Capítulo 8

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Gente eu acabei esquecendo que o Liam não tem covinhas, então se virem alguma perdida por aí, me avisem por favor.

.......

Finalmente, véspera de natal. As ruas lotadas de turistas e moradores locais comprando seus presentes e disputando as melhores decorações caseiras - uns com mais luzes, outros mais simples, porém com o mesmo clima natalino que sempre tomara conta de toda tradicional vida tranquila inglesa. A neve pairava sobre os pinheiros de forma uniforme, o que deixava as ruas ainda mais bonitas, elegantes. As músicas eram harmoniosas, e de resumo, a véspera de natal não poderia estar mais agradável.

Para Zayn, aquela data tão especial devia ser exatamente assim; além de ser presenteado com suéteres quentinhos e passar a data com sua mãe e irmãs, era também o seu aniversário. Naquele dia estava completando seus vinte e quatro anos de vida, e pelo contrário de muitos, costumava comemorar a velhice. Gostava de ficar mais velho e ganhar mais respeito de alguns por conta disso. Portanto, todos os seus aniversários eram, definitivamente, a melhor data do ano para ele.

Ainda assim, o seu vigésimo quarto ano de vida não poderia estar mais desastroso e horripilante. Dessa vez, não seria a melhor data do ano para Jawadd, afinal.

Logo depois de Liam deixá-lo na porta de seu velho hotel, no dia passado, o policial mal conseguira respirar ao dar-se conta da burrada que havia acabado de cometer, chamando o gangster a ultrapassar os limites de sua privacidade e, dessa forma, passar a véspera de natal e aniversário com ele. Quando adentrou seu pequeno quartinho apertado, teve um ataque de pânico. Surtou. Precisava falar com alguém, definitivamente precisava.

Primeiro ligou para a mãe, sem nem mesmo se importar com o horário, chamando a pobre Trisha no meio da madrugada, afobado e, como sempre, nervoso. Explicou que um gangster estaria em seu ambiente pessoal dali vinte e quatro horas, ou até menos, e teve de ouvir sua mãe garantir que não se importaria em não ter o filho passando o natal e aniversário em família, mesmo que tristemente. Zayn sabia que ela se importava, e isso apenas serviu como um peso gigantesco em suas costas.

Mas já era tarde demais para despistar Payne.

Sem muita demora. prometeu que passaria o ano novo com a mãe, repetindo inúmeros perdões até que a mesma soltasse um risinho mais animado e mandasse seu filhote descansar um pouco, antes que sua desejada visita batesse na porta.

E então, o Malik seguiu o conselho de sua mãe, apenas tragando o último cigarro de seu maço na varanda cúbica do quarto. Depois, tratou de mandar um imenso e-mail para Stan, explicando o porquê de não voltar a Londres e praticamente implorando por apoio moral diante de uma situação tão perturbadora - passar quase uma noite inteira com Liam Payne. Por fim, caiu num sono de quase dez horas com a mesma roupa do dia anterior.

Quando acordou, o dia ainda estava nublado; o que, querendo ou não, provocou-lhe ainda mais sono. A cama era como um imã, mas ele conseguiu se levantar e deixar toda aquela preguiça no edredom, por fim tomando um banho e ficando apenas com uma toalha amarrada na cintura, até que a tarde começasse a ir embora e dar olá à noite. Apesar da lastimável situação daquele quarto de hotel, ele agradeceu pela pequena lareira perto do sofá, onde ficou por um bom tempo fumando e tamborilando os dedos num jornal que lia, de tão ansioso que estava.

18:00

Logo ele chegaria.

Zayn precisava se controlar. Precisava. Precisava. O máximo que poderia acontecer eram os flertes comuns e mais informações que seriam essenciais à sua missão. Sem contar que ele se aproximaria de Payne suficientemente para ganhar a sua confiança, e assim, conseguiria se aproximar da vida criminosa do gangster.

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