Capítulo Dezessete

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Shinsou tremia de ódio, tentava contar para se acalmar, mas estava difícil manter-se sã. Ver sua menina, seu pai, na presença daquele homem, estava lhe dando um gosto amargo na boca, lembranças que ele queria ter esquecido, voltando como um tsunami, quebrando em sua cabeça.

-Maninho! Olha o que o tio me deu! - Eri sorriu largamente ao ver o irmão junto do pai. Correu alegremente, balançando um coelho branco de pelúcia, abraçou com tanta força o irmão, que shinsou solavanco por um segundo, parecendo acordar do transe que havia entrado. Se abaixou abraçando Eri com força, protetoramente. Ali sorriu Largo, se levantando do chão, limpando com calma o terno refinado do qual usava. O olhar de ódio e surpresa que pai e filho lhe dirigiam, lhe lembrava a mais bela pintura. 

- Quanto tempo irmão, estou de passagem, e pensei, por que não uma visita? - Riu alto, com um tom que não condizia com o sarcasmo velado em suas palavras. - Você continua tendo uma Família maravilhosa. - Suas palavras pareciam escorrer malícia, o sorriso que dirigiu, fez o sangue de Shinsou ferver, apertando ainda mais Eri, contra si, em um pedido mudo de proteção, para que a menina não saísse de perto

- Seu…! - Shinsou murmurou entre dentes, colocando Eri para trás, a pequena para trás de si.

- Você já estava de saída, não estava? - Aizawa atravessou a fala do filho lhe repreendendo com o olhar. Eri olhava a situação confusa, instintivamente abraçando o coelho branco. Hisashi alterava o olhar entre o filho e o marido, tentando entender o por que daquela atmosfera pesada.

- É claro! Eu só vim verificar uma pequena coisa. - All sorriu radiante. Se virou ainda sorrindo, indo abraçar o loiro que ainda estava sem entender nada. - Foi um prazer conhecer Você, farei questão de vir mais vezes.

- Ah...sim claro, venha quando quiser, sempre será bem vindo. - O loiro sorriu falando, sorrindo meio relutante, algo naquilo tudo não parecia certo.

- Eu farei questão, tenha certeza disso. - Sorriu ladino. Soltou o loiro, caminhando com uma calma torturante até a pequena albina que ainda estava atrás do irmão, que nem mesmo disfarçou o olhar de ódio para o homem, recebendo um olhar de alerta de Aizawa. - Espero que tenha gostado do presente, você é uma menina muito linda...- Sorriu pegando uma mecha do cabelo albino, alisando ele.

- Acho que já está na hora de ir, eu acompanho o senhor até a porta para me despedir. - Shinsou falou com calma, apertando o ombro do homem com uma agressividade velada. Sua voz tinha uma calma, seus olhos tinham o mais puro ódio.

- Claro, pode vir também Aizawa? Quase não tivemos tempo de nos falar. - Nem mesmo pareceu se afetar pela força depositada em seu ombro. Se levantou, obrigando Shinsou a lhe soltar, a contra gosto. - Mais uma vez, agradeço imensamente a hospitalidade. - Se curvou minimamente sorrindo para Hisashi e Eri.

Os três caminharam com calma até a porta, em um pedido mudo, para que nada de desnecessário fosse dito. - A família de vocês é tão li...- All nem mesmo teve tempo de dizer algo, assim que a porta fora aberta, Shinsou disparou lhe dando um soco, Aizawa se assustou, mas mais do que imediatamente, fechou a porta, e segurou o filho que tremia, tentando ir para cima do próprio tio.

- Ameaçar a mim e a meu pai é uma coisa, entrar na nossa casa, e ameaçar minha família, você tá pedindo pra morrer?! - Falou tentando controlar o tom de voz, sua voz aumentando as vezes por conta do ódio. - Essa guerra é entre nós, não se atreva a envolver pessoas das quais não tem culpa de nada!

- Ameaçar? Eu não fiz nada disso, apenas passei a tarde com meu genro e sobrinha favoritos. - Sorriu limpando o filete de sangue que escorreu do canto de sua boca. Sorrindo com malícia, All se endireitou, arrumando o terno. Shinsou vacilou, querendo perder o resto de sanidade que ainda lhe restava.

IMPÉRIO || SHINKAMIOnde histórias criam vida. Descubra agora