Em meio à tanto caos sua mente entra em desespero, seu cérebro manda comandos no qual seu corpo começa a sentir e do ataque de pânico se torna quase como se não pudesse mais respirar e a única coisa que se consegue pensar e raciocinar é que você precisa de ar.
Draco saiu correndo da Torre de Astronomia até o banheiro mais próximo de onde estava, adentrou no lugar e logo passou a ouvir o barulho de outro alguém entrando.
– O que pensa estar fazendo, Malfoy?! – Harry perguntou irritado com a varinha erguida para o loiro que tinha a gravata afrochada e os botões da camisa abertos. Draco tinha também os olhos vermelhos com o rosto inchado e onde havia a marca negra em seu braço agora escorria muito sangue.
Harry foi se aproximando lentamente encarando cada detalhe exposto do sonserino, antes de reparar no sangue que escorria do braço do mesmo. Malfoy não sabia como agir, o que dizer ou como reagir perto do moreno. Harry ia cada vez mais ao encontro do corpo dele, antes de segurar o braço que tinha a marca negra.
Até que Draco tomou coragem conseguindo dizer algo que estava em sua mente ao ouvir o grifinório o chamando de Malfoy.
– Eu... é... você lembra de mim, Harry?
Harry apontou a varinha para o braço que jorrava sangue e murmurou um feitiço de cura.
– Stanque sangria! *
* (Usado para parar sangramentos de pequeno porte.)
Logo o sangue parava de sair da marca negra e a pele voltava a sua cor branca e sem o marejar vermelho sangrento. Outro murmúrio de feitiço e a marca negra logo adquiria outros desenhos, diversas borboletas verdes pousando sobre a cicatriz do corte no braço e todo o desenho da da caveira e da serpente aparecia como pequenas flores vermelhas entre folhas e galhos verdes.
– Acho que falta algo. – Harry falou como um pensamento alto para si mesmo, voltando a varinha ao braço do loiro repetindo o feitiço.
Assim que a varinha tocou a pele de Draco, estrelas azuis começaram a surgir em volta de toda a tatuagem desenhada, como um céu estrelado.
Um lindo desenho mostrando a magnitude da vida onde antes só existia uma representação de morte.
– Harry, você se lembra? – perguntou Draco erguendo o queixo do moreno para encontrar com seus olhos esmeraldas que ele tanto amava e se espelhava seu mundo.
– Lembro que você é a pessoa que desde que eu entrei em Hogwarts tentou me destruir, com suas piadinhas e artimanhas. Lembro que ofendeu meus amigos e que os machucou e muito. Lembro que por um tempo tudo que eu conseguia fazer era te odiar... – Harry falou e Draco se afastou segurando firme as lágrimas em seu rosto. – Até agora. Eu não entendo o porquê, mas quando estou com você sinto como se algo pudesse finalmente estar completo e que tudo que eu mais quero fazer é te proteger para que nada de ruim possa acontecer com você, que fique seguro e... comigo.
Sem perceber Draco estava chorando enquanto o moreno envolvia seu corpo em um abraço e acariciava os fios loiros platinados.
– Malfoy, por que se tornou um comensal? Você se comporta como alguém terrível, mas não é um monstro.
– Eu não tive escolha. – Draco murmurou entre lágrimas.
– Todo mundo tem alguma escolha. Seja elas boas ou ruins, Draco. – Harry falou da forma mais sutil e sensível possível.
– É, mas se eu não fizesse isso eu morreria. Harry, eu não posso morrer sem antes fazer com que você se lembre do quanto eu te amo. Não posso pensar em deixar meu corpo com você sem nem sequer saber como ficar ao meu lado, sem poder beijar seus lábios uma última vez ou sem ter você em meus braços enquanto acarricio seus cabelos morenos rebeldes. Depois de tudo isso, eu morreria feliz, só preciso te ter pelo menos mais uma vez.
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Feel // Fanfic Drarry
Fanfiction[Em andamento - Pausada] Draco Malfoy acorda de um coma sem se lembrar de quem era. Nesse período se apaixonada pelo seu maior inimigo Harry Potter, que é tomado por uma enorme culpa de ter sido ou não o causador do acidente. **** * A história se pa...