Leonard Bronw Davis.
- O que está acontecendo? - perguntei fechando a porta. Minha mãe se aproximou nos abraçando e eu continuava querendo entender tudo.
- Que bom que chegaram. - Minha mãe suspirou parecendo aliviada.
- Por que o xerife está na entrada da cidade? Por que não tem ninguém nas ruas? E por que estão acordados nos esperando? - perguntei mais uma vez e percebi ambos suspirando.
- Aconteceu algumas coisas enquanto vocês estiverem foram, cara. - Malcolm falou suspirando. Sarah me olhou com os olhos um pouco arregalados
- Que coisas? - Sarah perguntou com a voz trêmula.
- Venham, é melhor vocês se sentarem. - Minha mãe suspirou passando a mão no rosto. Sentamos em frente a eles e senti a mão de Sarah procurando as minhas. Segurei a mesma apertado, acariciando para ver se transmitia um pouco de calma para ela, o que é um pouco complicado já que eu estou tudo, menos calmo.
- Então...
- Houve um assassinato na terça-feira durante a noite. - Mali falou de uma vez. Senti o ar dos meus pulmões se escaparem.
- Um...um assassinato? - Sarah perguntou sem reação.
- A sobrinha mais nova da Dolores, a Willie. - minha mãe falou.
- A de dezessete anos? - Perguntei assustado e eles concordaram.
- Ela foi encontrada perto de um celeiro, com ferimentos nos pulsos e um corte na garganta, mas os legistas falaram que não foi o que causou a morte dela, e sim um ferimento na cabeça. Ela já estava morta quando fizeram o corte. - Malcon explicou. - Quem fez isso realmente queria ela morta.
- Espera aí. Quem fez isso? A polícia ainda não sabe quem foi? - Sarah perguntou mais assustada do que antes.
- Infelizmente não, querida. A pessoa não deixou rastros, não teve digital, não foi um acidente. A pessoa deveria estar armando isso a muito tempo. - Minha mãe negou com a voz trêmula. - a última vez que viram a Willie foi quando ela foi dormir, de manhã a porta estava destrancada mas não teve nenhum sinal de arrombamento.
- Por que ninguém nos contou isso? Isso é sério. - Levantei andando pela sala.
- Não queria que vocês ficassem nervosos, meu amor. A cidade toda está amedrontada, os comércios só estão podendo ficar abertos até às sete da noite e toque de recolher as oito. Vocês não poderiam fazer nada de longe, só iriam ficar preocupados com tudo isso.
- Mas isso é algo sério, Lena. E se fosse um de vocês? Deus me livre mas poderia ter sido. - Sarah levantou também.
- Eu não me lembro de nem ao menos um assassinato nessa cidade, em todos os meus trinta e dois anos. - Sentei no sofá passando a mão na cabeça.
- Eu sei, cara. Fiquei com essa reação também, todos estão. Por isso vim passar esses dias aqui enquanto você não estava, não quis deixar sua mãe sozinha. - Mali falou encostando no sofá. - Essa cidade nessa semana está parecendo coisa de filme.
- Não imaginei que isso iria acontecer novamente. O último caso foi a quase quarenta anos atrás. - minha mãe falou. - Isso tudo é muito ruim.
- Como está a família da menina? - Sarah. perguntou.
- Arrasados. A menina tinha acabado de fazer dezessete anos, estava com planos de estudar em Nova York, estava fazendo amigos. Era muito jovem para morrer, ainda mais da forma que foi. - Minha mãe suspirou.
- É muito triste mesmo. - Sarah suspirou deitando a cabeça em meu ombro. Abracei a mesma.
- Bom, já que vocês já chegaram e ficaram por dentro de tudo que está acontecendo, eu vou ir dormir já que amanhã tenho que buscar algumas coisas para a plantação. - Malcolm levantou.
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Na noite em que eu te encontrei
RomanceSarah cresceu no orfanato desde seus 10 meses de vida, quando seus pais infelizmente morreram em um acidente. Lá dentro, a menina sonhadora passou por muitas coisas, mas nunca deixou de sorrir e aproveitar cada minuto com sua avó do coração, dona Am...