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Lydia Martin

Estamos há alguns quilômetros do ferro velho que diria se de fato eu estou certa e que talvez (eu sei que sim) o detetive e ex-delegado McCall tenha acobertado a morte de Claudia Stilinski e Peter Hale. E agora, eu me perguntava: Por que?

O que eu tentaria resolver depois já que o combinado é eu ajudar Parrish e depois ele conseguir me levar para o Caribe. Eu devia pensar em Malia em primeiro lugar.

Ah, Malia... por favor, esteja bem.

- PORRA! - Parrish grita e desvia de um carro bruscamente.

Fecho meu olho ao sentir o carro girar. Droga. Um delegado não deveria saber dirigir?

- Mãos para cima onde possamos ver.

Uma voz distante e ecoada diz do lado de fora.

Abro os olhos. Não havia sido de um carro comum que Parrish havia desviado. Eram viaturas, 3 delas e os policiais saiam com as armas apontadas pra gente.

- Que merda é essa? - Cochicho.

- A merda do Spencer McCall. - Ele aponta com o queixo e eu me viro. Ele havia acabado de sair do último carro. - Agora levanta os braços e não faz nenhuma besteira.

- O quê? Por quê? Eles não deviam te obedecer?

- Desçam do carro. Mãos para cima onde possamos ver.

- Escuta aqui, tudo que eu disser, você confirma.

É o que Jordan diz antes de abrir a porta e sair lentamente.

O imito.

- Levem eles. - McCall diz.

- Posso saber por quê? - Jordan pergunta.

- Vai fingir, sr. Parrish? O delegado que sabia e acobertou os homicídios da senhora Stilinski e do senhor Hale.

- Do que você tá falando? Nós dois sabemos quem era o delgado da época.

- Mas estava em processo... e é o que diz os papéis do ferro-velho.

Sinto vontade gritar! Que filho da puta! Ele alterou os papéis! Dois guardas seguram meus braços. 

Parrish fecha os olhos e parece respirar fundo antes de dizer:
- Ela não tem nada a ver com isso.

- É mesmo? E o que fazia com você?

- É minha namorada. - Ele mente com veemência.

McCall cerra os olhos e me encara. Segundos depois ele faz um gesto com os dedos, e os guardas me soltam. Sinto meus pulsos latejarem. 

- Que seja, levem ele.

Os homens seguram Parrish com um certo receio. Claro! Ele era/é o chefe deles! Como podem sequer acreditar no que esse crápula diz?!

- Eu vou te tirar de lá. - Digo para que ele escute.

Em um minuto eles entram no carro. Ando até McCall.

- Como você pôde fazer isso? Como pode ser tão sínico?

Fazendo outro sinal com os dedos, os guardas que estavam perto de nós são dissipados e ele chega perto de mim o suficiente para que ninguém escutasse:
- O que eu estou fazendo é salvar a vida de vocês enquanto é tempo. Acredite em mim, eu estou nesse mesmo caminho há anos.

- Do que você tá falando?

- Vá para Londres e seu curso de geografia e não volte.

É tudo que diz antes de entrar na viatura.

Lagoa Azul: Improvável destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora