Jungkook carregava a mochila que Taehyung usava para ir trabalhar e avaliava pelo celular a corrida do transporte por aplicativo que os ofereceu balinhas e água. O Kim havia batido o martelo e pronto, não iria para aquele lugar opressor, tóxico que não lhe deixava tirar nota baixa e passar — simplesmente conhecido como faculdade. — Terçou! Decidiu faltar todas as aulas de terça-feira à noite.
E ai de quem o chamasse de Taehyung. De ilustríssimo repetente estava ótimo. Na realidade, já havia virado freguês de Direito Penal e vinha tentando explicar justamente isso para a sua mãe, com o celular grudado na orelha. Deu mais voltas que um peão e por fim a pegou de surpresa lançando a mais o motivo disso: iria passar a noite fora hoje, na casa de Jungkook, cujo estava sem um dos calçados e sem camisa — itens que não conseguiu recuperar do caos instalado do calçadão.
Com muita farinha, talvez ela engolisse.
Jungkook alisou as costas dele num modo automático ao caminhar ao lado pelo jardim e alcançarem um lance de três degraus de escada. Taehyung mandou um beijo para a mãe e, de olho ao redor, reparou Jungkook sinalizando algo para um jardineiro cujo estava um tanto quanto distante. Apontou para uma luminária na parede e depois fez um sinal com o dedo indicador e polegar, como se girasse ou ligasse algo tal qual um giro feito com uma chave de um automóvel. Ligar a luz? Poderia ter sido. A confirmação de fato veio quando funcionário apertou um interruptor próximo e as luminárias foram acesas pares por pares se alastrando por demais pontos pelo verde da grama e podas ornamentais.
O Jeon abriu a porta como todo o anfitrião e Taehyung olhou para a frente. Guardou o telefone no bolso e esticou uma das mãos.
— Já pode devolver, eu carrego — pediu a mochila.
— Pode deixar na sala. Termine de falar o que estava dizendo antes de fazer a ligação para a sua mãe.
— Então tá — deu de ombros.
— Vem, senta aqui.
Taehyung sentou-se ao lado dele no sofá. Arqueou uma das sobrancelhas e franziu a outra, nem se lembrava mais do que estava falando antes de interromper e ligar para ela. Talvez fosse... Ah! Fez um estalo com os dedos e lembrou-se passando pela porta da residência e Jungkook fechando-a após.
— É que quando é pra valer eu gosto de tudo combinado — retomou o assunto baixo e se sentou no sofá. A sua mochila foi colocada ao lado e Jungkook sentou de um outro, lado a lado consigo. — Pelo menos a primeira vez que faço algo importante eu gosto de combinar, sabe?
— Hm... E o que quer combinar então?
— Sei lá, num é você o mais experiente entre nós dois quando se trata de relações assim?
— Aquilianas — definiu o "assim" dito —, mas deixe eu entender melhor, você quer ir aos poucos? É isso que estava dizendo?
— Sim e não. Tipo, faz de tudo logo, mas com carinho — explicou Taehyung. — Você é o quê?
— "O que" o quê?
— Tipo... Alguém teria que dar. Eu acho...? — acrescentou incerto.
— Ah, entendi agora. Bem, eu sou ativo. Tudo bem pra você?
Taehyung torceu o nariz. Bem que imaginou que seria a única roda dada seria a sua, mas a certeza ainda era meio maquiada pela própria mente.
— Não é assim tudo, tudo, tudo bem, né... Mas eu já tentei outras vezes e não consegui, então já que você é bom nisso, eu topo tentar.
— Calma, espera. Como assim você não conseguiu? Com homens? Mas disse que nunca tinha ficado com algum.
— Mulheres. Nunca consegui com elas... Era sobre isso que eu queria falar.
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Ofertão 1,99 [taekook]
FanfictionA personificação do fuzuê, Kim Taehyung. Este era o nome daquele que já moveu o céu e a terra por uma esticadinha no horário de almoço. Era conhecido por aí como o tal tigre do calçadão, já que trabalhava o turno inteiro trajado por uma fantasia rid...