Adamus Blanc, O filho primogênito de uma linhagem de reis tão airosos como ele, decide fazer um baile de máscaras à procura de uma pretendente que não seja a que seu pai empurra para ele, e encontra uma encantadora Lady com um vestido deslumbrante...
-Vossa Majestade — me curvo em frente a rainha. Ela sorri para mim, e faz um gesto para que eu me aproxime.
A Rainha Rosalie da Áustria é de longe uma das rainhas mais generosas, misericordiosas e gentis que já existiu dentro da árvore genealógica Blanc. Ninguém nunca ousou a desrespeitar ou algo do tipo, pois além de ser executado, sua alma iria ser odiada por todos os camponeses da Nova Europa.
-Majestade, eu fiz um vestido a senhora para o baile de seu Aniversário, espero que aprecie — eu digo, estendendo o vestido (mídia) a frente do meu corpo.
-Oh Deus! Ele é magnífico Ayla! — A rainha coloca uma mão sobre a boca, com os olhos arregalados — você nunca deixa de me surpreender com suas mãos mágicas! — ela diz sorrindo e eu devolvo o sorriso — Wilber, sera Que você poderia deixar meu vestido nos meus aposentos? — a rainha pede a um dos seus guardas pessoais.
-Sim senhora majestade — ele se curva rapidamente e pega o vestido em minhas mãos, saindo porta a fora. Cruzando com o guarda, Addamus entra na sala do trono e ele imediatamente olha para mim, em frente à sua mãe. Ele me analisa antes de se aproximar, e fico um pouco constrangida.
Como eu estou trabalhando no palácio, eu tenho que seguir um código de vestimenta, que é um vestido branco, botas marrons ou pretas e corselete de qualquer cor. Hoje estou com um corselete preto, o que eu mais uso. Ele está velho e desgastado, mas mesmo assim o uso, porque ele é o mais caro dentre os outros corseletes, mas é o meu favorito. Estou com o cabelo preso também, num rabo de cavalo baixo, e o meu vestido é longo, mesmo o dia estando quente.
Engulo em seco, e Addamus se aproxima de nós, parando ao meu lado. Ele se curva rapidamente para a mãe.
-Mamãe, Ayla — ele nos cumprimenta — sobre o que nós estamos conversando? — Addamus pergunta, olhando para a rainha e depois para mim.
- Ayla acabou de me dar um dos vestidos mais perfeitos que ela já fez, incrível como ela nunca deixa de me surpreender com a beleza e delicadeza deles — Rosalie disse, ainda completamente deslumbrada com o vestido.
-Ah que isso vossa majestade, assim vou acabar ficando esnobe pelos cantos — igual a minha mãe, completei mentalmente.
- Poxa, fico cada vez mais triste ao lembrar que Ayla nunca fez nenhum 'trajezinho para eu usar em um baile, a não ser pela bela capa, igual a de todos os Reis do estabelecimento — Addamus disse, dando um sorriso sarcástico. Uau, aquilo realmente me ofendeu.
-Capa de pelagem de lobo é um clássico, achei que gostaria — eu disse, com o rosto trancado — e se não lhe agradou, por quê ainda insiste que eu faça trajes para você? — falei, e me virei a rainha — perdão a grosseria, vossa Alteza, irei me retirar — me curvei e sai em passos apressados e fundos, bufando pelo nariz.
Que garoto mais mimado e ingrato! Não deve fazer a mínima ideia de como é difícil fazer uma capa com pele de animal. Temos que fazer mil e uma coisas, passar dia e noite fazendo aquela droga de traje perfeitamente para no final um mimado que ganha tudo sem nenhum esforço moral e físico ir lá e esnobar? Francamente!
Subo a colina do palácio e chego a minha árvore, sentando debaixo dela como sempre faço. Chamo ela de minha árvore pois ela começou a brotar aqui no meu primeiro dia que vim aqui com o meu pai, já que minha mãe estava fora da cidade, quando eu tinha cinco anos. Desde estão, tenho um grande apego a ela, além de ser muito linda, vi ela crescer e florescer em todo esse tempo que estive aqui. Quando sinto que preciso espairecer ou sair um pouco da realidade, subo a colina, me sento debaixo dela e fico lá, de olhos fechados, sentindo a brisa chicotear levemente meu rosto.
Fazendo exatamente isso, nem percebo a chegada de alguém antes de ouvir sua voz.
- Desculpa — Addamus disse, me olhando sentada no chão, olhou para cima, onde havia os galhos da árvore cobertos de folhas verdes e depois para a vista ao redor — Desculpe-me pelos meus modos, pela grosseria. Era para ser uma brincadeira. Na verdade, eu gostei da capa. Muito. — ele fala mais baixo, e depois olha para os próprios pés. — E eu gostaria muito que você fizesse algo para mim, você não brinca em serviço, e isso é um fato que todos sabemos — Addamus diz, agora olhando em meus olhos.
Eu concordo com a cabeça, e viro o olhar para o horizonte, torcendo para que assim ele não consiga me persuadir tão facilmente.
-Certo, bem, não precisa me dar uma resposta imediata, e não estava esperando que me desse — ele falou — quando se decidir, me comunique.
Ele disse e virou as costas, começando a descer a colina.
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