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DOING IT ALL FOR US

(Esse capítulo contém uma cena inspirada em 'Maid' da Netflix)-não revisado-

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(Esse capítulo contém uma cena inspirada em 'Maid' da Netflix)
-não revisado-

"Guilty or innocent, my love is infinite."
(culpado ou inocente, meu amor é infinito)
All for us, Labrinth

18 de agosto de 1993 - 19 anos

     Percy chegou ao mundo de madrugada, às 04:57, num hospital público em New York, o parto havia sido difícil, durado quinze horas, quinze horas onde Sally chorou, sozinha, ouvindo os médicos gritarem com ela, dizendo-lhe que não sabia nada. Ela estava ciente, ela sabia que faria isso sozinha, sem nenhuma ajuda, mas ela estava com tanta dor, custava eles serem mais gentis? Obviamente não ajudava o fato dela ser latina, era óbvio, seu sotaque (por menor que fosse) dedurava que sua primeira língua não era inglês. Era espanhol.
     Quando Percy nasceu, ela estava sozinha.
     A enfermeira não havia acreditado em Sally quando ela lhe disse que conseguia sentir que o garoto estava vindo. Era estranho como aquele dia, um dia cheio de dor, choro, gritaria, desrespeito e medo virara seu favorito, tudo por conta daquele pequeno ser maravilhoso em seus braços, com seus pequenos dedos, suas pequenas mãos, seu nariz empinadinho, seu cabelo preto (o cabelo que tinha dado tanto trabalho para sua mãe durante a gravidez) e seus perfeitos olhos azuis. Sabia que talvez eles mudassem de cor, mas amava os olhos de seu pequeno de qualquer forma.
     Suspirou, gentilmente acariciando o cabelo de seu filho, confortavelmente descansado contra seu peito, mãos empurrando seu peito, sua boca rosadinha estava úmida de leite ainda.
     "Eu te amo. Eu te amo tanto." Sally prometeu ao filho, pegando sua mão e beijando seus dedos. "Eu sinto muito, eu sinto muito pela vida que você vai ter..." Seus olhos marejaram, os hormônios não ajudavam sua situação (que já era ruim).

27 de agosto de 1993 - 19 anos

     A primeira noite com certeza havia sido a pior, Percy chorava por ela e Sally não sabia o que fazer, havia lido mil livros sobre bebês porém ainda não sabia como os aplicar. Se sentia tão inútil, essa era a única coisa que devia ser capaz de fazer, e não conseguia.
     Na noite de 27 de agosto, Sally conseguiu resolver um problema de Percy de primeira, pela primeira vez. Ela havia reconhecido o tipo de choro de seu filho, sabia exatamente o que ele queria, naquele momento, ela percebeu que talvez ela fosse capaz de fazer isso.
     "Percy." Ela repetia, não acreditava que havia conseguido.
      Perseus Jackson.
      Perseus: destruição.
     Com o nome do garoto Sally buscava mandar um recado claro: seu filho não seria derrotado, muito menos sem uma luta, e ele não pertencia a Poseidon, mesmo sendo seu filho. Mas apesar disso, Percy não era a destruição, Percy era sua salvação.
     Na loja de doces, seu único trabalho que deixava Percy ficar com ela, as garotas amavam o pequeno.
     "Ele é tão lindo! Ai gente, olha essas bochechas, que fofinho! E esses olhos! Perfeitos!"
     Sally sentia como se tivesse amigos, era mentira, ela sabia.
     Mas era uma mentira linda.
     E sua vida era feita de mentiras de qualquer jeito, que diferença fazia? Melhor mentiras belas do que mentiras ruins.

𝐍𝐨𝐭𝐡𝐢𝐧𝐠 𝐛𝐫𝐞𝐚𝐤𝐬 𝐥𝐢𝐤𝐞 𝐚 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 // Sally JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora