11

1.5K 230 15
                                    

— O que? ‒ Rhys reclamou quando recebeu um tapa muito forte no braço. 

— Ela não vai vestida assim ‒ a loira brigou e Feyre apenas olhava de um para o outro ‒ Chama Nuala ‒ ela mandou e ele revirou os olhos chamando ‒ Traga para mim um de meus vestidos brancos por favor ‒ ela pediu e a gêmea logo acentiu sumindo.

— Não vai caber nela ‒ Rhys disse indicando que Feyre era mais baixa e mais magra que Tacey apenas para receber um olhar fulminante que o fez calar a boca e erguer os braços. 

— O que está acontecendo? 

— Não posso controlar todas as ideias dele ‒ Tacey falou com uma pitada de irritação mas ele apenas sorria ‒ Vamos a um baile, você é a acompanhante dele. 

— E você? 

— Tarquin um macho muito bonitinho ‒ ela respondeu e Rhys revirou os olhos no mesmo instante. 

— Precisa mesmo disso? ‒ a humana indicou as pinturas no seu corpo. 

— Se alguém a tocar eu vou saber, e então ela vai mata-lo ‒ Rhys disse e Tacey abriu um sorriso em confirmação ‒ Assim como se isso vier de um certo Grão Senhor da Primaveril. E por favor Feyre eu não quero dormir na poltrona por idiotices suas .

O vestido de fato precisou ser ajustado, mas as duas gêmeas fizeram isso em minutos, era um vestido branco e longo que tinha fenda apenas nas pernas, era muito mais confortável e bonito. 

— Vamos ‒ Rhys deu o braço a ela e Tacey já estava indo a frente. 

(...)

O salão do trono estava observando os quatro que acabaram de entrar, Tacey e Tarquin tinham roupas combinando, Feyre não pode deixar de notar a beleza imortal dela e a graciosidade e imponência que ela transmitia apenas com o andar, esperava que aquilo pudesse ser ensinado. 

E entendia porque de todas ali Amarantha a temia.

Ela fez um pequena reverência diante do trono sem se dar o trabalho de olhar para a rainha mas olhando firmemente para o irmão que se mexeu desconfortável fazendo ela sorrir. 

Tacey foi levada direto para o piano onde sua voz e melodia inundaram o salão e alguns casais começaram a dançar. 

— Vinho? ‒ Rhys ofereceu sem tirar os olhos da princesa sob o palco. 

Feyre balançou a cabeça negativamente. 

— Você vai precisar ‒ ele disse colocando o copo na mão dela quando sentiu o olhar dos dois no trono sobre eles. 

Um tempo depois Feyre já ria para o vento na mesa, mas era controlada por Tacey para que não fizesse nada além do que deveria. Ela era uma peão ali e nem tinha ideia da complexidade do jogo em que estava, e se era o meio de salvar seu povo Tacey devia a ela proteção e o que mais pudesse oferecer. 

Ainda mais porque sabia que não havia outra forma de Feyre sair viva sem se destruir no processo.

(...) 

Rhys ficou especialmente irritado na noite depois da segunda tarefa quando a humana tola resolveu se atracar com Tamlim um dia antes da liberdade chegar. Eles podia trepar até no teto quando aqui acabasse, quando Amarantha estivesse morta e sua Tacey estivesse muito longe dali e sem correr ameaças de morte todos os dias. 

Mas a terceira prova chegou e todos estavam tensos, Tacey estava quase roendo as unhas, ela tinha sido castigada na noite anterior ao tentar falar com Lucien sua mão ainda estava se curando os cortes ainda estavam vermelhos. 

— Vamos logo ‒ ela falou para Rhys que ainda estava sentado na cama olhando para ela. 

Tacey estava especialmente linda, ela tinha se esforçado e hoje vestia preto, sua roupa combinava especialmente com a do Grão Senhor que sorriu. 

— Eu amo você, sabia? ‒ ele disse segurando a mão dela com carinho. 

Já tinha décadas que gostaria de falar isso.

— Eu também ‒ ela falou sorrindo e com um brilho especial no olhar ‒ Eu amo você bebê illiryano. 

Ele deu um leve beijo nela com seu coração em conflito, e tomado de esperança, ele só esperava não se decepcionar. 

Ele já tinha sonhado com ela, desde que era criança, a melodia de sua voz estava enraizada em sua coração e todos aqueles anos ali em cima para ele tinha válido a pena por ela ter aparecido em sua vida. 

Rhys segurou firmemente seu rosto gravando seus detalhes, Tacey era tão inteligente para tudo menos para o óbvio que envolvia ela mesma. 

Os conflitos dentro de Rhysand se dava porque ela não poderia morrer, não sem saber o que havia entre eles, ou como era viver em liberdade ao lado sua parceira, sua reconstrução e esperança, e queria mil vidas para viver ao lado dela e talvez não fosse suficiente. 

Corte de Luz e EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora