LUNA
Bella segura o riso me olhando quando o irmão se levanta irritado e vai em rumo a casa. Bebe um pouco de suco para conseguir falar:
– Nat, eu já te disse que ele não gosta que peguem em seu pé.
– Eu ainda conquisto este homem, você vai ver! Quanto mais ele me esnoba, mais eu o quero e mais cedo ou mais tarde ainda me torno sua cunhada.
– Você não vai namorar meu pai – fala Sophie. – Eu não vou deixar.
– Se ele quiser, você não poderá fazer nada, boneca – não gosto do jeito que ela olha para a minha princesinha.
– Sophie, meu amor, – digo – que tal voltar para a água?
– Você vai entrar comigo?
– Agora não, meu anjo, talvez mais tarde, está bem? É que estou cansada da viagem.
Ela concorda, me dá um beijo e volta para a água. Natália continua afirmando que ainda entra para a família e Bella afirma que se continuar pegando no pé do irmão desse jeito, nem amiga dele, ela vai conseguir ser. Quando a loira fala que a última coisa que quer com Théo é amizade e que sonha com o dia de estar debaixo dele, me levanto, não tenho estômago para esta conversa. Vou até a cozinha, preciso de ar e de um bom copo de água gelada. Sinto-me exausta, depois daquela crise parece que meu corpo está pedindo arrego. Vou direto a geladeira e mato minha sede com uma água deliciosa. Não consigo dormir uma noite de sono tranquila sem meus pesadelos virem me atormentar, mas uma crise como a que dei depois que vi aquele desgraçado do Lucas, há muito tempo não dava e tinha até me esquecido quanto era ruim e como meu corpo fica dolorido e cansado no dia seguinte. Achei que estava superando, mas depois de ontem estou com medo.
Será que estou ficando louca de vez? – pergunto-me mentalmente enquanto termino o copo e quando vou leva-lo a pia surpreendo-me com a presença de alguém.
Estava tão distraída que nem notei o Théo sentado em uma cadeira parecendo pensativo também.
– Que susto! – falo colocando a mão no peito.
– Desculpe pelo susto, não imaginei que fosse tão feio – seu sorriso é motivo de um frio na barriga que me assusta ainda mais.
– Ah é, você é horroroso! – sorrio. – O que faz aqui sozinho? Onde estão suas empregadas?
– Vim esfriar a cabeça e colocar as ideias no lugar. Elas estão de folga. Hoje é domingo e eu não gosto de saber que enquanto estou curtindo a minha família, elas estão me servindo ao invés de estarem com as suas.
– Aaah, como você é fofo!
– Eu já disse que não sou fofo.
– É sim, você é muito fofo! – aproximo-me, mas não o bastante ou não resisto à vontade de sentar em seu colo e lhe beijar até perder o ar. – Pensei que estivesse em seu quarto.
– Só vim matar a sede e já voltaria para ficar com a minha filha, você e a Bella.
– A Natália também está lá, se esqueceu?
– Não toque no nome dessa mulher, por favor, ela está mais insuportável a cada dia que passa. Só não proíbo a presença dela aqui, porque é amiga da Bella e minha irmã gosta dela, não sei o motivo, mas gosta.
– Ela está muito a fim de você, Théo.
– Mas eu não estou a fim dela e ela deve respeitar isso e parar de ficar se insinuando para mim. Parece que não tem o senso do ridículo! – ele passa a mão no queixo e a medida que vou lhe conhecendo melhor, sei que isto é sinal de que está irritado. – Vamos esquecer esta mulher, temos assuntos melhores. Vem cá, vem – me estende a mão e eu a pego fazendo o que eu temia, ficando perto demais da tentação.
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Uma nova chance
Roman d'amourThéo Bianchi aos vinte e sete anos é um renomado empresário e pai da pequena Sophie. Seu coração não bate mais por nenhuma mulher desde que seu grande amor se foi na hora do parto lhe deixando um pedacinho dela. Ele vive para sua filha e para o tra...