— Tente ler, Feyre — pedi novamente e ela ergueu o olhar provavelmente considerando me odiar ou matar.
Rhys estava sentado no fundo da sala com um livro de pernas cruzadas, quando Feyre o questionou se não tinha nada melhor para fazer, ele apenas riu fez aparecer uma xícara de chá e deu-lhe um sorriso preguiçoso.
— Eu... estou — ela puxou o ar olhando com mais atenção — Ab... absolutamente maravilhosa — ela disse — Eu estou absolutamente maravilhosa — exclamou.
— Está mesmo — confirmei.
Ela não sorriu, apenas abaixou o olhar para a página.
Você me pediu ajuda Feyre — murmuro dentro da sua mente e ela se levanta assustada.
Saia.
É isso que acontece quando você não tem uma proteção. Eu poderia vasculhar toda a sua vida, ou destruir toda ela, poderia mudar você e transformá-la ao meu querer. Imagine o que ele poderia fazer com meio pensamento.
Eu já entendi — ela diz irritada — Agora saia da minha mente.
Me empurre.
O rosto dela se transformou com uma careta, e ela começou a tentar, senti sua consciência lutando e tentando me expulsar.
Com mais garra.
Me empurre para fora Feyre.
Senti quando um muro apareceu na minha frente dividindo minha mente com a dela, era algo magnífico fogo, vento, água, gelo, luz se misturando formando algo novo.
— Bom, foi ótimo — falei sorrindo e ela retribuiu levemente — Tome, para você estudar — entreguei-lhe duas folhas com várias frases distintas e ela pegou saindo da sala em seguida.
— Foi melhor que eu imaginei — Rhys comentou largando o livro e aparecendo sentada na mesa à minha frente.
Apoiei minhas mãos em seus joelhos, e me inclinei para ele deixando um beijo em seus lábios.
— Você pode por favor parar de implicar com ela, e chamá-la de lerda.
— Ela me xinga de coisas muito piores — ele diz — E ela é lerda, como você.
— Como é?
— Nada — ele disse imediatamente.
— Eu ainda te coloco para dormir no chão — ameacei me afastar e ele gargalhou.
— A casa é minha.
— Isso é absolutamente irrelevante.
(...)
Mor estava animadamente pintando minhas unhas enquanto conversávamos, ela já falou sobre toda a sua família, especialmente os podres de Rhys.
Então ficou em silêncio de repente e imaginei que sua mente estivesse vagando por pensamento até ela levantar o rosto e suspirar encarando meus olhos.
— Obrigada.
— Pelo quê? — perguntei confusa.
Ela deu uma risadinha baixa olhando para o chão e depois me encarando com admiração.
— Nós temos sorte de ter Rhys, ele é um macho incrível que sempre em qualquer situação vai lutar por e para nós, mesmo que isso custe muito a ele, mesmo que para isso ele tenha que ser o monstro lá fora, ele não se importa. Custou muito a ele, cinquenta anos, mas mesmo assim ele ainda é o Rhys, minha família e a quem amo e admiro, e você teve muita importância nisso — ela falou com algumas lágrimas contidas — Ele sorri quase diariamente, tem seus momentos ruins mais na maior parte do tempo ele está sorrindo por estar conosco novamente e por conhecer você. Obrigada por dar uma chance, e por cuidar dele.
Eu sorri para ela com toda sinceridade e carinho, e a abracei.
— Ele me salvou de várias maneiras diferentes — eu disse — E eu posso entender como ele é tão incrível, muito de nós é moldado pelas pessoas com quem convivemos.
— Tem algo de Tamlim em você? — ela perguntou com uma risada baixa ao completo horror estampado em meu rosto.
— Mas é claro, aprendi com todos eles como nunca agir. Se eu estou em dúvida me pergunto o que eles fariam, então faço o oposto.
Ela dá uma alta gargalhada.
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Corte de Luz e Escuridão
FantasyA história original pertence a @Whitlock-Mikaelson, e tenho permição dela para a adaptação. Tacey irmã de Tamlim com um poder raro - presente do próprio caldeirão - é enviada a sob a montanha à pedido da Grã- Rainha. Rhysand , Grão - Senhor da cor...