Guerra

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ETTORE VACCHIANO

- Esses Russos estão me estressando - fala Luca e eu concordo - o que estão fazendo aqui ?

- estou tentando descobrir o que Nikolai tanto quer aqui.- falo

- para mim está claro - diz meu irmão raivoso - está interessado em Nina.

- Já conversei com ele e disse que não era para se aproximar de minha irmã.

- E o que garante que não irá aproximar? - pergunta.

- o nosso tratado de paz - falo e ele fica quieto - desde que descobrimos que o avó dele matou nosso pai, nos entramos em guerra com os russos, mais quando soubemos que os pais deles não possuíam nada com isso, ao contrário a sua mãe que executou o pai dela como vingança decidimos então fazer um acordo de paz.

- sei disso, lembro das histórias, como ele tratava ela, até quando mudaram o sobrenome dos líderes da máfia. - meu irmão fala enojado, realmente Dimitri era um lixo ambulante.

- sim de Romanov para  Pavlova, e assim mudou toda uma máfia - digo

- mesmo assim nada muda, o sangue que corre nas veias dele é a mesma que de Dimitri, não quero ele perto de nossa irmã- Luca fala irritado.

- compartilho desse mesmo sentimento irmão, não estou em momento algum pensando nessa aliança, preso pela saúde mental e felicidade de nossa irmã - falo o encarando. -Tornarei pela última vez dar o recado para ele que suas visitações em nosso território estão limitados a partir de hoje, assim como as nossas lá, para evitar dor de cabeça de ambos os lados. -  respiro fundo passando a mão pelo rosto e torno a olhar para meu irmão.

- pelo menos eles não se viram de novo - falo e ele concorda.

- quando irá falar para ele que não o quer aqui? - pergunta.

- hoje mesmo - falo - mais preciso ver umas coisas antes.

- o que seria ? - pergunta.

- uma carga nossa que foi interditada - o encarando.

- acha que pode ser ele ? - pegunta sério .

- não sei irmão, não consigo acreditar que ele tenha tamanha audácia, a não ser que tenha tendências suicida - digo - porém eu vou descobrir - ele me encara sabendo que de um jeito ou outro encontrarei o responsável.

Passo a tarde inteira em meu escritório analisando o relatório que nosso contador enviou sobre alguns dos nossos dinheiros que foram lavados para entrar em nossa conta, deposito uns papéis encima da mesa até escutar meu telefone da empresa começar a tocar.

- Ettore Vacchiano - digo formalmente atendendo.

- Senhor Vacchiano - minha secretária responde - o Sr Pavlova está aqui conforme o senhor solicitou, disse que havia o convocado  para uma reunião extremamente importante ! - diz e confirmo autorizando sua entrada.

Levanto da cadeira e sigo em direção da janela, abro silenciosamente a gaveta e saco uma arma guardando dentro do meu blazer, Após alguns minutos escuto batidas na porta e volto para o lugar de antes autorizando a entrada.

Minha secretária entra na sala primeiro abrindo passagem para ele logo em seguida,

- Nikolai Pavlova, senhor - diz e assinto a vendo terminar a  apresentação e indica a poltrona na minha frente, logo após ela caminha até a cômoda levando dois cafés para ambos, se retirando em seguida.

- Vacchiano - diz em tom sério.

- Pavlova - digo no mesmo tom - aceita algo para beber ? - pergunto apontando o café sobre a mesa e o whisky ao lado - infelizmente tenho só essas opções no momento - falo e ele nega em seu inglês carregado de sotaque Russo.

- Não! estou mais interessado em saber o que quer comigo - diz sério me encarando enquanto ajeita as abotoaduras de seu terno.

- vou ser direto, quero que suas vindas a Itália acabe - digo sério vendo a mesma seriedade em seu olhar.

- então quer me expulsar de seu território? - diz rindo ironicamente - achei que tínhamos um acordo...

- tínhamos até você começar a rodear nossa irmã - falo e ele fica sério - já te perguntei e torno a fazer novamente, o que quer com ela ?

- eu venho apenas aqui pelo turismo - diz desdenhando - E sobre sua irmã, que mal tem admirar uma bela moça - fala e travo o maxilar.

- você sabe que pode tentar fazer o mesmo que de fez com a garota do México que mesmo assim não a desclassificara para um casamento - falo e o vejo fechar a cara.

- diga apenas sobre aquilo que saiba- ele me fala enraivecido - não pegue informações terceiras e as espalhe - se levanta - a sempre dois lados da história, e eu não tenho tempo para falar sobre história mentirosas e desnecessárias, tenho uma máfia para comandar, assim como você - fala e levanto o encarando.

- você está me fazendo perde o precioso tempo para dizer que não o quero perto de Nina novamente - falo em irá.

- quem tem que decidi isso é ela e não você - fala ironicamente e na raiva saco minha arma apontando para ele.

Ele por reflexo faz o mesmo, e estamos aqui um apontando a pistola para o outro no meu escritório em forma de ameaça.

- acho que esse tratado já passou a hora de ser desfeito - digo.

- estava pensando exatamente nisso agora- fala em tom ameaçador.

- É melhor você sair antes que eu faça besteira - digo.

- mais você ja fez - diz - nos deixando livre para iniciar uma guerra.

- se acha que tenho medo de você muleque está muito enganado - falo alto.

- pois deveria ter - diz sorrindo e destravando sua arma a colocando no terno novamente.

- saia agora.- falo fazendo o mesmo - espero nunca mais ter que o ver aqui.

- eu já acho que me encontrará o mais breve do que imagina - diz sorrindo e indo em direção da porta.

Pego meu copo frustado e jogo na parede vendo se transforma em inúmeros cacos.

Se ele acha que ficarei parado o vendo me desafiar está muito enganado.

UM AMOR PARA O MAFIOSO - Livro 1 "IRMÃOS VACCHIANO"Onde histórias criam vida. Descubra agora