via a mulher que foi como uma mãe para ela quando perdeu sua família. Eduarda e Lucy é como uma família para ela e a minha linda tem todo o direito do mundo em curti-las. Prometendo não demorar, vou até meu quarto e tomo um banho, depois desço e janto com as minhas meninas. Depois vamos para a sala e Bella pergunta a sobrinha por sua boneca e Sophie diz que irá busca-la.

– O que deu nela para chamar a Luna de mãe? – Bella cochicha.

– Não sei viu, até a Luna se surpreendeu e até ficou em choque me pedindo desculpa e jurando que não teve culpa.

– Ela também me disse isso. Tadinha da minha amiga, ela não consegue enxergar que é a pessoa mais fácil de se amar neste mundo. Ela estava preocupada em o que eu iria pensar, que eu pudesse sentir ciúmes ou sei lá o quê.

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