prólogo

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-Merda! - olho para o copo que estava em minha mão e agora está em vários pedaços sobre a mesa.

- meus pêsames senhor Vacchiano - diz o quinto capô em seguida prestar suas condolências, apenas aceno e ele se retira.

Tento retirar uns cacos que se mantém em minha mão ensanguentada, respiro fundo quando sinto mãos doces em meus ombros.

Me viro e vejo Dora nossa governanta me olhando com pena, odeio quando me olham assim, mais vindo dela me deixa triste e sem chão.

- fique quieto, vou te ajudar meu menino - ela diz retirando os resquícios do copo e limpando minha mão.

- obrigado - digo tentando me manter firme.

- seus irmãos já estão dormindo, vá descansa também! - quando eu ia responder a porta se abre bruscamente, fazendo um estrondo, entrando por ela meu tio Rafael.

- você poderia nos dar licença Dora? Tenho muito para conversar com meu sobrinho - diz não encarando e depositando seu celular sobre a mesa de canto.

- mais senhor ele acabou de perde...

- agora Dora! - diz ríspido e ela se retira, olho para ele com fúria por falar com ela assim.

- pode falar - digo o olhando em fúria.

- sei que não é o melhor momento Ettore e nem está preparado para isso ! Mais perdemos o nosso capô e como sucessor você ocupará o lugar dele- respira fundo e continua. - temos que começar a transição agora, antes que outras máfias ousem nós desafiar.

Respiro fundo tentando assimilar tudo. Não tem nem 1 hora que descobri a morte de meus pais e agora eu tenho que assumir o cargo, fica responsável por uma máfia, uma Famiglia e meus irmãos tudo com 20 anos.

- o que eu tenho que fazer ? - pergunto sério.

- vamos iniciar o deixando a par de todos os nossos  negócios ilícito e os que não são. - da uma pausa, e se senta na minha frente - sorte que você já acompanhava seu pai na máfia não vai sofrer muito para tomar seu lugar, mais terá que se esforçar para ser tão intimidante quanto seu pai era.

- eu sei o meu fardo e irei cumprir, mais porque a urgência para agora, não posso sofrer a perca de meus pais por um dia- digo irritado.

- esse um dia pode custar sua vida e de seus irmãos ! Vale a pena o risco ? - pergunta sério e eu penso.

- não, claro que não - suspiro passando as mãos pelos cabelos - farei todo o possível para que meus irmãos fiquem seguros - digo pensativo.

- sei que não é fácil Ettore, ele era meu irmão a perda é para mim também, mas nós temos que colocar a Famiglia sempre em primeiro lugar - diz e eu o observo - vou te ajudar a ser o que seu pai já foi um dia, vocês são como filhos para mim e Esmeralda sabe disso, não sabe? - aceno tentando manter firme.

- sei - falo

- bom então me siga e vamos iniciar o seu império.

***

UM AMOR PARA O MAFIOSO - Livro 1 "IRMÃOS VACCHIANO"Onde histórias criam vida. Descubra agora