Capítulo 2

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Pov. Renan

Acordei bem cedo, às 5:40 já que a casa era bem longe e não queria chegar atrasado no primeiro dia e consegui, cheguei vinte minutos antes.

Vi minhas roupas e respirei fundoantes de tocar a campainha e um garoto, que reconheci sendo o Arley, atendeu.

- Bom dia, vou ser seu novo babá - falei gentil mas o outro me ignorou entrando em casa, entrei, antes bati a porta e segui o Arley para dentro da casa.

Fiquei completamente impressionado, a casa era tão luxuosa por dentro quanto por fora.

Chegamos na cozinha onde o café ja estava tudo pronto na mesa e na mesma hora o Sr. Garcia também apareceu.

- Bom dia senhor Fiorini - disse entrando na cozinha, acabando de dar um nó na sua gravata.

- Bom dia senhor - falei meio timido, tentando não olhar muito para ele.

- Você ja tem todos os horários deles e o carro está a sua disposição para leva-los ao colégio e outras atividades

Concordei e ele falou para eu me sentar e comer junto deles, o café foi completado em silêncio, um bem desconfortável.

Quando deu 7:20 o senhor Garcia foi para o trabalho e eu fui para o carro esperar as crianças se trocar para a escola

- Oi! Acho que não me apresentei ainda, eu sou o Renan e serei o novo babá de vocês - falei gentil e com um sorriso, mas nenhuma das crianças retribuiu, só entraram no carro.

Falei "OK" para mim mesmo e vi se todas elas estavam com os cintos de segurança e as crianças menores na cadeirinha, depois de tudo confirmado fui para o lado do motorista.

Ficamos meia hora naquele silêncio desconfortável, onde ninguém fala nada com ninguém.

Parei na frente do portão, onde tinha vários outros carros luxuosos estacionados também.

- Bom... Boa aula, vejo vocês mais tarde - disse dando tchau sorrindo que não foi retribuido, olhei para a Mel pelo retrovisor que estava quietinha - Acho que somos só nós agora

Dirigi de volta para casa deles

- O que você quer fazer??

- Tv - apontou para uma tv enorme na sala

- Ok - Concordei sorrindo e fomos ver Frozen.

A Mel era uma garotinha bem fofa, não falava muito mas sempre fazia expressões muito engraçadas e fofas quando reprovava algo, como quando ela teve que comer brócolis que tinha dado para ela comer

- Ja está na hora de buscar seus irmãos - falei vendo as horas e ela concordou só com a cabeça.

Peguei o carro que era para ser usado só quando fosse buscar ou levar as crianças.

Parei no portão dá escola das crianças e em alguns minutos as quatro crianças estavam entrando no carro

- Oi para vocês - disse quando eles entraram no carro e ninguém falou com ninguém, s me respondeu - Bom, vocês tem atividades para fazer depois daqui, vocês comem primeiro ou vamos direto para lá.

- Comemos e depois vamos - o mais velho Arthur respondeu de mau gosto, revirando os olhos.

Ignorei e segui para a casa deles. Fiz a comida que eles mal tocaram e foi levar cada um para sua atividade, que por sorte eram todos no mesmo lugar.

- Você quer ver seus irmãozinhos fazendo as atividades deles - Perguntei para a Mel que estava no meu colo.

Concordou com a cabeça apontando para a loja de sorvete que ficava do outro lado.

- Ok, mas só um pouco falei e fomos comprar dois sorvetes para depois voltarmos e irmos ver os irmãos dela.

Primeiro fomos ver a Jasmine na sua aula de Ballet, ela era bem energica e para mim isto era boa coisa bom, mas a professora dela sempre estava chamando a atenção dela.

Depois fomos ver o Arley jogando futebol e eu não entendia muito de futebol, mas eu sabia que o objetivo era chutar a bola e ele errava todas as bolas que eram chutados para ele.

Então fomos ver Júlia na sua aula de piano que quase me deixou surdo, eu não sabia quase nada de música clássica mas eu sabia que o som não deveria ser este.

Saí da sala e fui para a lanchonete onde o Arthur estava sentado fazermos lição.

Nós sentamos em uma das mesas perto da janela que dava uma visão perfeita da piscina.

Três horas depois eles acabaram as atividades e levei eles de volta para a casa, até agora estava sendo fácil cuidar das crianças.

Chegamos na casa deles, cada um foi para seu quarto e eu fui para o da Mel, ja que ela queria brincar com os brinquedos dela.

- Eu quelo brincar de boneca - Falou e começou a me explicar como se brincava de boneca

Ficamos brincando por um tempo até ver que já estava na hora de fazer o jantar para as crianças.

Fui para a cozinha e comecei a esquentar as coisas e temperar a comida.

Estava concentrado fazendo a comida quando ouvi um barulho atrás de mim e me virei não vendo ninguém, quendo vi virei de volta tinha um rato gordo bem na minha frente.

- Ahhhhh - gritei se afastando assustado e caindo em uma coisa, o rato ficou assustado também e correu para algum lugar.

Comecei a ouvir risos atrás de mim e me virei rapido vendo quatro cabeças escondidas rindo, mas assim que eles me viram correram para cima.

Respirei fundo me levantando e vendo se o rato ainda estava por perto, confirmando que não vi se a comida estava boa, e continuei a fazer ela.

Não ia deixar me afetar por causa de uma brincadeirinha deles, acabei de fazer o jantar e arrumei a mesa, chamando as crianças.

Eles desceram e se sentaram na mesa como se não tivessem feito nada.

Comemos em silêncio e quando acabaram cada um foi para seu quarto, e eu fiquei na sala com a Mel vendo um filme infantil e quase no final ela dormiu.

Levei ela para o quarto e desci de volta para a sala me deparando com o pai das crianças.

- Boa noite senhor Garcia - disse meio envergonhado, afinal ele era um dos empresários mais ricos do país e sem falar que ele era muito bonito.

- Boa noite! Como meus filhos se comportaram? - perguntou olhando diretamente para mim, e lembrei de algumas horas atrás o incidente com o rato, mas não sabia se foram eles mesmo que colocaram o rato ali, mas mesmo assim era melhor não falar nada.

- Eles se comportaram muito bem, fomos para suas atividades depois da aula, e logo em seguida para casa e todos jantaram e forar para o quarto

- OK! Você já pode ir, vejo você aqui amanhã no mesmo horário - falou e foi em direção da cozinha.

Peguei as minhas coisas e subi para me despedir das crianças, mesmo que elas só tenham falado um "ok".

Parecia que seria mais complicado do que eu tinha imaginado cuidar das crianças.

Continua...

Nosso querido babá - Renannato Onde histórias criam vida. Descubra agora