UM AMOR PARA O MAFIOSO - Livro 1 "IRMÃOS VACCHIANO"

Descobertas

ISABELA VACCHIANO

Estamos novamente nesse hospital, ja faz 2 semanas que Luca esta em coma.

Depois da emboscada que ele e meu marido sofreram, ele passou por inúmeras cirurgias, conseguiram o tirar do quadro de risco mais não do coma.

Ettore anda desolado, pediu a cabeça de inúmeros policias, fazendo uma chacina, achei muito arriscado, mais nao falei nada deixando ele realizar a sua vingança.

Nina também é outra que esta sofrendo muito, dormiu aqui praticamente todas as noites.

Ando em direção dos dois que estão sentados no sofá do quarto privado de Luca e entrego dois cafés que busquei na cantina do hospital.

- obrigada Isa - fala minha cunhada ao pegar e bebericar o café quente.

- obrigada meu bem - diz Ettore abatido, sento em seu lado e acaricio seu ombro.

- ele vai melhorar ! - digo tentando parecer esperançosa. - ele...

- o medico disse que pode levar anos. - fala abaixando a cabeça.

- ei - falo chamando a atenção - sabe que seu irmão é forte e nao vai desistir - falo vendo seu olhar no meu - alem disso ele nao vai deixar de te irritar - digo e ele sorri - esse era o objetivo de vida dele.

Quando eu percebo que tudo se acalmou, e o clima que estava super pesado, ja esta mais aceitável tento os convencer a sair e comer.

Vamos em direção do restaurante mais próximo e aguardamos sermos atendidos.

O garçom chega e entrega o menu para todos.

- estou com uma vontade de comer Paella - digo salivando e ambos olham para mim - muita mesmo! - digo vendo que é uma vontade grande.

- aqui deve ter comida espanhola - Nina diz simples porem me.observando.

Ettore chama o garçom que retorna para mesa para anotar os pedidos.

- quero um macarrão a carbonara - ele diz e me encara - vai querer o que mia cara - pergunta.

- vocês fazem Paella? - pergunto esperançosa e meu marido me olha com a sombrancelha levantada. - fazem ?

- Nao temos no cardapio, mais posso ver com o chefe - diz sorridente e eu sorrio mais.

- para a senhorita? - pergunta para Nina.

- um ravioli de queijo, por favor - diz de forma elegante.

- okey, ja retornarei com a resposta do chefe.

Depois que o simpático rapaz disse que meu pedido seria realizado eu nao consegui me conter de felicidade, Ettore me olhava e sorria da minha animação, mais eu realmente queria isso.

Nossos pratos chegaram, e comecei a comer com tamanho entusiasmo, parecia que a cada garfo era uma explosão de sabores.

De repente sinto o cheiro dos demais pratos e aquela massa, aqueles molho fazem meu estômago revirar, coloco a mao na boca afastando um pouco a cadeira e os vejo me olhar com preocupação.

- amor ! - Ettore fala e eu continuo parada com a mao sobre a boca - meu bem ! - me chama e eu o olho. - voce esta be...

Nem o deixo termina a frase e corro em direção do banheiro.

Agacho de frente ao vaso sanitário levantando sua tampa e jogando tudo que tinha no estômago para fora.

Continuo vomitando muito ate sentir alguém enrola meus cabelos o segurando.

Nina continua la passando as maos na minha costa como se me incentivasse a jogar tudo para fora.

- Isa vamos para o hospital agora ! - diz

Quando vou responder volto a vomitar contudo, quase choro com tanta ânsia que estou sentindo.

- Vou chamar o Ettore - diz e quando ela vai se levantar seguro sua mão.

- nao vai! - falo com dificuldade pelas ânsias - fica ate eu melhorar - respiro fundo tentando controlar o enjoo.

Depois de alguns minutos Nina me ajuda a ir até a pia me limpar, termino e ela segura meu braço me levando para fora, quando estava saindo vejo meu.marido junto com alguns funcionários no lado de fora preocupados.

- amor - diz rapido ao.meu encontro - você esta bem ? - pergunta com as mãos em meu rosto me observando, talvez ele tenha adquirido um medo desde que Luca foi baleado.

- eu estou bem ! - digo acariciando seu rosto - nao precisa se preoc....

- nada disso - diz me interrompendo - vamos agora para ao hospital.

- mas ...

- vamos Isa - É Nina que dessa vez tenta intervir você não esta bem - afirma - vamos rapido e vemos o que é e pronto seguimos nossa rotina.

- okay - falo me dando por vencida.

Faz quase duas horas que estou deitada nessa maca aguardando os resultados do exame. Olho para Ettore que tá sentado na poltrona do meu lado pensativo.

Pego uma de suas mãos e levo próximo ao meu rosto dando um beijo Casto sobre ela, olho no fundo dos seus olhos vendo que não é só esse motivo que está o deixando assim, essa semana foram muito desgastantes para ele, desde do que ocorreu com seu irmão Luca até com o caimento das vendas de droga.

- Você está melhor? - me pergunta fazendo um carinho em meu rosto.

- estou bem melhor, disse que não precisava vir até aqui - falo o observando com cuidado-  o seu dia já está muito exaustivo, queria apenas o levá-lo para distrair e não se preocupar. - digo triste.

- nao pense assim - diz me acariciando - você sempre me alegra, eu estou preocupada porque eu te amo - diz e para percebendo o que falou.

Nao sei o que responder, se eu o amo, claro muito, mais sinceramente nao achei que ele me amaria.

Sorrio deixando uma lágrima escapar, aproximo meu rosto do dele, e ambos fechamos os olhos.

- eu nao sei como e nem quando eu me apaixonei perdidamente por você - diz me dando um selinho - mais eu te amo Isabela, e isso me assusta - fala cabisbaixo.

- eu também te amo - falo sorrindo - você nao tem o porque temer de gostar de outra pessoa.

- logico que tenho - diz - todos que amo sempre acontece algo ruim - fala e fico quieta - meus pais morreram, meu irmão esta em coma - suspira desolado - e minha irma me recrimina por a deixar com muita segurança e agora voce...

- para com isso - digo o vendo ficar quieto - você sempre os protegeu me protegeu, ninguém é perfeito Ettore você faz de tudo para caber nessa perfeição, e se esquece que é humano - respiro - você é perfeito amor e todos nos te amamos, só tem que se cobrar menos.

Ele suspira e me sento na maca o puxando para um abraço apertado, quando ele vai me beijar o medico bate na porta entrando logo em seguida com vários papéis, com certeza já deve saber o que eu tenho.