3.7- Evocação e Invocação.

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Toda a Energia Mística existente neste momento é a mesma desde a criação do Universo, tendo apenas adquirido formas diversas e advindo de locais diferentes dos que estavam anteriormente.

A Classificação Mística da Evocação manipula a energia para a criação de algo a partir do nada, como forma padrão de uso. Contudo, dentro da Classificação Mística da Conjuração, que trabalha com transporte de seres e energias existentes, concerne os campos da Conjuração Evocativa e da Conjuração Invocativa.

A Conjuração Evocativa utiliza rituais, em suma maioria, para trazer seres específicos de outros planos de existência. Ou seja, sendo necessário conhecer seu nome verdadeiro e ter energia suficiente para manter esta ligação, que não é necessariamente contínua. O ser evocado deve querer ser trazido ou ao menos não ter força suficiente para negar o chamado.
     Exemplos:
Evocação Energética: trás energias específicas (ex.: energia pandêmica; energia demoníaca).
Evocação Ancestral: trás espíritos ancestrais por meio da ligação sanguínea.
Evocação Animal: trás animais específicos de outros planos (ex.: montarias, aves, etc.)
• Evocação Extra-planar: trás seres específicos de planos exteriores (ex.: anjos, fadas, demônios, elementais);
• Evocação Espiritual: trás seres e entidades espirituais (ex.: guias, almas perdidas, etc.);
• Evocação Mística: trás criaturas místicas ou mágicas em determinado local no espaço-tempo (ex.: unicórnios, fadas, dragões).

A Conjuração Invocativa utiliza feitiços, em suma maioria, para trazer seres ou objetos do mesmo plano de existência ou, raramente, de outros planos. Para realizar uma Invocação é necessário ter uma ligação com o ser e ter energia suficiente para trazer o alvo para próximo de si. A ligação com o alvo deve ser clara e específica, sendo necessário o conhecimento dele, uma ligação representacional e/ou uma marcação energética que lhe permita invocá-lo (muito comum em objetos pessoais de bruxos).
     Exemplos:
• Invocação Energética: trás energias específicas (ex.: fogo, água, eletricidade, luz, sombras, etc.).
• Invocação Animal: trás animais gerais de um plano (ex.: vaca, lobo, águia)
• Invocação Extra-planar: trás seres gerais de outros planos por meio de contrato com eles.
• Invocação Mística: trás criaturas místicas ou mágicas do mesmo plano.

O Pentagrama é o mais conhecido e também o mais seguro método de Evocação e Invocação de energia mística utilizada por bruxos. Nele, encontra-se a síntese de toda a prática Mágica, independentemente de suas origens. Ao contrário da Cruz Cristã, que existe para lembrar a permanente necessidade do sacrifício e renúncia à vida terrena, à imagem e semelhança de Cristo Crucificado, o Pentagrama existe para lembrar da integração harmoniosa com o Cosmo.

Sob a forma de um diagrama, ele ilustra a interação criadora entre todos os Reinos. É como se fosse cinco compassos justapostos em forma de estrela, e na Maçonaria corresponde ao compasso litúrgico do maçon, com o qual são medidos os ritos, as obras e a cadência das suas respectiva ações.

''TODO HOMEM E TODA MULHER É UMA ESTRELA''.
                      — Aleister Crowley.

Ele permite como um selo e um catalisador, permitindo evocações e invocações com o uso mínimo de energia, uma vez que nenhuma dela será perdida já que o Pentagrama cria um fluxo contínuo de canalização e catalisação.

O Círculo Mágico é o mais comum ato de iniciação de um ritual. Sua função mais comum é permitir que os alvos do ato místico de Conjuração não possam ser afetados ou que não afetem os conjuradores, ficando restritos ao desenho místico.

Chama-se esse ato litúrgico de ''Talhar o Círculo'', porque ele é tradicionalmente efetuado com uma faca ou adaga consagrada. Trata-se de criar um círculo ao redor e compor um lugar fora do espaço-tempo ou, como se costuma dizer, ''entre os mundos''.

A prática de talhar o círculo em cada celebração mágico-religiosa tem sua origem na prática dos Grimórios de Magia Medieval e Renascentista, em que se desenhava a giz ou carvão sobre o solo o Círculo das Invocações, enquanto se recitavam orações de exorcismo. Mas esse ato é, também, um ressurgimento de lembranças arcaicas do tempo em que os povos antigos delimitavam seus templos em forma circular, à imagem do Cosmos.

Ele é um lugar em que os bruxos não podem ser observados nem censurados e onde pode surgir a alegria, o amor e a confiança entre as partes, mas também pode representar um estado de Caos e indiferença no Todo Universal.

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