My Atlantis

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MY ATLANTIS

"I can't save us, my Atlantis, we fall

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"I can't save us, my Atlantis, we fall.
We built this town on shaky ground."
(eu não posso nos salvar, minha Atlantis, nós caímos.
construímos essa cidade no chão instável.)
Atlantis, Seafret.

18 de janeiro de 1993 - 19 anos

"Nossa, eu estou morrendo de fome!" Sally disse, se sentando para comer, seu collant preto era justo, um pouco mais justo do que o normal, mas ela estava trabalhando e treinando muito, estava sempre com fome.
Avery riu ao seu lado. "Nossa! A bailarina vai comer? Não sabia que podia."
Sally riu. "Não pode, mas eu estou trabalhando e treinando muito." Disse, mordendo um croassaint.

"Sally! Pelo amor de Deus! Eu posso ver o seu almoço!" A professora de ballet da garota repreendeu. Ela sugou um pouco o estômago para dentro, ele estava doendo, sua cabeça doía, seus pés também, ela estava enjoada.
"Sra Ambers, eu não me sinto bem."
A professora lançou um olhar. "Eu só disse o óbvio, não precisa chorar por isso, vamos, continue."
Ela conseguiu fazer metade da sequência, mas quando deu a quinta pirueta... Correu para fora da sala, vomitando assim que chegou ao banheiro. Ela sabia o que estava acontecendo, pelo menos achava que sim, tinha medo demais para provar, não tinha coragem de fazer aquele estúpido teste de gravidez.
"Ei, o que aconteceu ali?" Avery perguntou, agachando do lado dela.
Sally disse que estava tudo bem, apenas estava doente, ou que aquele croassaint não estava muito bom, ela voltou para casa mais cedo.

"Ok, só eu e você. Vamos, me mostre logo, me mostre o que eu já sei, o que eu não quero saber."
O teste de gravidez demorou mais dois minutos para dar-lhe uma resposta
Grávida.
Ela estava grávida.
"Filho da puta." Ela praguejou, xingando Poseidon de todos os nomes possíveis.

Não foi fácil a decisão, ela havia ido ao médico para confirmar, um ingênua expectativa de que fosse mentira, não era. O médico explicou para ela o que os exames mostravam, ela chorou ouvindo a confirmação.
Naquela noite ela não dormiu, passou horas virando de um lado pro outro na cama, pensando no que ia fazer. Nunca quis ser mãe mas mesmo assim decidiu manter o bebê, se sentia um pouco egoísta, mas ela não tinha família, esse bebê era a única esperança dela finalmente ter uma.
"E aí bebê? O que a gente faz agora hein?"

24 de março de 1993 - 19 anos

Sally se sentou na cadeira de seu apartamento, um minúsculo apartamento com dois quartos em New York. Estava procurando roupas largas, a barriga ainda não aparecia, mas ela queria fazer todos acreditarem que esse era seu "novo estilo", ajudaria muito na hora que realmente estivesse. Na procura de roupas acabou achando uma jaqueta, uma jaqueta que ela conhecia muito bem, a jaqueta de Poseidon, deuses, ela odiava ele.
Não a levem a mal, ela amava aquele serzinho maravilhoso que crescia em seu ventre, o amava (ou a amava, não sabia ainda) mais do que tudo nesse mundo. Mas odiava Poseidon. Ele era igual todos os outros, usando-a como um brinquedo e desaparecendo depois, com promessas vazias de amor, falsos juramentos eternos e muito mais.
Talvez fossem os hormônios, mas ela se sentia tão mal, chorou muito enquanto queimou a jaqueta, mas não se importava, preferia imaginar que ela era a cabeça de Poseidon, queimando ao fogo.

24 de maio de 1993 - 19 anos

Havia demorado alguns meses para ela entender que Poseidon não a amava de verdade, não a queria de verdade, era algo que deveria demorar muito para entender, depois de tanta manipulação, mas esses últimos meses pareciam anos, tentando equilibrar suas aulas de ballet, cuidar de seu apartamento, trabalhar em três lugares diferentes e se preparar para a chegada do seu bebê.
Não havia sucedido, teve que sair do ballet para pegar mais um emprego. Bebês eram caros.
"É melhor você ser o baby mais bonito e tranquilo desse mundo, viu?" Ela brincava.
Amava o formato de sua barriga, redondinha, mexendo levemente conforme o maravilhoso ser dentro dela se mexia, ele se mexia bastante. Havia finalmente descoberto que teria um filho, seu menino, o criaria para ser melhor do que todos os homens que conhecia, isso era certeza.

𝐍𝐨𝐭𝐡𝐢𝐧𝐠 𝐛𝐫𝐞𝐚𝐤𝐬 𝐥𝐢𝐤𝐞 𝐚 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 // Sally JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora