Capítulo 10

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— Oh meu Deus, eu te odeio! Como você pode me deixar divagar assim!

Ryujin queria se trancar no armário. Ela mal era capaz de se mover esta manhã enquanto vestia sua nova túnica. Esta era fúcsia. Tudo o que ela podia ouvir ecoando em sua cabeça enquanto vestia suas roupas novas era a voz dela dizendo que o amava e algum absurdo estúpido sobre seu pênis.

Seu companheiro sexy era todo sorrisos.

— Você foi adorável.

— Eu realmente disse que amava o seu pênis?

Ele balançou a cabeça e ela sentiu um momento de alívio.

— Você disse que gostava do meu pênis e que me amava — ele esclareceu. — Mas eu não estou contando essa como a sua primeira declaração de amor, você tem que dizer novamente quando não estiver sob a influência de três taças do melhor vinho da minha mãe.

Ryujin se dirigiu ao armário, mas Jeongin a interceptou.

— Eu te amo, Ryujin. Eu não quero que a minha primeira declaração seja de quando você estava bêbada também.

Ela olhou para cima.

— Eu realmente te amo, mas isso me assusta.

— Por quê?

— Porque eu amava os meus pais, e quando eles morreram, eu quase me perdi em mim mesma.

— Como eles morreram?

— Um estúpido motorista bêbado. Ele os cortou, fazendo o carro deles sair da estrada e bater em uma árvore. Ele foi embora sem nenhum arranhão e não cumpriu pena alguma já que foi seu primeiro delito. Ele só teve que fazer serviços para a comunidade.

— Quantos anos você tinha? — ele perguntou, abraçando-a.

— Vinte e um. Eu tive que vender a casa e a maior parte do seu conteúdo para pagar o banco. Arrumei algumas malas e estou só desde então.

— Você e o Jungkook me impressionam pra cacete. Vocês tiveram que cuidar de si mesmos quando eram tão jovens.

— E você?

Ele esfregou seus narizes.

— Eu tinha a minha mãe, Cord, e claro, o Taehyung, eu não estava sozinho.

— Você já mostrou a ele as fotos de bebê dele?

Jeongin corou furiosamente.

— Claro que não. Seria embaraçoso ele ver meus rabiscos.

Ryujin recuou e foi para a parede dele. Ela havia retirado a segunda imagem quando ele colocou a mão em seu braço.

— O que você está fazendo?

Ryujin levantou a imagem que mostrava o bebê Taehyung com uma bela mulher e um homem alto.

— Esses são os pais dele, certo? — Ele assentiu. — Você não acha que ele gostaria de saber a aparência deles, inferno, a sua própria aparência? Como você disse, isso foi antes das câmeras, Jeongin.

Seu companheiro virou a cabeça para longe.

— Elas não são muito boas.

— Elas são excelentes. Agora, pegue aquela onde o Cord parece que está prestes a estrangular o Taehyung na cozinha. — Ryujin reuniu mais algumas e eles se dirigiram para a sala de jantar menor e mais íntima para o café da manhã.

Ela percebeu que quanto mais se aproximavam da sala de jantar, mais lentamente Jeongin caminhava.

— Se apresse! — ela disse, entusiasmada.

Encanto e Confusão 11 - Meu ConsoladorOnde histórias criam vida. Descubra agora