Natal seria o melhor porque eu e Tony estaríamos juntos pela primeira vez.
Iríamos para São Francisco passar o feriado com Maria. Por sugestão de Tony, falei com ela no telefone algumas vezes para tirar a estranheza da situação. Ela foi surpreendentemente cordial, e me fez sentir melhor sobre a viagem. As coisas nunca seriam perfeitas entre nós, e tenho certeza que ela preferia Chelsea. Mas ao menos, com Howard morto e com o passar do tempo, ela me aceitaria.
Alguns dias antes de viajarmos, Tony e eu fomos convidados para uma festa de Sully.
O apartamento de Sully era um clássico da cidade. Ela levou a sério o tema, pendurando visgo de plástico e luzes brancas em todo apartamento. Até tinha uma faixa dourada escrito “Coma, beba e seja feliz”. Ela também montou uma mesa com gemada e aperitivos. Tony e eu estávamos relaxados depois de algumas canecas de gemada.
Ele estava tão sexy com um chapéu de Papai Noel enquanto me guiava até um canto vazio da sala.
Puxei a bola na ponta de seu chapéu.
— Você sabe que é o Papai Noel mais sexy que eu já vi, né?
Ele envolveu as mãos em minha cintura.
— Sorte sua que eu não apareço só uma vez por ano.
Envolvi seu pescoço e me aproximei.
— E eu lhe darei bem mais que biscoitos.
— Não me importaria de espalhar um pouco de alegria naquele banheiro, agora. — Ele disse.
Então, fizemos isso.
Quando voltamos, era hora de abrir os presentes. Sully deu o seu a Tony primeiro. Eles acabaram ficando bem amigos.
— Oh, Sully. Não precisava. — A sala explodiu em gargalhadas enquanto Tony levantava uma camisa com sua foto sem camisa, segurando a placa onde se lia “otário”. Também tinha uma caneca e um mouse pad fazendo conjunto.
Sully riu.
— Com toda essa coisa do livro, não queria que esquecesse suas raízes.
Tony riu e depois aceitou seu presente verdadeiro, um cartão presente do Starbucks onde ele passava tanto tempo escrevendo depois do trabalho. Recentemente tínhamos conseguido um contrato para Lucky e o Garoto e uma sequência que ainda seria escrita. Ele ainda trabalhava na escola durante o dia.O presente de Tony para mim foi o último a ser distribuído. Fiquei surpresa de ele ter comprado algo, pois tínhamos combinado de trocar presentes na Califórnia. Vamos dizer que, assim que abri a caixa, tudo fez sentido. Esse não era meu presente verdadeiro. Era o ultimo par de calcinhas que ele tinha me roubado anos atrás. Era um de renda lilás. Eu me lembrava delas e balancei a cabeça.
— Eu não acredito que você guardou isso todos esses anos.
— Foi uma lembrança que tive de você por muito tempo.
Sussurrei em seu ouvido.
— Você sorte que a minha bunda ainda cabe nisso.
Ele sussurrou de volta.
— Acho que eu sou mais sortudo por caber dentro da sua bunda.
O bati no braço.
— Você é tão pervertido. Mas eu amo isso.
— Você não leu o cartão. — Ele disse.
Eu abri. Tinha a foto de um casal de velhinhos se beijando perto de uma árvore de Natal. Era um desses cartões em branco que você escrevia algo dentro.Pepper,
Esse Natal será o melhor da minha vida.
Por sua causa… Eu:
Estou agradecido.
Estou feliz.
Estou completo.
Estou em paz.
Estou excitado com o futuro.
Estou apaixonado.
Por sua causa nesse Natal… Eu:
Estou alegre.
Estou alegre.Não entendi até vê-lo se ajoelhar e pegar uma caixinha no bolso.
— Não sabia o que era o amor até te conhecer, Pepper, não apenas como dar, mas como receber. Eu te amo tanto. Por favor, aceite se casar comigo.
Cobri o rosto em choque.
— Eu aceito. Sim. Sim!
Todos aplaudiram. Sully deveria saber de tudo porque estourou logo uma garrafa de champanhe.
Quando Tony colocou o anel no meu dedo, eu engasguei.
— Tony, é o anel mais lindo que eu já vi.
.
.
.
.Um ano depois, na véspera de Ano Novo, Tony e eu tivemos uma cerimônia privada, apenas no civil. Usei meu cabelo preso. Ele ficou feliz com isso.
Não era necessário um casamento grande; só queríamos torná-lo oficial. Escolhemos a véspera de Ano Novo para brincar com o destino.
Depois de um jantar a dois no Pub, nos juntamos à multidão na Times Square;
Quando a bola caiu, Tony me deu um beijo apaixonado que mais do que compensou a oportunidade perdida cinco anos atrás.
Quando ele me colocou no chão, eu sussurrei no seu ouvido e lhe dei a surpresa da sua vida.
Mais tarde, ele colocou a cabeça na minha barriga e brincou de seu jeito único sobre como nós poderíamos fazer um reality show: ele era oficialmente o filho bastardo que tinha engravidado a meia-irmã.
VOCÊ ESTÁ LENDO
meio-irmão não é irmão
FanficMeio-irmão é a denominação aplicada ao irmão que possui grau de parentesco apenas por parte de mãe ou apenas por parte de pai. Por parte de mãe, os filhos são denominados "uterinos", por parte de pai, os filhos são denominados "consanguíneos". No ca...