Capítulo 3

141 15 0
                                    


Pov. Renan
       Ja estava fazendo duas semanas que eu estava trabalhando na casa do senhor Garcia como babá dos filhos dele, e agradecia por ser uma pessoa tão paciente

       Nessas duas semanas o que eles mais fizeram foram brincadeiras comigo, mas a maioria era bem leve, como os ratos ou me fazer cair de bunda no chão.

         Amanhã sério sábado e só estava esperando o senho Garcia chegar para me despedir das crianças e ir para casa ter uma folga.

          Assim que consegui fazer a Mel dormir, desci e encontrei o senhor Garcia entrando em casa

    - Boa noite senhor Garcia!

    - Boa noite senhor Fiorini. Gostaria de falar com o senhor - disse sério e até tive um pouco de medo.

     - O que se trata? - Perguntei quando entramos no escritório dele.

    - Gostaria que ficasse com as crianças amanhã, eu sei que falei que os sábados eram de folga e é claro que você ganhará um extra por isso - fiquei alguns minutos em silêncio pensando até concordar com a cabeça, um dinheiro extra era bem vindo afinal - Ótimo no horário de sempre.

Me despedi deles e das crianças.

(....)

      No dia seguinte,  quando cheguei na casa, ela estava em silêncio, não tinha ninguém na cozinha também, como era comum.

      Até que ouvi um choro alto vindo do andar de cima, da voz muito familiar da Mel, corri para o andar de cima, seguindo diretamente para o quarto da
Mel, onde ela estava em pé no berço chorando a plenos pulmões.

  - Calma... Calma - disse pegando ela no colo tentando fazer ela parar de chorar.

  - Ela sempre acorda, não precisa ficar fingindo se preocupar - o Arthur disse na porta do quarto dele, ficava na frente do da Mel, assim que ele terminou de falar me deu as costas indo em direção ao banheiro do segundo andar junto dos outros irmãos, que estavam acordando lentamente.

          Fiquei me perguntando do que ele estava falando quando disse que eu estava fingindo estar preocupado com a Mel, eu nem tinha pensado muito, quando ouvi ela chorando meu corpo simplesmente mexeu sozinho, vindo correndo até ela.

          Descemos as escadas e deixei a Mel na cadeirinha dela indo fazer o café da manhã para todo mundo.

           Comemos em silêncio e quando acabaram, cada um foi para seu canto, eu já estava começando a me acostumar com isto, mesmo achando que não era certo, afinal eles eram uma família, deveriam ficar mais unidos.

            Peguei a Mel e fomos para a sala assistir algum desenho da Disney que estava passando na tv.

      - Você quer fazer o que agora? - Perguntei quando começou a passar um programa que ela não gostava.

      - Lá fora - apontou para onde ficava um parquinho na parte de tras da casa, tinha um escorregador, um balanço e uma casinha no lado.

       Fiquei balançando ela e vendo quando ela escorregava para não se machucar enquanto decia.

         Ficamos ali por algum tempo até que olhei para o outro lado da casa, que ficava a piscina e vi a Jasmine tentando entrar na água, mas assim que colocava o pé trava de retirar rapidamente.

          Fiquei olhando por mais alguns minutos e me decidi. Me levantei pegando a Mel e indo até a Jasmine.

     - Quer que eu te ajude? - Perguntei atrás dela e ela acabou se assustando, mas assim que olhou para mim, sua expressão mudou.

     - Não preciso da sua ajuda, você não é pago para isto - disse séria não olhando diretamente para mim, outra vez estranhei o modo que eles falaram

        Mais ainda sim fiquei preocupado com ela e convenci a Mel de brincarmos na piscina.

         Coloquei as boaias na Mel e ficamos brincando de jogarmos água um no outro, e sempre pelo canto do olho eu ficava olhando para a Jasmine

        Quando nós entramos, ela também entrou na água, mas não saia da borda da piscina. Estava na cara que ela não sabia nadar, mas queria ajudar ela, mas ela não queria a minha ajuda.

        Me distrai alguns minutos brincando com a Mel que quando fui ver novamente a Jasmine ela estava se afogando.

         Nadei desespero até ela,pegando ela e deixando na beira da piscina.

     - Jasmine, você ta bem? - perguntei com o coração a mil, vendo ela começar a abrir os olhos - Graças a Dêus!

     Abraçei ela aliviado

     - Eu estou bem - falou se desfazendo do meu abraço, eu sorri meio sem graça  e ela ter ficado meio vermelha - Obrigada!

      - Posso te ajudar agora? - perguntei olhando diretamente nos olhos dela que concordou meio envergonhada depois de alguns minutos.

         Comecei a ajudar ela a nadar, como meu pai tinha ensinado, primeiro flutuando e depois batendo as mãos e os pés

           Depois de duas horas praticando com a Jasmine e brincando com a Mel, chamei as meninas para entrar, já que eu ia fazer o almoço e não podeia deixar elas sozinhas na piscina.

           Fiz um almoço rápido, mas gostoso e chamei as crianças para comer

        Depois eu e as meninas voltamos para a piscina, la pelas 5h20 a Jasmine já estava quase nadando sozinha.

       Eu estava com a Mel no colo, chamando a Jasmine a dois metrôs de distância

       - Vem você consegue,  bate os pés - gritei para a mesma, mesmo que não fosse necessário.

       - Vem Jasmine- a Mel gritou também animada, ela estava quase conseguindo.

        - Eu consegui  - a Jasmine gritou animada quando conseguiu chegar até mim e a Mel - Eu sei nadar.

        - Eu vi, parabéns - falei feliz por ela também, até que sua direção mudou de foco.
   
         - Papai - a Jasmine gritou animada nadando até ele - Papai, você viu, eu sei nadar.

         - Vi sim, parabéns - falou com uma voz neutra, mas eu conseguia ver um discreto sorriso no seu rosto.

         Saí da piscina com a Mel enquanto a Jasmine e o Sr. Garcia me olhavam, mas nem percebi um olhar diferente do senhor Garcia.

           - O senhor quer que eu fique com eles até o horário comercial? - perguntei pegando três toalhas, para a Mel, a Jasmine e para mim.

          - Não, ja pode ir

          - Tudo bem, só vou dar um banho nelas - falei levando as meninas para dentro e dando um banho quente para elas não ficarem resfriadas.

            Depois que acabei de arrumar elas, me despedi das crianças e ia embora, quando a Jasmine me parou na porta.

      Ela parecia querer falar alguma coisa, mas parecia estar com vergonha.

            - O que foi? - perguntei me abaixando na altura dela.

          - O-Obrigada... por me ensinar... A nadar - falou envergonhada olhando para todos os lados, menos para mim.

          - Vou adorar treinar mais com você  - disse e ela concordou correndo de volta para dentro, sorri e fui embora.

          Percebi como a Jasmine era uma menina elétrica, uma impressão totalmente ao contrário do que tinha achado dela.

Continua...

Nosso querido babá - Renannato Onde histórias criam vida. Descubra agora