LUNA
Acordo sentindo um carinho delicioso em meu rosto, não me assusto, pois parece que meu corpo reconhece o toque do Théo, sempre que ele me toca meu corpo reage de uma forma estranha, não estranha ruim, mas algo que nunca senti antes e eu tenho muito medo disso. Fico mais um tempo de olhos fechados sentindo seus dedos deslizarem por meu rosto até que minha barriga faz um barulho vergonhoso me lembrando de que preciso me alimentar.
– Isso tudo é fome? – Théo me pergunta com um sorriso.
– Me desculpe por isso. Bom dia!
Quero me levantar, mas ele segura meu braço me impedindo.
– O que foi? – Pergunto.
– Não vai me dá nem um beijo de bom dia?
– Não! – respondo sorrindo, me levantando rápido e corro para o banheiro, fecho a porta e faço minha higiene, aproveito e tomo um banho rápido.
Volto em seguida, mas não o encontro na cama. Coloco um short jeans, uma camiseta e vou a sua procura. O encontro na cozinha virado para o fogão, ele está com sua calça e sem camisa. Fico encostada na parede o olhando fazer sei lá o quê até que percebe minha presença e se aproxima sorrindo, me prende em seus braços fortes e me beija.
– Passa o dia comigo hoje? – interrompe o beijo, mas não me solta.
– Melhor não.
– E por que não?
– Acho que estamos indo longe demais – abaixo a cabeça.
– Eu não quero ficar longe de você.
– Eu também, mas é melhor assim, Théo, estamos cada vez mais próximos e isso me assusta.
Ele puxa uma cadeira e senta segurando minha mão
– Te assusta por qual motivo? – puxa-me em direção ao seu colo.
– Eu não quero me apaixonar por você, Théo.
– Nossa! Sou tão ruim assim que não queira se apaixonar?
– Ao contrário, você é o tipo de homem perfeito que eu idealizei, porém achei que não existiria. Aí aparece você se encaixando nesse perfil.
– E como seria esse homem perfeito?
– Carinhoso, amoroso, romântico, atencioso, que sabe tratar bem uma mulher, que por motivo algum jamais lhe faria mal. Um homem carismático paciente, fofo...
– Fofo não Luna – faz cara de zangado.
– Você é muito fofo, até zangado assim – sorrio e beijo seus lábios.
– Você me acha tudo isso?
– E muito mais.
– Não está gostando de ficar comigo? Dos meus beijos, do meu carinho?
– O problema está exatamente aí, eu adoro.
– Não estou conseguindo te compreender.
– Eu não quero me apaixonar, Théo. O problema é esse.
– E por que não?
– Por que você nunca vai retribuir, amar por dois é a maior furada, não estou disposta a isso e principalmente sofrer por um homem que nunca vai me amar.
– E se você estiver errada?
– Eu não estou, você já deixou bem claro que nunca vai esquecer a Mia. É melhor nos afastarmos – saio de seu colo e me afasto dele.
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Uma nova chance
RomantizmThéo Bianchi aos vinte e sete anos é um renomado empresário e pai da pequena Sophie. Seu coração não bate mais por nenhuma mulher desde que seu grande amor se foi na hora do parto lhe deixando um pedacinho dela. Ele vive para sua filha e para o tra...