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Stiles Stilinski

10 dias.

Eu estou preso na porra de uma ilha com uma grossa mal educada e com um maluco que com toda certeza do mundo é psicopata por 10 fucking dias!

Estou a beira da loucura, sinceramente.

Noite passada enquanto Matt dormia sem a camisa, eu pude finalmente ver do que se tratava os seus remédios. Bipolaridade. O cara é literalmente bipolar.

Qual a chance de ele surtar a qualquer momento e me matar? Ou pior, e se ele matar Malia e eu não tiver mais ninguém pra encher a paciência?!

Todas as noites antes de todos cairmos no sono eu escuto ela chorar baixinho e até conversar, como se algum tipo de Deus fosse escutá-la. Eu poderia dizer que é patético se não me partisse a porra do coração. Como eu vou deixar acontecer alguma coisa com essa garota insuportavelmente ingênua?

Nessa exato momento, ela e Matt estão tentando pegar um peixe no mar para assar. O que não deveria ser difícil, já que o mar caribenho é tão claro que vemos todos os tipos de peixes que estiverem passando. Mas claramente, eles são mais espertos que os dois.

- Sinceramente... - Rio com deboche.

- Você poderia tentar ajudar. - Malia sai do mar e para na minha frente. - É melhor que ficar sentado na areia resmungando.

Olho para Matt que encarava fixamente a bunda de Malia. Fecho meus dedos.

- Senta. Eu vou pegar um.

Malia leva as sobrancelhas.

- Isso é sério?

- Dá pra sentar? - A encaro dessa vez.

Ela levanta os braços como se se rendesse e senta.

- Só porque estou cansada e quero te ver passar vergonha.

Matt para de encara-la e volta a tentar pegar o peixe. Nojento.

Me levanto e pego uma galha fina de bambu que estava caída na areia. Tiro o canivete do bolso e começo a cerrar a ponta antes de me dirigir ao mar.

Não pode ser tão difícil.

Então Malia começa a rir das minhas tentativas e Matt se senta ao lado dela. Ah, sinceramente.

Miro um peixe e erro mais uma vez. Malia gargalha.

- Pode rir, Rainha do Baile. Mas eu pegar, não vou deixar você comer.

- Não se preocupe, eu estarei morta de fome até lá.

Reviro os olhos.

Depois do que eu chutaria 20 minutos, ela se levanta dizendo que vai beber água na fonte e Matt (óbvio) diz que vai acompanhar-la.

Ah, mas não vai mesmo.

Encaro um peixe grande e cinza que nadava tranquilamente perto de mim.

- Desculpe, amiguinho.

Miro a cabeça e acerto.

Sorrio triunfante.

- É, Rainha do Baile. Acho que só um pedido de desculpas vai fazer você comer esse peixe hoje.

Sua boca se forma num grande O e depois ela sorri.

- Eu não acredito. - Ela dá uns pulinhos excitantes que me fazem rir dessa vez.

Vou caminhando até eles. Foi mal aí, Iemanjá.

- Ei, Matt. Já que você tem o isqueiro e não conseguiu pegar nada que tal assar esse peixe?

Lagoa Azul: Improvável destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora