22 de julho - Sábado
10:12Leonard Brown Davis.
— Que dizer que estão namorando agora? — Sorri me deitando na rede.
Malcolm chegou a meia hora atrás, super animado e soltando muitas informações de uma vez. Aparentemente ele e Dorothy finalmente se acertaram e estão em um relacionamento.
— Sim. Você não imagina como eu fiquei quando ela me beijou, Leo. Parecia que eu estava em um sonho. — Suspirou apaixonado se jogando no sofá do deque.
— Consigo imaginar. — Ri. — Fico feliz por vocês, meu amigo. Demorou anos mas finalmente estão juntos.
— Nem me fale. Preciso contar para os meus pais logo sobre nosso namoro, a cidade já está comentando sobre a confusão e o beijo de ontem. — Bufou. — É uma das únicas coisas que eu não gosto em Golden Pine.
— Pelo menos não são fofocas piores, acredite em mim. Quando falavam do meu pai e da nossa família "super unida" era horrível. — Falei o olhando. — Cassandra é o menor dos seus problemas.
— E qual é o maior? Não vejo nada pior do que ela.
— Não é óbvio? Se ela entregou a mão de Dorothy para esse tal homem, ele pode vir atrás querer buscar o que lhe foi prometido — Os olhos de Malcolm se arregalaram e, em um pulo, se pôs de pé.
— Você tem razão. — Murmurou sem reação. - Preciso conversar isso com a Dorothy. Até mais, obrigado. — Se despediu enquanto saía correndo.
— Tchau. — Sorri negando. Minha mãe apareceu confusa na porta.
— O que houve?
— Um homem apaixonado e com medo de perder a namorada. — Sorri a olhando.
— Mali e Dottie estão namorando? Que felicidade. Já estava na hora mesmo. — Sorriu. — Tem a ver com a discussão com Cassandra? — Concordei. — Essa mulher não aprende mesmo com o tempo. — Negou.
— Não mesmo. A senhora está precisando de alguma coisa?
— Não, meu amor, mas a Sarinha está no telefone querendo falar com você. Disse que seu celular está dando como desligado.
— Está carregando no escritório, estava sem bateria. — Levantei rápido da rede. — Obrigado por avisar. — Beijei seu rosto.
Entrei em passos rápidos indo até o telefone. Me debrucei na parede e sorri ao escutar Sarah cantarolando algo em um tom baixo.
— Oi, meu amor.
— Oi, querido. Está tudo bem? Seu telefone está desligado. — Sua voz animada fez com que meu sorriso aumentasse ainda mais.
— Está carregando no escritório, não liguei ele depois de por para carregar. Como você está?
— Estou bem. Vai fazer alguma coisa hoje?
— Só a tarde, tenho uma ligação de vídeo com o pessoal das empresas que tenho na cidade. Por quê?
— Fui fazer compras para repor a dispensa e comprei algumas coisas para fazer um jantar bem gostoso. Estava pensando em te chamar para dormir aqui hoje já que estávamos de combinar e não tivemos tempo ainda. O que acha?
— Acho ótimo, querida. Assim que eu acabar a ligação vou para sua casa, tudo bem? Precisa de algo?
— Já tenho tudo aqui, não se preocupe. Se a Lena quiser vir para não ficar sozinha, não tem problema, ok? — Sorri. Sarah sempre se preocupando com a minha mãe.
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Na noite em que eu te encontrei
Roman d'amourSarah cresceu no orfanato desde seus 10 meses de vida, quando seus pais infelizmente morreram em um acidente. Lá dentro, a menina sonhadora passou por muitas coisas, mas nunca deixou de sorrir e aproveitar cada minuto com sua avó do coração, dona Am...