Despertar

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ETTORE VACCHIANO

Corro pelos corredores do hospital, não estava preparado para isso, enfim meu irmão esta bem novamente.

Avisto a porta onde ele se encontra e sigo até ela em passos lentos, relo na porta tentando tomar um pouco de coragem para a abrir.

Respiro fundo e empurro a porta.

Vejo Luca sentado na cama ainda ligado a vários aparelhos, ele se vira para mim sorrindo e sinto um nó crescendo em minha garganta.

A cada passo que dou em direção dele, meu coração aperta mais e eu sinto meus olhos encherem de lágrimas, caminho e paro bem em sua frente o vendo sorrir.

- achou que se livraria de mim...

- cala boca! - corto sua fala o abraçando forte - você está proibido de fazer isso de novo escutou ! - falo apertando mais ainda.

- pode deixar na próxima eu aviso a senhora morte que suas férias serão indeterminadas - fala sorrindo e eu tenho vontade de soca-lo.

- como você está ? - pergunto preocupado - está se sentindo bem ?

- como se tivesse tirado férias em Bahamas - fala me tirando um sorriso - pelo menos as dores no corpo são idênticas a sensação de ressaca. - fala fazendo careta.

Continuo olhando um pouco para ele, querendo manter esse momento vivo,  ele me encara de volta com uma expressão confusa.

- o que o russo tá fazendo aqui ?- pergunta sério e olha em direção da porta.

Viro meu rosto avistando Nikolai parado ao lado da porta observando toda a cena.

- o que você quer ? - pergunto ao russo.

- só vendo com meus próprios olhos para dar a notícia a Nina - fala e Luca fica mais confuso ainda.

- Nina ? - pergunta - que caralhos quer com minha irmã ?

- Éh, essa é a hora de eu ir - fala colocando as mãos no bolso- você tem muita coisa para contar a ele - da uma pausa - melhoras - diz para meu irmão que possui uma expressão pasma no rosto.

- o que caralho aconteceu esse tempo que eu tô aqui Ettore - pergunta confuso, eu passo as mãos pelos cabelos respirando fundo tentando ver por onde eu começo.

- bom primeira coisa que eu vou te falar é que eu vou ser pai...

***

ISABELA VACCHIANO

- chegamos - diz Nikolai que está na direção do carro, permaneço quieta, apenas observando ele e Nina.

- Okey vamos entrar, Luca deve estar ansioso para nós ver. - falo abrindo a porta do carro e saindo.

Percebo que quando Nina vai descer ele a segura.

- podemos conversar? - pergunta e ela o encara confusa.

- eu...

- por favor - ele a corta e fico surpresa com o pedido dele.

- bom eu vou entrando, já que não pode entrar vários juntos, vou primeira - falo arrumando uma desculpa para os deixar a sós.

- ok - Nina fala baixo e a vejo indo em direção do banco da frente.

Entro no hospital ansiosa para rever Luca, afinal foram meses de angustia.

Caminho até a recepção e avisto Ettore.

- amor - digo indo em sua direção e ele me recebe com um sorriso enorme.

- tudo bem amore mio - pergunta em italiano e eu me derreto.

- sim, como está Luca, quero vê-lo- falo e ele acena para a enfermeira.

- Está ótimo, vamos te levarei até ele - diz pegando minha mão me encaminhando corredor a dentro. - cadê Nina? - ele finalmente nota sua ausência e me pergunta.

- ela está conversando com Nikolai - falo baixo e ele para, quando ele ameaça ir onde eles estão eu o seguro. - deixem eles se resolverem.

- mas...

- mas nada Ettore, eles a parti de amanhã estarão casados querendo você ou não - falo e ele bufa - deixem começar a nova vida deles bem, eles já passaram por muita turbulência, está na hora de recomeçar.

Ele olha novamente em direção da saída, respira fundo e volta pegar minha mão.

- vamos que eu já disse para Luca que você estava grávida - fala sério ainda-  ele disse que não vê a hora de te ver com o afilhado dele.

Paro e encaro meu marido.

- você já disse que ele é o padrinho, sem eu estar por perto - continuo andando com um bico de aborrecimento.

- desde quando eu preciso falar algo para Luca - ele diz rindo finalmente - ele se alto nomeou padrinho quando soube - solta o ar durante o riso - quero ver alguém tirar esse posto dele.

Abrimos a porta e ele me olha com um brilho nos olhos e um sorriso debochado de sempre, a muito tempo que não sentia essa leveza que sinto hoje, estávamos todos sobrecarregados com inúmeros acontecimentos, mais hoje estou tão feliz ao ver  meu cunhado amigo bem de novo e entre nós.

UM AMOR PARA O MAFIOSO - Livro 1 "IRMÃOS VACCHIANO"Onde histórias criam vida. Descubra agora