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STILES STILINSKI

Ficar acordado a noite inteira foi um inferno. Meus olhos desistiam de mim a cada 5 minutos. Então no primeiro raio de sol, eu dei mais uma conferida em Malia e Matt.

Acho que ele não acordaria antes dela. Espero que não. Por favor que não.

Deixei os dois dormindo e entrei dentro da floresta. Se a água era corrente, deveria ter uma fonte... mas onde?

Segui a água até onde pude, mas a partir de um certo momento, ela se tornava subterrânea. E eu tive que tentar adivinhar quais plantas pareciam mais úmidas que as outras.

E encontrei o lugar mais lindo que já havia visto na vida.

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Tudo bem que a visão da lagoa é linda, mas ver Malia tirando a calça e entrando na água de blusa e calcinha, com certeza foi uma miragem perfeita.

Uma pena que ela teve a ideia de cortar a calça com o meu canivete e fazer um short.

- Eu estava me sentindo imunda. - Ela diz se sentando ao meu lado numa pedra.

Estava me esquentando pegando o sol. A lagoa é ótima, mas incrivelmente gelada.

- É porque você estava.

Ela revira os olhos e eu seguro o riso.

- Você nunca consegue ser agradável?

- Prefiro ser realista.

- Por quê?

- Qual o ponto de criar expectativas falsas?

- Não é criar expectativas falsas, é só... não machucar ninguém. Suas palavras duras não são fundamentais. Você só é casualmente cruel em nome de ser honesto. 

- Sessão terapêutica pela Rainha do Baile.

- Não é uma sessão terapêutica, é só... espera, pode por favor me dizer porquê me chama de Rainha do Baile?

- Não é isso que você é? Ganhou a coroa no Baile. Agora é fadada a aceitar o apelido. Lembro como Allison ficou furiosa.

Malia sorri travessa.

- Então você fica feliz porque ganhou da minha irmã! E me dando lição de moral!

- Qual o problema de ganhar alguma coisa?!

- Nenhum. Ela não tinha chance, aquele vestido bege que ela escolheu era ridículo.

Ela ri.

- Sabe que não se ganha pelo vestido, se ganha por gentileza.

- Sim, e as pessoas na escola acreditavam que eu e Alli éramos grandes babacas por termos dinheiro.

- No seu caso, eles nunca erraram.

- Talvez não, mas o que aconteceu refletiu nela também. Eu me tornei mais frio e Alli... mimada demais, mas ainda assim gentil.

- E o que aconteceu pra isso?

- Perdemos nossa mãe aos 12 anos.

- Eu sinto muito... cada um vive o luto de uma forma, é claro, mas... eu também perdi alguém e acredite em mim, me tornar babaca ou mimada foi a última coisa que eu fiz.

- Quem você perdeu?

Ela solta um som de incredulidade.

- Você realmente não sabe?

- Não. - Deveria?

- Meu pai trabalhou pro seu pai por anos. E você sequer ficou sabendo que ele morreu?

Lagoa Azul: Improvável destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora