Meu Tony

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— Vá lá... Veja se você pode levá-lo a falar sobre isso?

— Hmm...

— Por favor? Eu não sei a quem mais pedir. Eu não acho que ele vai estar preparado para tudo hoje à noite.

Olhei para trás, para Tony que estava no jardim. Esta poderia ser a minha única oportunidade de falar com ele sozinha, então eu concordei.

— Ok.
Ela me abraçou. — Obrigado. Eu te devo uma.

Nesse caso, eu vou tomar Tony. Eu não podia parar meus pensamentos, eles estavam fora de controle.

Esse abraço me fez perceber que era absolutamente possível realmente gostar de alguém de quem você sentia um ciúme louco.

Eu respirei fundo e fiz meu caminho através das portas de vidro deslizantes. O céu estava ficando cinza, como se estivesse prestes a abrir-se em uma tempestade.

Não era o momento apropriado para perceber o quão incrível estava a sua bunda naquela calça preta que ele estava usando, mas mesmo assim, eu fiz. Uma brisa soprou em torno de seu cabelo.

Limpei a garganta para me anunciar.
Ele não se virou, mas sabia que era eu.

— O que você está fazendo aqui, Pepper?

— Chelsea me pediu para vir falar com você.

Ele encolheu os ombros, seu riso cheio de sarcasmo. — Oh, sério?

— Sim.

— Vocês duas estavam comparando notas?

— Isso não é engraçado.

Ele finalmente se virou para olhar para mim, apagando seu cigarro antes de jogá-lo imediatamente no chão e esmagá-lo com o pé.

— Você acha que ela teria te enviado para conversar comigo se ela soubesse que a última vez que nós estivemos juntos estávamos transando como coelhos?

Embora tenha me chocado ouvir isso, enviou um arrepio pelo meu corpo. — Você tem que falar assim?

— É a verdade, não é? Ela ia pirar se ela soubesse.

— Bem, não vou ser eu quem vai dizer a ela, não precisa se preocupar. Eu nunca faria isso.

Meu olho começou a tremer.

Ele ergueu a sobrancelha. — Por que você está piscando para mim?

— Eu não estou... Meu olho está se contraindo porque...

— Porque você está nervosa. Eu sei. Você costumava fazer isso quando eu te conheci. Fico feliz em ver que temos boas lembranças.

— Eu acho que algumas coisas nunca mudam, não é? Faz sete anos, mas parece apenas como...

— Como ontem. — Ele repetiu, — Parece que foi ontem, e isso é fodido. Toda esta situação.

— Isso nunca deveria ter acontecido.
Seu olhar caiu para o meu pescoço e, em seguida, de volta para os meus olhos. — Onde ele está?

— Quem?

— Seu noivo.

— Eu não estou noiva. Eu estava... Mas não mais. Como você sabia que eu estava comprometida?

Ele parecia perplexo, então olhou para o chão por um bom tempo antes de se esquivar da minha pergunta. — O que aconteceu?

— É uma longa história, mas fui eu quem terminou. Ele se mudou para a Europa para um trabalho. Só não era para ser.

meio-irmão não é irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora