Refém do Desejo - Spin-off Rei Do Submundo

Capitulo 31

Nick Ross

Estou entediado, ouvir palavras de um administrador em uma reunião me dá nos nervos. Olhei para o relógio, eram onze da manhã, bocejei e tomei atenção dos presentes a reunião. Carlos me olhou preocupado e começou a soar como um porco, é evidente que está nervoso, já que hoje darei o ponto final sobre sua suposta subida de cargo.

— E isso é muito importante para o avanço da empresa. — Ele termina sua apresentação e aperta os dedos esperando meu manifesto.

O encarei sério, ele é bom e isso eu devo admitir, por mais que seu receio e medo seja de desprezível, é admirável sua resistência e o impecável esforço notável.

— O que achou, senhor Ross? — ele pergunta na busca da minha aprovação, é admirável.

— Poucas palavras, mais ações, Carlos. — Foi a única coisa que eu disse ao me levantar. Organizei meu terno e nesse momento recebi uma ligação de Nick, antes de atender eu falei por fim: — Quero um resumo na minha mesa até o fim do dia, a vaga gerencial é sua!

Deixei a sala e atendi antes que fosse perdida. Ouvi atentamente sua informação sobre uma rachadura no galpão de armas, isso era impossível.

— Resolve esta merda, ainda tenho mais duas reuniões agendadas.
— Isso é possível? Não é aço reforçado? — Viktor me perguntou confuso
— Procure os responsáveis e pesquise mais afundo. Logo estarei aí.

Desliguei a chamada e deixei a empresa, parti para outra. Enquanto estava no meio da reunião recebi um alerta sobre invasão no submundo, encarei a tela do telefone não acreditando naquela merda, era só sair por algumas horas que tudo se desanda. Interrompi a reunião e deixei as pressas o local, fui direto para a organização. 

No trânsito, recebo a ligação de Viktor, atendo com todo o ódio que domina meu corpo.

— Que caralho aconteceu, Viktor?!
— Senhor, aqui não é o Viktor. — Um soldado me responde.
— O que faz com o telefone de Viktor?
— Ele foi baleado e está desacordado, estão levando para o hospital da máfia.
— Me mande a localização, irei quando possível.

Ao chegar na máfia vi correrias e assistências para ajudar os feridos. Estava nos nervos, me sentia mais perdido do que uma bússola com defeito.

— Que caralho aconteceu aqui?! — gritei alterado, chamando atenção de todos.

Um dos soldados que estava no ataque se aproximou e explicou toda a situação, não sabia ainda quem era o infeliz que cogitou invadir meu submundo, pior, descobrir a localização. Comecei a criar teorias para solucionar aquelas questões.

— Como está o local da troca de tiros? — perguntei impaciente.
— Já foi verificado, alguns inimigos ficaram para trás.
— E onde estão?
— Todos mortos.
— Alguém conhecido? Suspeitas? Tem alguma informação porra?!
— Não senhor, não conhecemos o sujeito.
— Quero que investigue tudo! Esse desgraçado não descobriu por acaso, temos um traidor entre nós.
— Por onde começo, chefe?
— Quero o álibi de todos nas últimas semanas, quero rastreio e provas, acesse todas as câmeras da organização, chamadas, tudo!
— Certo!

Agitei meus cabelos e segui para o hospital, estava incrédulo com toda a reviravolta que acontecera em tão poucas horas, achei que por fim resolveria meus problemas da empresa, mas vejo que tudo caiu por terra em uma fração de segundos. Passei pela recepção do hospital e segui até a sala do diretor, ele estava nos corredores conversando com um médico, ao me ver percebeu meu motivo de estar ali.

— Senhor Ross, fique calmo. — pediu com antecedência.
— Não me peça para ficar calmo! Não recebi informação alguma que um de meus homens havia sido baleado.
— O senhor González já está na sala de cirurgia.
— Qual o estado do infeliz? — perguntei com preocupação.
— A bala se alojou no ombro, nada muito sério.
— Me leve até a sala de cirurgia!