Capítulo bônus (Parte 3/Final)

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Gabriel Santana Mendes.

— Amor...eles não param de chorar, o que eu faço? — Quase chorei junto com os gêmeos. Não me imaginava sendo pai, muito menos de gêmeos.

    Não estavam nos nossos planos ter filhos, estávamos satisfeitos em ser os tios dos filhos dos nossos amigos, mas aconteceu, e estamos felizes com nossos meninos. Ficamos em choque por semanas, perdidos e morrendo de medo, afinal, como eu disse, não eram os nossos planos, nunca tivemos a vontade de ter filhos mas acreditem, foi a melhor coisa que nos aconteceu.

    Porém, como podem ver, eu não sei muito o que fazer com crianças, muito menos bebês de três meses. Eu normalmente entregava para os pais, mas olha só, nós somos os pais.

— Verificou a fralda deles? — Taylor chegou no quarto enrolada na toalha. Ainda não nos adaptamos com todas essas mudanças.

— Não, era para verificar? — Olhei assustado para ela. Taylor gargalhou se apoiando na cômoda. — Taylor!

— Querido, eu já expliquei para você. Os meninos sempre fazem as necessidades depois de mamar, e eu os amamentei tem vinte minutos. — Pegou o Henry do meu colo. — Provavelmente a fralda está suja ou estão com sono e não conseguem dormir.

— Eu sou um péssimo pai. — Suspirei deitando Aaron ao lado do irmão no trocador.

— Amor, você não é um péssimo pai. Os meninos ainda tem três meses, não aprendemos a ser pais da noite para o dia. — Senti seus lábios em meus ombros.

— Mas você é uma ótima mãe, e somos pais ao mesmo tempo.

— Isso não significa que é um péssimo pai, você é ótimo. Quem descobriu quando eles estavam com cólica foi você, você quem sabe fazer eles dormirem melhor durante a noite, sem contar no livro de histórias que está criando para eles lerem quando crescerem, os desenhos são horríveis mas a história é muito boa. — Ri percebendo meu rosto molhado. — Não se cobre tanto, ok? Vamos conseguir, eles ainda são novinhos e você é o melhor pai do mundo.

— Ok. — Sorri de lado limpando o rosto.

     Sei que vamos passar por muitas coisas ainda, mas estou feliz com minha família e vou fazer o possível para ser o herói dos três.

Pierre Delyon.

    Encarei a pilha de chocolates abertos na cozinha assustado, eu precisava resolver isso antes que Rachel veja e me mate por ter mostrado para as crianças onde os doces ficam.

— Amélie e Nathan, os dois aqui agora. — Tentei falar o mais baixo possível para não acordar minha esposa, são quatro da tarde, ela está tirando seu cochilo e se acordarmos a fera, vamos morrer por dois motivos bem graves. 

    Não demorou para os dois anjinhos aparecerem com os rostos cheios de chocolate.

— Meu Deus, eu não estou vendo isso. — Passei a mão no rosto. — O que vocês tinham na cabeça de pegar esse tanto de chocolate, abrir e comer todos? Vocês querem ver o pai de vocês em um caixão? Vai estar escrito na minha lápide. "Morre um pai de família, culpado por mostrar aos seus filhos de seis e quatro anos onde ficam os doces"

— O que é uma lápide? — Amélie perguntou confusa.

— Onde vai estar o nome do papai, minha filha, é isso que é uma lápide. — Olhei para os dois. — Quem teve a ideia? — Ambos apontaram um para o outro. — Mas será possível...quer saber? Não importa, vamos, me ajudem a esconder isso antes da mãe de vocês acordar.

— Antes de eu matar vocês? — Olhamos os três para trás assustados. Minha esposa estava com os braços cruzados nos olhando seria. — Alguém vai me explicar o que está acontecendo? Na verdade, acho que eu sei bem o que está acontecendo.

Na noite em que eu te encontreiOnde histórias criam vida. Descubra agora