07 de julho - Domingo.
08:12Leonard Brown Davis
Essa noite não dormimos nada. Colin acordou muitas vezes, chorando tanto que pensamos que ficaria sem ar. Estou acabado e não quero nem imaginar como minha esposa está, afinal, ficou amamentando o nosso filho até ele cochilar novamente. Minha mãe veio nos ajudar mas não tinha muito o que fazermos, Colin só se acalmou quando demos a chupeta, não era um desejo nosso mas as vezes é necessário. Depois disso até que ele engatou por umas duas horinhas.
Sarah está dormindo ao lado do nosso filho, trouxemos ele para a nossa cama no meio da madrugada. Bocejei indo até o banheiro e me assustei com minha aparência, por sorte minha esposa não se apaixonou por mim pela minha beleza. Neguei rindo sozinho e fui fazer minhas coisas.
Tomei um banho gelado para me acordar, me arrumei e sai do quarto. Desci sentindo o cheirinho de café e minha mãe estava na cozinha toda arrumada e preparando algo.
— Bom dia, mãe. — Beijei sua cabeça.
— Bom dia, meu amor. — Sorriu me olhando. — Como você está?
— Acabado. — Me apoiei na mesa. — Como a senhora parece tão bem depois dessa madrugada?
— A maior parte da minha vida fui acostumada a ficar acordada durante a madrugada. Acordar para cuidar do meu neto é algo tão gostoso, tão bom, que não me incomodo. — Deu de ombros sorrindo. Sorri de lado a abraçando apertado.
Sempre soube que minha mãe passou longa parte da minha infância e adolescência acordada durante a madrugada com medo daquele homem fazer algo comigo mas nunca entrou nesse assunto. Toda vez pela manhã, quando eu acordava, ela estava com um sorriso no rosto me preparando para a escola.
— Obrigado por tudo, mãe. — Sussurrei beijando sua cabeça.
— Não precisa agradecer, meu amor. — Beijou meu rosto. — Deixei o café da manhã pronto, fiz um bolo para vocês comerem. Estou indo para a igreja, se precisarem de mim só me avisar que eu venho.
— Eu levo a senhora. — Ela negou. — Não adianta negar, dona Leonora. — Apertei seu nariz.
— Você precisa tomar café da manhã, meu filho, eu vou andando devagarinho, não se preocupa.
— Tomo depois, estou sem fome agora. — Peguei sua bolsa. — Vamos. — Entrelacei nossos braços.
— Você não é fácil. — Negou com um sorriso no rosto.
Peguei minha chave do carro e saímos de casa, mandei uma mensagem para Sarah avisando caso ela acordasse antes que eu voltasse para casa. Deixei minha mãe na igreja e estava voltando quando passei na frente de uma floricultura, um vaso de flores amarelas me chamou a atenção então peguei minha carteira saindo do carro.
Comprei a flor e voltei, assim que entrei em casa já conseguia escutar os resmungos do Colin. Subi para nosso quarto e Sarah trocava nossos garotinho que estava choramingando.
— Quanto rancor com o algodãozinho, mamãe. — Sorri ouvindo Sarah conversar com nosso filho. — Pronto, meu amor, já está trocado. — Pôs a fralda nele.
— Bom dia, meu amor. — Me aproximei pondo a flor atrás de mim e beijei sua cabeça. Sarah me olhou com um sorriso lindo.
— Bom dia, querido. — Me deu um selinho. — Vi sua mensagem, a igreja estava cheia?
— Bastante. E esse garotinho? Achei que dormiria mais agora que amanheceu.
— Eu também mas a fralda estava terrível, quase coloquei uma máscara. — Fez uma careta e eu gargalhei, Colin estava achando graça pois sorriu se remexendo. — Está se divertindo, não é, garotinho? Rindo da cara da mamãe. — Encheu a barriga do nosso filho de beijos.
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Na noite em que eu te encontrei
RomansaSarah cresceu no orfanato desde seus 10 meses de vida, quando seus pais infelizmente morreram em um acidente. Lá dentro, a menina sonhadora passou por muitas coisas, mas nunca deixou de sorrir e aproveitar cada minuto com sua avó do coração, dona Am...