THÉO
Levanto-me mais uma vez indisposto depois de outro pesadelo durante a madrugada. Como se não bastasse ter que olhar para a minha filha todos os dias e ver a Mia nela ainda tenho que lidar com esses pesadelos sempre. O dia ainda está clareando e eu correndo pelas ruas do condomínio, depois mais quase uma hora malhando e volto para o meu quarto. Tomo um banho relaxante, coloco meu habitual terno, me perfumo, pego minha pasta e desço para ver minha princesinha e correr para a empresa, hoje o dia vai ser corrido, cheio de reuniões. Ontem a Bia me informou que o dia seria cansativo e me entristece não poder almoçar com a minha filha. Nunca confessaria a ninguém, mas me chateia também não ter a Luna como minha secretária e me incomodou muito não ter chegado a tempo de leva-la em casa ontem. Vou fazer o possível para conseguir chegar mais cedo hoje e ter a sorte de estar com ela um pouquinho, quando estou em sua companhia me sinto muito bem. Dou um beijo em minhas meninas e corro para o trabalho, não posso de jeito nenhuma chegar atrasado em outra reunião como cheguei ontem. Mas valeu muito a pena, brincar com a Sophie e a Luna me encheu de vida, e beijar aquela morena é sempre muito bom.
Na minha sala converso com o Gustavo sobre a nossa primeira reunião que será com os arquitetos e engenheiros da nossa mais nova obra no terreno que comprei no Rio de Janeiro. Logo Bia vem nos avisar que todos já nos aguardam e assim é a minha sexta-feira e mal tenho tempo para comer. Se não fosse a Bia me forçar comer um lanche, passava o dia de estômago vazio.
No final do expediente, Gustavo entra em minha sala sem bater, é a cara dele fazer isso, folgado.
– Enfim, sextou! E aí, vamos pra balada hoje? – sugere sentando-se na cadeira à frente da minha mesa.
– Hoje não estou pra balada, Guga.
– Nem hoje, nem nunca, né? Parece que um velho careta de 100 anos habitou seu corpo depois da morte da Mia. Você precisa viver, meu caro!
– Eu vivo. Para a minha filha – deixo claro algo que todos já sabem.
– A Luna volta para a empresa quando, hein?
– Segunda-feira.
– Ela vai estar na sua casa amanhã?
– Acho que não. Por que o interesse? Quer o quê com ela?
– Quero convida-la para sair. Me passa o telefone dela.
– Não – respondo ríspido, fechando ainda mais a cara.
– Ah, Théo, vai, me passa, eu preciso levar aquela morena gostosa para sair.
– Eu já disse para não falar dela assim, pô! – bato a mão sobre a mesa. – E não adianta você convida-la para sair, porque ela não vai.
– Ei, calma aí! Não estou fazendo nada de errado, você disse que o problema era a empresa, não faremos nada aqui, então, eu posso chama-la para sair sim.
– Eu já disse que ela não vai.
– E como tem tanta certeza? Você me atravessou e a convidou primeiro que eu, é isso, não é?
– Gustavo, se você me dá licença, eu tenho mais o que fazer. O expediente já acabou e eu estou morrendo de saudades da minha filha, hoje mal a vi pela manhã.
– E a Luna?
– O que tem ela? – olho-o confuso e desconfiado.
– Está com saudades dela também?
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Uma nova chance
Storie d'amoreThéo Bianchi aos vinte e sete anos é um renomado empresário e pai da pequena Sophie. Seu coração não bate mais por nenhuma mulher desde que seu grande amor se foi na hora do parto lhe deixando um pedacinho dela. Ele vive para sua filha e para o tra...