Sarah Durand.
Eu não sei onde enfiar minha cara. Eles são bem direitos, né?!
— Ér....- murmurei encarando o Leonard.
— Vamos parar com esse assunto? Não estamos sozinhos se não se lembram - ele resmungou apontando para a cozinha.
— Giovanni sempre sendo inconveniente - O que acho ser o Gabriel cantarolou batendo na testa do tal Giovanni.
— Só perguntei - deu de ombros - desculpa, Sarah, as vezes eu sou curioso demais - sorriu grande se ajeitando no sofá.
— Coloca curioso nisso - Leo resmungou sentando no outro sofá e fazendo sinal para eu sentar ao seu lado.
— Não tem problema - sorri de lado sentando ao lado de Leo no sofá - vocês se conhecem a quando tempo mesmo?
— Ah, nem sei mais, faz mais de doze anos - Gabriel falou.
— Você é brasileiro, certo? - ele assentiu - de onde exatamente?
— Nasci em São Paulo, com dois anos fui para o Rio de janeiro, no recreio dos Bandeirantes, fiquei lá até os 15, foi quando me mudei para cá com meu pai.
— Ele ama contar essa história - Leonard sussurrou em meu ouvido.
— Por que? - perguntei confusa.
— Já vai saber - riu baixo olhando para Gabriel e eu fiz o mesmo.
— Minha família tinha poucas condições financeiras, né, eu era o único primo da família que era "pobre", nossa, eu era muito zoado por isso, mas aí meu pai se separou da minha mãe, uma megera inclusive, então nos mudamos para o rio de janeiro, recreio dos Bandeirantes, sem um dinheiro no banco praticamente, meu pai começou a trabalhar em um quiosque na praia e hoje em dia ele é o dono dos quiosques mais famosos do Rio de janeiro, viemos para fora do país expandir os negócios - falou fazendo várias expressões e gestos, ele realmente amava contar essa história - hoje em dia todos os meus primos e tios ligam para nós dois, pedindo dinheiro, pedindo presentes caros e querendo que paguemos a passagem para eles passarem o natal aqui, e eu falo assim - se levantou fazendo uma pose estranha - "Ué, vocês não em excluíam em todas as festas e encontros por eu ser o pobre e não ter dinheiro para comprar um pega vareta? Agora senta lá Cláudia, e me sirva, servo" - fingiu por uma coroa em sua cabeça. O que fez todos nós cairmos na risada
— Senti Lha Cláudia? - tentei falar confusa do que era.
— É um meme do país dele, ele não diz até hoje o que significa esse último, mas sempre fala para nós quatro - Victor negou enquanto Gabriel ria como se não fossemos gostar do que realmente significa.
— Estão se divertindo, crianças? - Lena sorriu se debruçando na parede.
— A senhora sabe que eu já tenho uma filha, não sabe, tia? - Giovanni perguntou rindo e Lena riu assentindo.
— Vocês podem ficar idosos mas eu sempre vou chamá-los de crianças.
— Falar nisso, tia - Victor começou - o que a senhora está dando para esse brutamontes? - apontou para Leonard, que revirou os olhos negando - cada vez que eu o vejo, esse cara cresceu cinco metros - rimos.
— Ele come muito bem, bastante legumes - brincou beijando a cabeça do filho.
— Vou comer legumes também, estou precisando - Pierre riu.
— Vou fazer para você comer durante esses dias - sorriu e Pierre assentiu.
— Durante a semana você dorme aqui, Sarah? - Victor perguntou?
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Na noite em que eu te encontrei
RomanceSarah cresceu no orfanato desde seus 10 meses de vida, quando seus pais infelizmente morreram em um acidente. Lá dentro, a menina sonhadora passou por muitas coisas, mas nunca deixou de sorrir e aproveitar cada minuto com sua avó do coração, dona Am...