Uma paixão peculiar...

Oni maldito

Eu e Shinobu estávamos chegando na vila, aparentemente um local calmo, porém quando nos aproximamos mais, conseguíamos ver vários cartazes de procurado, a maioria de garotas jovens.
Chegamos em um mercado local, e fomos perguntando às pessoas o motivo de tantas pessoas desaparecidas. Uma das conversas nos chamou a atenção, pois tinha vários detalhes:

Shinobu- Ei, você!

Perto de uma barraca de lámen, havia um homem de meia idade que se mostrou confuso e assustado quando o chamamos.

???- Quem são vocês?

Shinobu- Nossos nomes não importam, temos algumas perguntas para o senhor.

Kai- Vimos vários cartazes de pessoas, principalmente garotas, desaparecidas.

???- Elas vivem desaparecendo, quase todas no mesmo lugar.

Kai- Qual lugar, exatamente?-Indaguei

O homem aponta para um templo ao longe, seu dedo parecia tremer diante daquele lugar

???- Todos os desaparecidos eram fiéis daquele templo, e sumiram quando foram fazer suas orações e oferendas.

Shinobu- Acha que a raiz de tudo está lá?

???- Temo que sim, minha amada filha foi fazer uma oferenda de frutas ao dono do templo, aquele com os olhos arco-íris, aquele que não envelhece e pode falar com os deuses, e nunca voltou.

Ao ouvir o trecho "olhos arco-íris", Shinobu estremeceu e seu semblante demonstrou agitação e raiva.

Shinobu- Já ouvimos o suficiente, vamos falar com um tal olhos arco-íris.

Demos algumas moedas para o homem, para agradecer a explicação, e nos pusemos em marcha até o templo
Depois de um tempo caladas, resolvi perguntar algo para Shinobu

Kai- Shinobu-chan?

Shinobu- Sim?

Kai- Por que ficou tão nervosa diante a palavra arco-íris?

Eu temia que aquele fosse o oni que matou sua irmã, temia que a raiva se espalhasse pelo corpo de Shinobu e a fizesse agir sem pensar.

Shinobu- Minha irmã descreveu o oni... Como um homem alto, com uma mancha cor de sangue no topo da cabeça e olhos coloridos, como o arco-íris.

Kai- Bem... Existem muitas pessoas com olhos de arco-íris, não é?

Eu realmente sabia que não existiam muitas pessoas com olhos coloridos, para mim, isso era impossível. Shinobu me olhou aborrecida e continuou andando.

Shinobu- Eu realmente gostaria que fosse ele.

Kai- Mas sua irmã era uma hashira! Se ele a matou... Então ele realmente é forte.

Shinobu- Não importa, eu o irei matar para vingar minha irmã e todos que ele devorou. Por que esse é o meu caminho ninja.

Kai- Como é?

Shinobu- Anime errado, desculpa

Continuamos andando até chegar no templo. Paramos em frente as portas. Tudo a nossa volta estava escuro, exeto pelo feixe de luz que saia pela pequena janela do templo.

Kai- E agora, entramos escondidas? Pulamos a janela? Atacamos direto?

Shinobu- Vamos fingir que somos meras visitantes, querendo participar do culto.

Kai- Ah. Ok, entendi.

Shinobu- Vamos?

Kai- Vamos

Entramos no templo. Tinha um leve cheiro de velas, provavelmente escondendo o cheiro de sangue. Olhando em volta, percebemos que aquele cômodo era uma espécie de recepção para os fiéis, com uma placa indicando uma porta, que provavelmente levava até a área onde o oni fazia os cultos.
Lá, um pequeno sacerdote nos explicou regras, histórias e baboseiras sobre o templo. Eu nem prestei muita atenção, estava pensando sobre como iríamos vencer o oni, se o dono do templo fosse um.
Após o sacerdote terminar as explicações, ele nos convidou a entrar na sala onde provavelmente estaria o oni. Não pude disfarçar meu nervosismo, afinal, iríamos bater de frente com um oni que matou uma hashira facilmente.
Entramos na sala. Era um espaço amplo, com alguns armários no canto e um grande aglomerado de almofadas no centro, onde estava sentado um homem.
O sacerdote nos deixou, saindo do salão e retornando à recepção.

???- Bem vindas, pequenas garotas, em que posso ajudá-las? Meu nome é Douma, sou o dono desse templo. Posso conversar com os deuses e ajudá-las a resolver problemas e curar doenças.- Falou o homem

Olhei para Shinobu, ela estava pálida, com uma mistura de ódio e terror estampada no rosto.
Douma parecia gentil, carismático e alegre. Tinha os cabelos amarelados, quase prateados. Usava uma roupa apertada, provavelmente para marcar seus músculos razoáveis. Os olhos eram coloridos e realmente bonitos. Porém, olhando mais atentamente...

Kai- "Dois...?"-Pensei.- "Está escrito a palavra dois no lugar da pupila? E no outro olho está escrito... Lua?"

Shinobu- "Lua superior dois? É isso que vamos ter que enfrentar?"

Douma- Vão ficar olhando pra mim? Eu sou lindo, eu sei, mas...

Ele foi interrompido por Shinobu, que aparentemente estava fervendo de raiva.

Shinobu- Você... É o oni que matou minha irmã... MALDITO!

Douma- Hum? Eu? Não me lembro sabe... Foram tantas que devorei...

Shinobu-: Está vendo esse haori? Você o reconhece? Ele era da minha irmã... Que você matou!- Diz ela mostrando o haori

Douma- Ah, sim, aquela hashira da respiração da flor... Ela parecia ter um gosto ótimo, não pude devorá-la por causa do sol... Que pena não é?

Eu observava a conversa dos dois, incrédula. O oni simplesmente não parava de sorrir, mas era um sorriso vazio, como se não sentisse nenhuma alegria, nem via diversão naquilo.
Por outro lado, Shinobu estava com uma expressão feroz no rosto, eu nunca a tinha visto assim. Chegava a dar medo.

Kai- "Está esperando o quê? Ataque!"

Sentindo o ódio crescendo, corri e desferi um golpe contra o oni. Ele desviou sem problemas. Shinobu também atacou, com mais força do que eu achava que ela tinha.

Douma- Oh, vocês são boas, sabem lutar. Queria saber o nome de vocês, eu fui tão educado em falar o meu...

Shinobu- Meu nome é Shinobu Kocho, eu e Kai vamos te derrotar!- Disse ela enquanto desferia um golpe.

Douma- Ah, que nomes bonitinhos, pena que irão morrer, sabe...

Kai- Respiração do sangue- Terceira forma: Mar vermelho!

(Sim, eu criei a respiração do sangue)

Esse golpe consistia em fazer ondas de sangue, parecidas com a respiração da água.

Douma- Oh, você gosta de sangue? Eu também! Pode me emprestar um pouco do seu?

Douma desfere um golpe forte com seu leque, fazendo um corte profundo em meu ombro. Com mais um movimento do leque, ele joga nós duas contra a parede, me fazendo bater a cabeça e ficar inconsiente por alguns segundos.

Galera, aguardem o próximo capítulo pra verem a história da Kai! Espero que estejam gostando da fanfic, qualquer erro, podem me criticar. Não esqueçam de deixar uma estrelinha!