[CONCLUÍDA]
Minha vida nunca foi grande coisa, muita merda, pouca paz, e bom, foi vivida sobre o clichê de: garoto errado, no lugar errado, tem até quem diria que filho das pessoas erradas. Não é tão emocionante quanto parece, acredite, é uma droga...
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[Hey Jude — The Beatles.mp3]
Kim Taehyung
— Outra batcaverna é? — Jungkook indagou entre risos. — Eu roubei a sua? — questionou, rodando o dedo indicador no ar, indicando as mediações do estúdio, onde estávamos: eu deitado no carpete, com as costas contra a parede e ele sentado na minha frente, entre as minhas pernas, costas repousadas no meu tórax, com seu caderno de filosofia aberto no colo.
— Sim, porque você roubou a minha, então preciso encontrar outra, garoto prodígio.
Jungkook começou a rir pelo que eu dissera ou pela forma com qual eu mordiscava o lóbulo de sua orelha. Talvez uma combinação entre ambas as coisas. Comecei a retirar os primeiros botões de seu paletó das casas, apenas para enfiar minha mão ali dentro, e sentir o calor de sua pele e o bater de seu coração. Era um ritmo lindo. E saber que eu era a causa do aumento da velocidade nas pulsações, fazia ser ainda mais belo.
Eu estava viciado, louco por cada parte de seu corpo, desejando conhecer tudo, como um apaixonado explorador em uma terra desconhecida. Era, genuinamente, como uma aventura nova sob as minhas mãos. Tudo nele me instigava, eu queria traçar as linhas entre as manchinhas em sua derme, tocar os músculos suaves em sua barriga lisa, descer pela trilha de pelos finos em seu abdômen. Conhecer seu gosto.
Eu nunca estive em uma relação onde precisava ser contido, onde era necessário calcular meus atos e que eu tinha de respeitar um trato que consistia em: "ir com calma" e, sinceramente, jamais pensei que ficaria bem com isso. Não que eu não estivesse louco para passar da segunda, terceira, quarta, todas as bases com o meu gatinho. Eu estava. Contudo, o Jeon não estava preparado para nada daquilo, estava descobrindo a própria sexualidade, e cabia a mim ser compreensível e empático com ele. Ajudá-lo a ir de passo em passo, sem pressa, seguindo o próprio tempo.
— Quem me dera! Eu queria ser um prodígio. — Jungkook sussurrou, eu sabia que o novato estava ficando excitado com os meus lábios passeando no arco de sua garganta, pintando aquela parte de seu corpo com marcas avermelhadas. — Eu não entendo nada disso aqui. — esforçou-se para dizer, sem engasgar, eu gostava de causá-lo aquela reação. Envolvi seu pescoço entre os dedos de uma das mãos, girando seu rosto em um ângulo em que eu pudesse alcançar seus lábios e beijá-los, e foi o que eu fiz. Deslizei minha língua sobre a do Jeon, estimulando-o. Era tão gostoso, tão doce, tão quente. Bom o suficiente para me fazer delirar. — Tae. — gemeu. — Eu preciso estudar, tenho dúvidas em tudo o que esses caras gregos falam. — ofegou, empurrando meu peito com a palma espalmada, entretanto, mantive-me no lugar.
