Amizade

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ISABELA HERNANDEZ

Acordei assustada e olhei no relógio ao lado da cama.

Já são 11:00 horas, dormi mais do que devia, segui em direção do banheiro e me arrumei apresentável para descer, na esperança de encontrar pelo menos uma fruta para comer.

Desço as escadas e sigo em direção da sala de jantar, agora eu sei em qual cômodo não entrar.

Caminho e sorrio lembrando de ontem, da intensidade dele, daquele corpo definido e quente próximo a mim, de seus olhos azuis penetrantes me encaram com intensidade e sua boca avermelhada e macia na minha pele.

Queria tanto que tivesse me beijado.

Balanço a cabeça para esses pensamentos saírem, a cerca de semanas atrás eu estava desolada, triste pois não queria me casar com ele, e agora fico o desejando o tempo todo, ansiosa pela cerimônia para ter seus beijos e toques em mim.

Estou tão confusa.

Chego em uma sala e dessa vez acertei o cômodo, entro e vejo minha futura cunhada Nina conversando em empolgação com sua governanta.

Ela é uma jovem linda, pele clara olhos azuis como dos irmãos e cabelos grandes e castanho, o que ela tem de beleza, tem de doçura, não sei como alguém como ela se mantém tão pura em uma família como os Vacchiano.

Acho que nos daremos muito bem somos praticamente da mesma idade.

- bom dia ! - digo me aproximando.

- bom dia Isabela - diz sorrindo para mim - dormiu bem está noite? - pergunta de forma carinhosa.

- muito bem !- minto lembrando o quanto demorei para dormi depois do estado que o irmão dela me deixou.

- que bom! Está com fome ? - fala me chamando para sentar ao seu lado e eu aceno- imagino que sim já que acordou agora e não se alimentou ainda!.

- Dora Você poderia trazer para a Isabela uma bolo e frutas, por favor- ela diz de forma carinhosa para a senhora, que juraria ser alguém bem próxima dela.

- claro minha menina- sai sorrindo em direção da cozinha.

- então é tão bom ter uma meninas também agora aqui em casa - fala rindo e sorrio de volta - muita testosterona para um ambiente - ela diz e sorrio.

- No meu caso era eu e uma irmã, mais a 4 anos estava só mais meu pai em casa, depois de seu casamento.

- ela é casada com o capô do Canadá né? - pergunta.

- sim, já me presentearam com um sobrinho também.

- mal vejo a hora de ter um sobrinho - ela diz animada e depois fica sem graça, já que na teoria eu que darei o primeiro sobrinho ou sobrinha.

- então você já comeu ? - pergunto tentando gerar um assunto-

- já sim, sempre acordo cedo para acompanhar Dora ! - fala em tom doce.

- você parece gostar muito dela ! - falo querendo saber um pouco mais.

- sim todos nós daqui amamos Dora, ela é como se fosse nossa segunda mãe - fala e sua expressão entristece um pouco.

Dou um sorriso tentando parecer amigável mais não sei como continuar o assunto.

Então - ela fala para mim mudando de Assunto- fiquei sabendo que tem planos para hoje ! - diz animada.

- planos ? - pergunto me recordando do jantar que Ettore me convidou.

- sim, e nem adianta esconder de mim - fala rindo - Luca já me contou tudo ! - fala batendo palmas.

- Luca?- imaginei que seria Ettore a falar mais porque Luca?.

- sim ele é o fofoqueiro da família - fala debochando. - Ettore deixou escapar eu acho, ou ele conseguiu arrancar - fala rindo. - mais voltando ao assunto principal você já tem roupa para ocasião? - pergunta

- sim eu trouxe todas as minhas coisas, já que o casamento é em 5 dias!- nesse momento me cai a ficha que em cinco dias estarei sendo conhecida como Isabela Vacchiano e não mais como Isabela Hernandez.

- posso te ajudar a arrumar, gostaria muito de te ajudar já que não saiu muito - ela da um sorriso meio triste e fico curiosa.

- porque não ? - pergunto - bom eu sei que nos mulheres da máfia devemos sair menos por conta do perigo mais nem umas voltas ?

Ela só nega com a cabeça.

Paro e penso em todas as coisas que fui privada e posso imaginar ela sendo a única mulher de uma família Extremamente poderosa, o quanto de pessoas que não estariam atrás dela, e o quanto de coisas que ela teria perdido, dou um sorriso meio triste também.

Mais ela tem um exército se precisar para defender.

Porque essa restrição toda, então tenho uma ideia.

- Nina - chamo e ela me olha - pensando bem eu ando sem muitas roupas mais elegantes e gostaria de ir bem bonita para o encontro com o seu irmão, será que você não me ajudaria a comprar um vestido, gostaria de uma segunda opinião.

Vejo então um sorriso enorme brotar em seus lábios, será que seu irmão nos deixaria ir no shopping, lógico sendo escoltadas.

- creio que sim ! - fala mais baixo - se disser a ele que gostaria muito claro - brota um sorriso levado - ele parece querer fazer muito as suas vontades - diz por fim e eu coro com essa revelação.

- pois eu acho que ligarei para ele então agora - falo me levantando - fala para Dora que pode deixar o café da manhã comemos algo lá !

Termino de falar e vejo um brilho em seu olhar, quase dando pulos de felicidades.

***

- Não acredito que ele deixou - diz Nina toda animada andando da forma mais elegante que já vi.

Por onde passava ela chamava atenção pela beleza, e eu também não ficava atrás.

Andávamos conversando animadas com o sorvete na mão sendo escoltadas por uns 10 homens.

Entramos em uma loja de vestidos muito elegantes

- qual você quer experimentar ? - pergunta ela animada.

Olho pelo local e vejo um vermelho lindo que aparenta vestir muito bem !

- esse aqui - digo o pegando e indo experimentar seguido de palminhas animadas de minha cunhada.

Olho para o espelho vejo casa detalhe desse vestido, acho que nunca me senti tão linda.

Ele segue até a panturrilha, seu tecido é de setin, desenha o corpo tão perfeitamente que parece ter sido feito para mim, tem um decote pequeno dando uma sensualidade delicada.

- é esse! - digo para mim.

Saiu da cabine e falo para a Nina da minha escolha, demorei mais que o essencial na loja de sapatos, pois ela também comprou alguns pares.

Estávamos saindo da loja animadas e rindo de várias coisas que tinha me dito, até que um homem tromba em Nina, ele é alto, forte, cabelos loiros, seus traços são diferentes com certeza nada de traços nada italianos, de onde será que ele é?.

O observo ele a encarar, a olha debaixo para cima inúmeras vezes parando em seu rosto, ele a olhava de uma maneira intimidante porém interessado demais.

Ela o encara também como se visse um príncipe encantado e cora olhando para baixo, o homem misterioso dá um sorriso mínimo de lado,

- perdão Senhorita! - diz com um sotaque carregado, que me faz saber de onde ele é, certeza que Russo.

Ela só balança a cabeça envergonhada e toda vermelha.

Ele então segue andando sendo escoltado e se vira bem longe para olhar Nina novamente.

Não sei o que aconteceu aqui mais com certeza não falarei para o Ettore Vacchiano.

UM AMOR PARA O MAFIOSO - Livro 1 "IRMÃOS VACCHIANO"Onde histórias criam vida. Descubra agora