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Point of view — Ayla Morel

Point of view — Ayla Morel

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Point of view — Ayla Morel

Meu nome é Ayla Morel Blanc. Eu sou a Nobre Grande Rainha da Nova Europa, e vou contar a minha trajetória governando o meu país, mas antes, devo-lhes contar como fui de gata borralheira, serva da realeza, à rainha, governando ao lado do meu belo, sábio e gentil marido, o Nobre Grande Rei, Addamus Blanc, e nossa incrível história de amor.

Alguns anos antes...

-Eu não vou me casar com esse maldito filho de fazendeiro que cheira a esterco! — berrei para a minha mãe.

-Pois arranje um pretendente logo então, você vai fazer dezesseis anos em breve Ayla, o que vão pensar de você se não casar,o que vão pensar de mim?! — Falou ajeitando seu cabelo e sua maquiagem no rosto.

Minha mãe é uma costureira de mãos milagrosas. Transforma o tecido mais feio em seda tão brilhante como ouro.Suas roupas feitas com sedas são mais leves que folhas, e por isso, trabalha para o Rei, fazendo túnicas, capas, camisas com babados e bordados para todo lado.Mas toda pessoa tem seu lado podre, ela tem muito talento, e por isso é arrogante e metida, além de um narcisismo e ego enormes.

-eu não ligo o que pensaram de mim, muito menos de você, eu ligo pro meu futuro, e eu não vou desperdiçar meu talento no meio do mato com um cara que não presta! — berrei para ela — pai, fala pra ela! — falei.

-Querida, vamos para o palácio, assim você esfria a cabeça.Já estamos atrasados, venha — disse passando o braço pelos meus ombros, me puxando para fora de casa. Quando já estávamos na carruagem elétrica, meu pai começara a dizer — olha só, não liga para o que sua mãe fala, vocês duas tem um gênio forte, então você tem que achar algum pretendente à altura ou melhor que ele, o que não vai ser nada difícil — falou me arrancando uma risada.

Quando chegamos ao palácio, meu pai foi para a cozinha e eu fui para o armário de lençóis e toalhas, pegando 2 toalhas de banho, 2 para secar mãos e a outra para rosto e um lençol, e fui em direção aos aposentos do...

Do Diabo.

Sim, vocês ouviram direito, o diabo. O príncipe Addamus Blanc, futuro Rei, O diabo em pessoa. É como se em vez de ter sido a Eva a comer o fruto proibido, Adão que comera, o que condiz com seu nome, Adão em latim.Abri a porta dos fundos de seu quarto em silêncio, vendo ele dormir com apenas a blusa à mostra e o resto de seu corpo coberto por um cobertor de pele de lobo, esparramado no colchão e o cabelo preto não tão grande nem tão curto bagunçado no travesseiro.Em silêncio, fui ao banheiro e comecei a organizá-lo, tirando as toalhas sujas, as das mãos e a suja de maquiagem, colocando no cesto de roupas sujas que trouxe, pegando as roupas jogadas no chão e colocando dentro do cesto também.Tentei pegar uma capa de pelos de corvo bem pesado, porém tomei um susto ao ouvir uma voz atrás de mim.

-Pode deixar esse aí — a voz rouca de Addamus me assustou, me deixando cair o cesto encima dos meus pés. Sibilei um "Ah" e tirei de cima dos meus pés.O que acontece é que a parte debaixo do cesto era de metal, e minhas botas não são do melhor material, ou seja, meus pés vão ficar dormentes por semanas.Suspirei e peguei a capa,pendurando num dos cabides e tirando os lençóis de sua cama.

Addamus bocejou e se jogou na sua cadeira, no canto do quarto.Ele estava com uma blusa branca comum com babados em todas as golas, e uma calça preta simples.Coloquei rapidamente o lençol limpo e comecei a dobrar suas roupas e colocando-as no cabide.

-Sempre eficiente, Morel — Addamus ironizou — Encantadora a túnica que fez para minha mãe, pena que só sua mãe faz minhas roupas — falou suspirando dramaticamente.

-Minha mãe gosta de agradar você, já que será o próximo Rei, e ela ainda quer ser a costureira Real — falei e Addamus deu uma risada nasalada.

-Gosto do seu trabalho, é melhor que o da sua mãe, talvez você seja minha costureira real — disse e eu soltei uma risada.

-Nunca deixe minha mãe ouvir isso — falei e ele soltou uma gargalhada.Eu suspirei — E provavelmente, não vou estar aqui ano que vem. — falei e ele franziu o cenho.

-Por que?Não me aguenta mais? tão Fraca — disse ironizando e se levantou.Fui até o banheiro e peguei o cesto, voltando para o quarto, e ele parou na minha frente.

-Eu tenho quinze anos, Addamus. Você sabe o que isso significa. — falei e seus olhos se arregalaram levemente, travando sua mandíbula— agora com licença, eu tenho que costurar o vestido da sua mãe para o baile de máscaras de hoje — falei suspirando. De repente, Addamus levantou o queixo e sorriu de soslaio. Deus, como eu odeio esse sorriso.

-Venha ao baile hoje.Se você vai embora, quero aproveitar o tempo que tenho para te irritar até o limite, então, venha hoje ao baile. — disse

-Olha só Addamus eu não vou a festa, não tenho roupas e.. — ele me interrompeu

-Não estou pedindo, é uma ordem. Ayla Morel, ordeno que você compareça ao baile hoje à noite. — falou e eu rosnei.Ele gargalhou — ah, vou sentir falta dos seus rosnados — falou e eu saí de lá revirando os olhos.

Uma costureira (e camareira e cozinheira [extrema eficiência!]) no meio de um monte de gente da alta sociedade? Não, com certeza não.Mas é um baile de máscaras, eu posso usar uma máscara que cobre todo o rosto e ninguém irá me reconhecer, não se eu não falar o meu nome.Sorri e corri até a lavanderia, começando a acelerar meu trabalho.

-Se for para eu ficar em cativeiro para sempre com aquele filho de fazendeiro ordinário no fim do mundo, quero me aventurar antes disso. — Falei comigo mesma.

 — Falei comigo mesma

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The Masked Girl •EM ANDAMENTO•Onde histórias criam vida. Descubra agora