Explosive

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EXPLOSIVE

"Her face was fucked up and my hands were bloody

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"Her face was fucked up and my hands were bloody.
We were in the playground, things were getting muddy."
(seu rosto estava fudido e minhas mãos estavam sangrentas,
nós estavamos no parquinho e as coisas estavam ficando feias.)
Class Fight, Melanie Martinez.

13 de julho de 2005 - 31 anos // 12 anos

Conforme o carro voava pelo ar, Sally não sentia um pingo de culpa pelo carro precioso de Gabe, se muito queria que ele estivesse vendo.
Ela se sentia enjoada. "Percy! Sai do carro!"
Depois de muita discussão, Sally decidiu que era mais fácil ir com ele até o Acampamento, ele não sairia da rua se ela não fosse junto.
Percy estava assustado, essa era a pior parte, carregando Grover em seus ombros, fugindo do Minotauro, Percy tinha medo.

Quando viu o monstro correr em direção ao seu filho, Sally soube o que precisava fazer.
Ela gritou, atraindo a atenção para si mesma, Percy gritou também, mas o monstro focava nela.
"Vem pra cá." Ela rezava, cabelos molhados de suor, rosto corado de cansaço.
O monstro foi para perto, correu até ela, ela na foi rápida o suficiente, só ouviu a voz de seu filho uma última vez antes de tudo ficar preto.
"Mamãe!"

29 de julho de 2005 - 31 anos // 12 anos (tirado do meu livro de one-shots)

Percy respirou fundo antes de entrar em casa.
O lugar estava escuro, Gabe estava no sofá, bebendo.
O apartamento cheirava a drogas, bebidas e cigarro, era cheio de cupins e mofo, Percy sabia que sua mãe tentava arrumar tudo, mas Gabe era muito trabalho.
Seu estômago se revirou, ele tentava ajudar, nunca conseguia, era tão fraco, sempre tão fraco, nunca conseguia fazer o suficiente.
"Percy." Uma voz interrompeu seus pensamentos, a voz que Percy achou que nunca mais ouviria, a voz de sua mãe.
"Mãe!" Ele correu, olhos queimando com a sensação ruim das lágrimas aparecendo.
Fraco.
"Percy!" Sua mãe o abraçou, tirando-o do chão, permitindo que ele se agarrasse nela.
Sua mãe respirava rapidamente, respirações curtas e irregulares, sabia que ela também chorava.
"Desculpa." Ele disse a ela, soluçando contra seu pescoço. "Desculpa mãe, desculpa."
Ela o carregou para o quarto dele, sentando-se em sua cama, o colchão já estava rasgado e amassado, mas era onde ele dormia.
"Meu amor, meu peixinho. Por que 'desculpa'?" Sally perguntou, fazendo um cafuné no garoto que se segurava em seu pescoço e tronco.
"Desculpa por tudo." Os soluços faziam com que Sally tivesse dificuldade em entender o que seu filho dizia.
"Tudo o que, querido?"
"Desculpa por existir, por te tirar o pouco dinheiro que você tem, por não ser forte o suficiente para te proteger do Gabe, por te fazer se casar com o Gabe, me desculpe por te colocar em toda essa encrenca, me desculpe por ter nascido."
Sally afastou o filho levemente de si, vendo o rosto inchado e vermelho do garoto, olhos verdes cheios de lágrimas, tremendo.
Ela passou a mão pelos cabelos negros rebeldes de Percy. "Meu amor, olha pra mim. Olha pra mim, peixinho." Ele levantou o olhar, mordendo o lábio, rosto corado de vergonha. "Eu te amo. Eu te amo, Percy. Você é meu filho, você é a melhor coisa que já me aconteceu. Eu prefiro passar mil anos com o Gabe do que um dia sem você. Tudo que aconteceu foi escolha minha. Você é o garoto mais incrível desse mundo inteiro! Você merece tudo, meu amor." Ela beijou as mãos do filho, coração apertado, querendo proteger o filho mais do que nunca.
"Mãe?" A voz do garoto saiu rouca, baixa e trêmula.
"Sim, querido?"
"Posso te abraçar? Não consigo te proteger mas eu posso tentar te dar amor e carinho... Você recebe muito pouco disso."
Ela sorriu, olhos azuis marejando, coração quente, repleto de amor, aquele amor de mãe, o amor mais forte do mundo. Se orgulhava tanto do filho, ele era tudo que ela precisava, era seu anjinho, sua luz no fim do túnel, ela havia conseguido, havia criado um homem melhor do que todos os outros.
"Pode, pode, claro que pode." Puxou ele para um abraço apertado.
"Desculpa não ser mais inteligente também, mamãe. Eu- eu tento mas eu não consigo, eu nunca consigo nada." Ele resmungou baixo.
"Você é inteligente, você sabe o que é certo, o que importa, você é gentil, lindo, engraçado. Quem liga se você tem dificuldade de vez em quando? Paralelepípedo é uma palavra difícil." Brincou.
Ele depositou um beijo em sua bochecha, logo em seguida se aninhando contra seu pescoço. "Você é a melhor mãe do mundo. Um dia, eu vou te pagar, por tudo que você fez."
Ela negou com a cabeça. "Você é o único pagamento que eu preciso."
Naquele momento nada mais importava, ela tinha Percy. Não se importava que estavam em um apartamento horrível, não importava que Percy não tivesse um bom pai, não importava as contas a pagar, os tapas, socos, gritos de Gabe, não importava nada.
Nada a não ser Percy.

Quando ele mostrou a ela sua "lembrancinha" da missão, Sally havia hesitado, mas Percy já sabia o que era, não precisavam mais de Gabe.
Quando Percy saiu para dar uma volta, Sally preparou comida, pratos lindo e deliciosos.
Pegando uma travessa vazia, ela colocou sua arma e cobriu-a com a tampa de metal.
"Aqui... docinho." Ela sorriu, observando o marido remover a tampa, seu rosto se contraindo em surpresa, congelando-se daquela forma para toda a eternidade.
Ela tinha certeza que havia enlouquecido quando começou a rir, gargalhou como não gargalhava há tempo.
Naquela noite, Sally foi para Montauk com Percy, atrás de seu terreno, havia um grande espaço aberto, coberto de mato e cercado de cobras.
Tentando não ser mordida, Sally cavou ali, enterrando a cabeça de Medusa, voltando para o chalé.

A "estátua" vendeu por milhões, foi assim que Sally se encontrou recomeçando, com seu filho ao seu lado, entrando em um pequeno apartamento em Nova York, ele era branco e azul, com piso de madeira clara, mobiliado por inteiro com móveis novos, nada cheirando a tabaco ou cerveja.
Ela sorriu, tirando a mão da frente dos olhos do filho.
O olhar que ele lançou a ela depois de ver o apartamento pronto fazia tudo valer a pena.

𝐍𝐨𝐭𝐡𝐢𝐧𝐠 𝐛𝐫𝐞𝐚𝐤𝐬 𝐥𝐢𝐤𝐞 𝐚 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 // Sally JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora