Corte de Luz e Escuridão

10

Feyre estava com raiva, mas preferia não falar nada, não estava na posição de fazer algo, então ignorou uma parte de sua mente que gritava "Quem diabos derrubaria lentilha numa lareira?"

O quarto era grande, mas não tinha sequer uma janela ou entrada de ar, a cama era enorme tinha a penteadeira, uma poltrona o guarda-roupa, uma porta fechada que ela deduziu ser o banheiro.

Algumas plantas cresciam ali, a do teto chamava mais atenção suas flores brilhavam parecia que alguém estava realmente com necessidade de lembrar do céu noturno, um aglomerado de flores formavam a lua e outras afastadas formavam as estrelas.

Ela logo se apegou a ideia que aquele quarto pertencesse à irmã de Tamlin, mesmo assim ela foi direto a lareira sem sequer perceber o corpo que repousava na cama completamente coberta, de fato o quarto estava muito frio.

Pouco tempo depois a escuridão invadiu o quarto se aninhando num canto onde havia várias flores brancas destacadas, imediatamente ela segurou o atiçador e se virou com o objeto metálico à sua frente.

— Por mais que seja maravilhoso ver você Feyre querida ‒ ele iniciou já deitado na cama ao lado de Tacey que já estava descoberta, a mão dele pousava suavemente sobre a cintura dela, enquanto encarava a humana ‒ O que faz vasculhando minha lareira?

Aqui era o quarto dele? O que ela estava fazendo aqui? As perguntas rodaram sua mente, mas ela ficou calada sem desviar o olhar da mão que ainda estava sobre o corpo da loira.

— Eles disseram que eu deveria tirar as lentilhas da lareira ou você arrancaria minha pele.

— Eles disseram? ‒ Rhys perguntou com um sorriso felino.

— Devo agradecer você por essa ideia? ‒ ela perguntou com raiva contida em falsidade.

— Ah! não. Ninguém descobriu de nosso acordo ainda, e você conseguiu ficar calada. A vergonha a está sufocando?

— Esta limpo o suficiente para você? ‒ ela perguntou irritada apertando o metal com mais força.

— Quem jogou lentilha na lareira? ‒ Tacey perguntou confusa e se levantando.

— Uma dos afazeres da amante dele, imagino ‒ Feyre disse.

— Hum, talvez pensem que vou me divertir com ela ‒ Rhys falou calmamente para a loira que ainda estava com sono e ficando irritada em uma velocidade assustadora, ainda queria dormir.

— Ou pode ser um teste para você. Apostou em mim em minha primeira tarefa, não pareceu ter agradado ela.

— Por que Amarantha me testaria? ‒ ele questiona ‒ E eu não apostei em você, ela apostou.

Isso a pegou de surpresa ela olhou para Tacey que lhe deu um sorriso.

— Pode confiar em nós ‒ ela disse se levantando ‒ Queremos que vença Feyre. Acima de qualquer coisa, queremos a vadia ruiva morta, e é o que vai acontecer assim que você vencer.

Rhys reflete o mesmo sorriso que ela, e eles dois são a imagem do poder.

Feyre não desconfiava que eles já tivessem trassado o caminho da Grã Rainha e espera que a morte dela fosse realmente criativa como os olhos dos dois demonstravam.

— O que você faz com ele? ‒ a humana perguntou quase enojada.

— Punição passar anos ao lado do homem que matou minha família, e dar de cara com ele diariamente ‒ Feyre deu uma passo para trás assimilando tudo antes de ficar horrorizada ‒ Pela mãe a besta do meu irmão não te contou nada!

— Você tinha essa esperança? ‒ Rhys perguntou irônico ainda deitado.

— Não comece ou te amarro no teto ‒ a loira brigou.

— Para ter uma obra de arte para encarar durante a noite? ‒ ele perguntou com um sorriso lascivo.

— Rhysand ‒ ela disse em tom de ameaça, mas ele não parava de sorrir.

— Que coisa cruel ‒ ele brincou logo levando uma almofada na cara.

— Sente-se ‒ Tacey pediu.

— Amarantha faz os jogos e planos dela, nós fazemos o nosso ‒ Rhys falou sério pela primeira vez ali.

— Até que saiba da verdade não ofenda Rhysand ‒ ela falou e seria interrompida, mas um olhar calou o homem ‒ Pelo menos não na minha frente. Agora vamos falar sobre o jogo.

— Que jogo?

— Feyre querida...

— Tudo aqui é um jogo, cada passo e palavra ‒ Tacey completou.