Capítulo 4

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                                                                     THÉO

Assim que Beatriz avisa que Bella e Luna chegaram, peço que as deixe entrar.

Luna me surpreendeu em vários aspectos até agora, primeiro foi quando cai na pegadinha de minha irmã que disse que ela era feia, aquela bela morena sorrindo ao sermos apresentado me deixou sem reação. Depois veio o fato de ela ter conhecido a minha esposa e também quando com seu jeito meigo conquistou a minha filha, e assim acabou conquistando a minha admiração. Aquela minha princesinha não é de ser conquistada tão facilmente. Já tentamos contratar diversas babás para que Bella possa estudar, trabalhar, viajar, viver a sua vida, mas a nossa pequena não se deu bem com nenhuma delas e em todas as vezes que insistimos acabou adoecendo de tão tristinha que ficava. Não se alimentava direito e até na sua escolinha, onde ela adora estar com seus coleguinhas, as professoras avisavam que minha filhinha não estava bem. Quem me dera alguma das babás tivessem conquistado o coraçãozinho dela como a Luna fez.

Pela porta entram minhas convidadas e nem que me matassem confessaria a ninguém, mas a mim mesmo, eu confesso que estava ansioso para rever a mulher que de cara ganhou o coração da minha filha, só não estava preparado para tanta beleza, já havia me acostumado a vê-la desarrumada durante o nosso delicioso final de semana. Seu vestido um pouco abaixo dos joelhos abraça perfeitamente suas curvas, o cabelo preso em um rabo de cavalo e uma leve maquiagem é o bastante para lhe deixar estonteante. Vou ao encontro delas atravessando minha sala.

– Bom dia mais uma vez, Sr. Théo – cumprimenta-me estendendo-me a mão e com um sorriso tímido sem mostrar seus lindos dentes.

Outra vez com este Senhor, que saco! O jeito é entrar no seu joguinho.

– Como vai, Srta Luna – aceito seu cumprimento e seguro firme sua frágil e macia mão.

– Vou bem, obrigada. Mas só Luna, por favor.

– Só se não me chamar mais de senhor.

– Combinado.

Acho que nesta eu ganhei.

– Sente-se, por favor – aponto para a cadeira de frente a minha mesa.

Minha irmã que até agora não se pronunciou e que mal tinha prestado atenção em sua presença está se virando para sair.

– Sente-se também, Bella.

– Ah, jura? Pensei que não tinha me visto aqui.

– Impossível não notar a presença da irmã mais gata que eu tenho – sorrio para ela.

– Sou sua única irmã, seu falso!

– Senti-me ofendido agora – faço cara de magoado.

– É para sentir mesmo – ela sorri. – Vou dar uma volta pela empresa enquanto vocês conversam. Quem sabe não encontro um funcionário seu gato para darmos uns pegas – a descarada vai falando enquanto segue de volta a porta.

– Respeite-me Isabella Bianchi, sou seu irmão mais velho, – mantenho-me sério – poupe-me desses comentários desnecessários. E aí de você ficar de gracinha com qualquer um aqui, o coloco no olho da rua na mesma hora, ouviu?

– Você é muito rabugento, maninho, está precisando urgentemente de uma namorada. Não sabe nem brincar mais.

– Eu não preciso de nada, Isabella, aqui é meu local de trabalho e não é hora de brincadeiras. Vá dá a sua volta logo, vai!

Uma nova chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora