Ano Novo

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Estávamos começando a passar mais tempo juntos. Ela vinha para o meu quarto e jogávamos videogames, e eu dava despercebidos olhares para o seu pescoço quando ela não estava me olhando.

Eu repetia o beijo na minha cabeça constantemente, às vezes até mesmo quando eu estava com outras garotas.

Pepper e eu comíamos sorvete juntos, e a vontade de lamber o canto de sua boca era enorme.

Eu podia sentir que eu estava me apaixonando por ela em mais de uma maneira, e eu não gostei.

Não só eu estava atraído por ela, mas ela foi a primeira garota cuja companhia eu realmente gostava.

Eu precisava me manter em cheque, no entanto, desde que assumir qualquer ligação com ela não era uma opção. Então, eu continuava a trazer as meninas para casa e fingia não ter sentimentos por Pepper.

Estava funcionando bem até que eu descobri que ela estava indo a um encontro com um cara da escola: Steve. Ele era uma má notícia.

Sua amiga acabou me pedindo para me juntar a eles em um encontro duplo, e eu aproveitei a oportunidade para que eu pudesse ficar de olho nas coisas.

O encontro tinha sido uma tortura. Ter que esconder o meu ciúme, ser forçado a sentar e assistir enquanto aquele imbecil colocava as mãos sobre ela. Ao mesmo tempo, a amiga de Pepper, Nati, estava em cima de mim, e não havia interesse nenhum da minha parte. Eu só queria chegar em casa em com Pepper em segurança, mas a noite se transformou em muito mais do que eu esperava. Antes que ela acabasse, eu quase mandei Steve para o hospital depois que ele confessou que ele tinha feito uma aposta com o ex de Pepper de que ele conseguiria tirar a virgindade dela. Eu fui para ele como uma bala. Nunca na minha vida eu tinha sentido a necessidade de proteger alguém como eu queria protegê-la.

No dia seguinte, Pepper iria retribuir o favor em grande estilo.

Howard tinha invadido o meu quarto e me deu um de seus violentos abusos. Ela ouviu e me protegeu de uma forma que ninguém nunca fez.

Mesmo que eu fingisse estar bêbado demais para lembrar, eu me agarrei a cada palavra até que ela o expulsou do quarto.

Pensando nisso, eu tenho certeza que esse foi o momento em que eu me apaixonei por ela.

No mesmo fim de semana, os nossos pais foram viajar. Foi um mau momento porque meus sentimentos por ela estavam em um ponto mais alto. Eu inventei uma história sobre ir a um encontro só para que eu não
tivesse que ficar a sós com ela.

Naquela noite, ela tinha me acordado no meio de um sonho. Eu tinha tido um dos meus pesadelos sobre a noite que Mami quase se matou.

Tentei aliviar o clima, porque eu devo ter parecido uma pessoa louca. Eu disse-lhe alguma coisa como:

— Como eu sei que você não está tentando se aproveitar de mim no meio da noite?

Foi uma piada.

Ela começou a chorar.

Merda.

Eu atingi um novo patamar.

Todas as palhaçadas que eu estava fazendo para mascarar meus verdadeiros sentimentos tinham cobrado o preço sobre ela. Eu tinha que parar, mas sem os insultos e brincadeiras para me esconder atrás, esses sentimentos se tornariam óbvios.

Quando ela fugiu para o quarto dela, eu sabia que o sono não ia ser possível até que eu, pelo menos, a fizesse sorrir novamente. Eu tive uma ideia e peguei seu vibrador que eu estava escondendo e o levei para o quarto dela. Eu comecei a fazer-lhe cócegas com ele.

meio-irmão não é irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora