Capítulo 13

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- Costa Rica e Brasil são os novos pontos do trajeto, então?

- Na verdade esses foram os pontos que eu sugeri. Talvez eles avaliem mais a fundo antes de adicionarem no trajeto. O Payne não é nem um pouco burro.

Zayn andava de um lado para outro na cabine quase cúbica do banheiro masculino de um restaurante consideravelmente próximo ao casarão do Império Payne, ainda que o tal já fosse isolado de centros comerciais. Era o seu horário de almoço, mas ele não pretendia voltar tão cedo para o casarão, pelo menos por aquele dia.

Ele ainda se sentia desconfortável, sentindo a cueca suja do pré-gozo que Liam havia provocado horas atrás, algo de que Zayn definitivamente não precisava lembrar-se caso não quisesse acabar com outra ereção e uma vergonha quilométrica pela forma como seu corpo reagia ao Payne.

- Jawadd, Jawadd... Vamos lá, o que anda acontecendo? - Stanley mudou de assunto
repentinamente ao perceber que Zayn enfrentava mais um de seus muitos devaneios.

- Pelo amor de Deus, Stan! Eu que te pergunto o que está acontecendo. Eu sinceramente não sei.

- Eu te conheço como a palma da minha mão, Jawadd. Aposto que está trancando num banheiro e andando pra lá e pra cá com um cigarro nas mãos.

- Errado. Eu estou sem cigarros no momento. - Bagunçou o próprio topete ao que procurou o maço nos bolsos da calça e não encontrou nada mais que um pacote de camisinha, lembrando-se de onde e de quem aquilo poderia ter vindo. Era bem a cara de Liam Payne. - Eu deixei meu maço no escritório do Payne. Além da minha dignidade, é claro.

- Hum, entendi tudo, algo aconteceu nesse escritório! - Zayn se perguntava sobre quais seriam as chances de seu corpo parar num bueiro próximo a sua casa em Londres caso se enfiasse na privada e desse descarga. Era muita coisa para a cabeça dele. Por que Stan tinha tanta intuição, droga?

- Mais uma vez estamos falando sobre a minha vida pessoal?

- E profissional, lembre-se disso. Que eu saiba, nós concordamos que sua vida sexual caberia nisso tud...

- Não! Nem termine isso, Stanley... - Bateu com o punho na porta da cabine e se assustou quando a mesma se abriu, revelando uma imagem de si mesmo totalmente descabelado no espelho. Estava sozinho, e agradeceu mentalmente por isso. - Eu simplesmente não quero te contar o que aconteceu naquele escritório. Não vou. Todo esse constrangimento está me dando nos nervos. Preciso desligar.

- Ok, ok. Sem constrangimentos. Mas quero que saiba o quanto essa missão é crucial para toda a Europa e metade da América. Se for preciso transar com o ladrãozinho de cabelos castanhos apenas para conseguir informações, Jawadd, é isso o que você vai fazer.

- Você não tem controle sobre isso. - E desligou. O Malik estava começando a desacreditar a que ponto Stanley conseguia chegar. Talvez fossem os anos que se passaram com ele sentado na cadeira de um escritório estampado de rostos criminais e notas de investigações, o deixando louco, mas Zayn sinceramente não queria mais saber. Ele apenas arremessou o aparelho celular no chão, arrumou seu topete e contou até dez.

Por sorte o celular não havia quebrado.

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1º PESSOA P.O.V. (LIAM PAYNE)

Meu escritório não poderia estar mais sexual. Fazendo rabiscos na minha agenda telefônica, eu ainda olhava para o lado oposto da mesa e tinha vislumbres de Zayn na minha cadeira de couro, aquela camisa quase transparente que usava, e seus lábios carnudos sendo mordidos pelo próprio enquanto tentava resistir a mim. O desgraçado era lindo, e pelo jeito, demoraria para meu desejo por ele cessar e assim eu voltar para o meu cotidiano, com ficantes de uma só noite.

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