Capítulo Vinte

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O loiro suspirou fundo, a caminhada até o local tinha lhe acalmado, mais ainda estava no ponto de matar alguém, as informações ainda lhe davam vontade de chorar, de raiva, de tristeza...

Se fosse verdade, se tudo aquilo fosse verdade, Eri era sua irmã. Queria gritar para o mundo o quão feliz estava com aquilo, mas tinha noção de que aquilo tudo foi escondido de si, pelas pessoa próximas, e pelo seu próprio pai, e Shinsou? E Aizawa? Estava tão frustrado, queria gritar, mas o grito morria em sua garganta, apenas lhe dando a sensação de milhões de facas, perfurando seu corpo, todas ao mesmo tempo.

Balançou a cabeça para afastar aqueles pensamentos, suspirou e contou até três, e bateu com mais força do que deveria, mas não tinha culpa, estava muito nervoso para se controlar. Prendeu a respiração, evitando tremer de medo, assim que a porta foi aberta.

- Ah, devo admitir que foi mais rápido do que eu esperava. - O moreno sorriu Largo, cruzando os braços. Denki engoliu em seco, não estava pronto para rever o moreno.

- Sem enrolação, se sabe por que estou aqui, comece a falar. Agora. - Falou nervoso, a calma que tinha obtido se esvaindo como fumaça.

- Não seja arisco, está com medo de mim, amor? - Se divertiu vendo o loiro recuar, quando tentou toca-lo. - Entre, você vai amar o que tenho para te contar. - Riu debochado, e Denki sentiu seu estômago revirar, mas engoliu a repulsa, e entrou. O apartamento continuava o mesmo que se recordava, mas desta vez, Denki não pode deixar de notar o cheiro forte de drogas. - Sente-se, você conhece bem esse lugar DenDen.

- Não me chame assim. - Cuspiu as palavras, se sentando relutante. Sero apenas riu. - Comece a falar. - Rosnou, evitou engolir em seco, ao ver o moreno mudar de expressão drasticamente, aquele não era o Sero que conhecia, ou talvez nunca foi.

- Sabia que seu pai trabalha pro Aizawa? - Sorriu sádico, e Denki mais uma vez sentiu que não tinha chão sob seus pés. - Um agiota pra ser mais exato, acho que tem mais sangue naquelas mãos do que você jamais imaginaria. - Gargalhou retirando o cartucho de cigarros do bolso, mas Denki viu que aquilo não eram cigarros, era maconha. Sero ascendeu sorrindo, Denki tossiu com a fumaça que fora jogada na sua cara. - O desgraçado estrupou uma das mulheres que foi cobrar, quando a criança nasceu, teve peito para matar a mulher mas não a criança. Daí você já pode imaginar, certo? - Sero sorriu adorando ver o loiro tremer de medo, e ansiedade no sófa, se controlando para não chorar. - Ele pediu que Aizawa criasse a criança, não queria estragar a "família perfeita" que ele tinha. - Fez aspas com os dedos, soltando mais fumaça. - Sua mãe foi corna, mas a nossa pequena Eri nasceu. - Gargalhou vendo o loiro tremer ainda mais.

- Cala a porra da boca! Nao ouse falar assim dela! Você tá mentindo! Tá mentindo! - Gritou vermelho de ódio, batendo no estofado do sofá com raiva.

- Amor, não fui eu que te escondi toda a verdade. - Sorriu.

- V-você tá mentindo...- Murmurou sem forças para falar.

- Sobre isso? Não. Mas você tem razão, eu estou mentindo sobre uma coisa. - Se levantou, segurando o rosto do loiro com agressividade. - Eu que tirei suas fotos, você transando com aquele desgraçado, amor. - Denki arregalou os olhos, e Sero sorriu como se sentisse prazer, a droga começando a faze efeito em seu corpo.

- Sai de perto de mim! - Gritou se soltando do moreno, e se levantando com pressa. - Eu quero...Eu vou! Eu vou embora! Agora!

- Amor, você sabe que não posso te deixar ir embora, não é? - O loiro arregalou os olhos, antes de sentir uma forte pancada, e cair no chão sentido a nuca latejar. - Bons sonhos, DenDen.

IMPÉRIO || SHINKAMIOnde histórias criam vida. Descubra agora